Capítulo Vinte e Sete

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Fui abrindo meus olhos, lentamente. Quando eles estavam completamente abertos, notei que não estava em meu quarto, mas sim num cômodo todo branco. Eu podia ver que a luz do sol invadia o lugar.

Estava sentindo-me meio sonsa, e não sentia mais nenhum resquício de dor. Será que morri? Olhei para o lado e vi Oliver sentado em uma cadeira. Ele estava com os olhos fechados. Bem, se eu morri, ele também morreu. Olhei um tempo para ele, mas também não tinha forças para chamá-lo. Ele abriu os olhos e, quando me viu, deu um sorriso de lado e se levantou, vindo até a mim.

- Candice, que bom que você acordou. – Ele disse bem baixo e parecia feliz por eu ter acordado. Será que eu dormi muito? – Como você está se sentindo?

- Eu... acho que...bem.

- Você me deu um susto. Mas ainda bem que nada de ruim lhe aconteceu! – Ele fez um carinho em minha cabeça com a mão esquerda, e, com a direita, ele pegou na minha mão e a segurou.

- E o que aconteceu comigo? – Eu perguntei, baixinho.

- Você teve uma crise de apendicite e teve que ser operada. Mas agora já está tudo bem. Volte a dormir, Candice, e se você precisar, estarei aqui do seu lado.

E eu obedeci ao seu pedido. Mexi um pouco a cabeça para o lado e peguei no sono. Entretanto, até isso acontecer, Oliver ficou segurando a minha mão e fazendo carinho nela. Isso me confortou um pouco, mas eu estava cheia de sono. Parecia que eu não dormia há tempos. Entrei num sono calmo e profundo...

.......................

Abri os olhos novamente. Custei a me lembrar o que havia acontecido e onde eu estava. Lembrei também que antes eu havia acordado e tinha falado com Oliver.

Eu olhei pelo quarto todo e não o vi. Será que ele foi embora? Ele disse que ficaria aqui.

Resolvi passar a mão onde eu havia sentido dor. Senti um curativo bem grande, porém, nenhuma dor. Fiquei aliviada. Nunca havia sentido tanta dor antes.

Vi a porta se abrir e quem passou por ela, foi Oliver.

- Pelo visto a doentinha acordou. – Ele disse, sorrindo, enquanto vinha andando até a mim. – Descansou bastante?

- Sim. Agora o meu sono passou, e não estou mais sentindo dor. – respondi, ainda num tom baixo. Comecei a levantar, já que queria ficar sentada.

- O que você está fazendo? – Oliver me perguntou, um pouco alarmado.

- Estou tentando me sentar. – e, então, ele me ajudou a ficar na posição que eu queria. – Obrigada. Oliver... Há quanto tempo eu estou aqui, no hospital?

- Desde ontem a noite.

- E que horas são agora?

- São... – Ele olhou em seu relógio de pulso. – São duas da tarde. Está com fome? – na hora que ele me perguntou, o meu estômago começou a roncar.

- Sim. Um pouco.

- Eu vou pedir para enfermeira vir trazer comida para você. Mas antes... – Ele me olhou fixamente e depois tomou um longo suspiro. – Eu quero te pedir desculpas.

- Pelo o que? – Eu o questionei, do que ele estava falando?

- Por ter passado aquele tempo todo sem falar com você. Se eu não tivesse agido assim, talvez teria percebido que você estava precisando de cuidados. Se algo acontecesse com você, eu nunca me perdoaria. – Ele falou, aparentando estar triste. Eu peguei na mão dele e a segurei.

Doce CandyOnde histórias criam vida. Descubra agora