#5.

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Já fazia um mês que Benjamin não falava comigo. Se eu sinto falta desse insuportável? Talvez, mas nada é impossível.

Maxwell estava falando tranquilamente comigo, mas as vezes continuava me dando alguns sermões toda vez que entravamos no assunto "Hayes Grier".

Hoje, plena segunda feira totalmente chuvosa e eu estando no meu período, tive que ir para escola. Minha mãe me trouxe antes de ir visitar meus avós, pois Maxwell não conseguiu acordar a tempo. Pisei na sala de aula já atrasada com a esperança de que Naomi estivesse sentada em seu devido lugar, mas minha pouca alegria se espeliu quando vi sua carteira vazia.

Respirei fundo e caminhei até minha carteira orando para que o dia passasse em um piscar de olhos. A sala estava um pouco vazia, a turma dos que digamos serem "antisociais" ocupava o fundo do meu lado esquerdo e a turma dos que não se importam com a escola estavam localizados a minha direita. Se houvesse umas vinte pessoas seria muito. E Benjamin estava entre essas vinte pessoas.

Percebi que o sinal já tinha batido mas nenhum professor entrou na sala, isso só poderia significar duas coisas. Seria aula vaga ou iria entrar um eventual.

Vamos ficar com a primeira opção. Logo um dos inspetores entrou na sala anunciando o que já estava na cara. Peguei meu celular e fones antes de sair pela porta, caminhei até um canto quieto dos corredores e me sentei - no chão - perto de um quartinho de limpeza.

Estava começando a ficar com colica, e isso realmente me deixava preocupada, já que as minhas colicas são terríveis e dessa vez minha mãe não estaria em casa para vim me buscar.

Coloquei meus fones e fiquei tentando ignorar a dor mas era impossível. Começou a ficar pior a cada minuto, não tinha pego o remédio e a escola não tinha enfermaria.

Fechei os olhos fortemente tentando controlar meu emocionar, já que estava ficando com uma imensa vontade de chorar.

Senti alguém me cutucar; abri os olhos assustada encarando mares hipinotizantes me olhando preocupados. Tirei o fone respirando fundo.

- Você está bem? - Perguntou se sentando ao meu lado.

Abri a boca pra dizer algo mas não consegui, então assenti e ele me olhou sério.

- Alina, você está pálida, o que tem? - Hayes tocou meu rosto me fazendo fechar os olhos.

- Colica. - Minha voz saiu falha e baixa.

Me encolhi mais no chão e senti um pano ser posto em meus ombros, era a blusa de frio dele. Sorri em forma de agradecimento e Hayes me envolveu com seus braços, achei estranho e constrangedor mas não recuei e me aconcheguei em seus braços.

Seu calor corporal fazia meu corpo ficar com uma temperatura elevada e a dor ia se passando aos poucos.

Algumas pessoas passavam por nos, alguns ficavam olhando estranhos e outros sorriam em nossa direção.

- Hayes? - Alyson apareceu no final do corredor gritando por ele.

Me afastei rapidamente de Benjamin.

- O que foi? - Respondeu revirando os olhos.

- Você não vai se sentar comigo no pátio? - Perguntou a loira se aproximando e me olhando com nojo.

- Estou aqui com a Alina e estamos muito ocupados. - O garoto me olhou e sorriu fraco.

- Sei... - Continuou me olhando. Encarei a mesma com uma sobrancelha erguida.

- Era só isso? - Hayes voltou a me abraçar pelos ombros.

- Era! - Bufou e deu as costas indo embora. 

Gargalhei vitoriosa mentalmente. Sou do mal.

- Se você quiser pode ir, não tem problema. - Dei de ombros.

- Sério? - Me olhou desconfiado.

Ótimo, comemorei a vitória antecipada, minha mãe sempre diz que alegria de pobre dura pouco.

- É... - Fiz careta e ele soltou um riso divertido.

- Não, estou bem aqui! - Sorriu e se atreveu em depositar um beijo na minha bochecha.

Ri batendo de leve em seu braço.

- Vamos fazer uma trégua? - Se afastou um pouco me olhando.

- Que tipo de trégua? - Questionei curiosa.

- Eu tento parar de te irritar e você tentar parar de ser ignorante comigo! - Sugeriu.

- É pode ser! - Sorri de lado.

- Então... Trégua? - Estendeu a mão.

- Trégua! - Apertei sua mão que perto da minha era enorme.

- Talvez trégua venha a ser o nosso sempre! - Zombou com uma voz afinada.

Soltei uma risada escandalosa e totalmente estranha.

- Não faz isso... - Respirei fundo.

[...] 

Hayes me acompanhou até a minha casa, por incrível que pareça ficamos a manhã inteira juntos.

- Tchau! - Sorri parando em sua frente.

- Tchau... - Retribuiu o sorriso e se inclinou me dando um beijo na bochecha.

Acenei me virando e indo em direção a porta. Abri a porta e sorri boba.

- Quem é ele? - Minha mãe apareceu na minha frente me assustando.

- Jesus! - Coloquei a mão no peito deixando minha bolsa cair no chão.

- Responde! - Falou curiosa.

- Apenas um amigo, mãe! - Revirei os olhos.

- Amigo? Sei! - Deu risada e foi a caminho da cozinha.

- Ei mãe! - Fui atrás dela. - Você estava espionando? - Perguntei indignada.

- Eu estava abrindo as cortinas da sala e quando vocês apareceram eu vi, só isso! - Levantou as mãos em forma de rendição.

- Meu Deus, dona Alexa! - Balancei a cabeça negativamente rindo de leve.

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Oi gente, tudo firmeza?
Espero que sim!

Fiquei sem internet, então tô brava por não ter consigo postar quando terminei e por não ter conseguido conversar com a minha amiga.

Bom....

Obrigada por ler e desculpa qualquer erro!

Beijo da Ka :*

Who is Wrong? || Hayes Grier. ||Onde histórias criam vida. Descubra agora