#25.

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Não gosto de hospitais, nunca acontece coisas auspiciosas aqui.

Minha mãe não conseguia se acalmar, até ameaçou uma das enfermeiras, então tiveram que dopa-lá, levaram ela para um dos quartos para descansar. Não tínhamos notícias do estado do meu pai que de acordo com uma enfermeira ele estava em cirurgia. Ainda não tinha conseguido contato com minha irmã.

Max estava sentado ao meu lado naquela angustiante sala de espera, não consiga manter minhas pernas paradas, o nervosismo começava a me domar mas eu precisava me controlar.

Novamente peguei o celular de Maxwell - já que tinha esquecido o meu -  e tentei ligar para Esthela que dessa vez atendeu.

- Alô?

- Thela, onde você está? - Perguntei.

- Alina? O que aconteceu? - Começou a ficar nervosa.

- Aonde você está? - Questionei novamente.

- Estou indo pra casa, estou perto da nossa rua, porquê? - Falou rapidamente.

- Vem pro hospital, por favor! - Falei antes da ligação cair.

Olhei para o visor do telemóvel e o vi escuro. Acabou a bateria.

- Desligou? - Max perguntou. Apenas assenti.

Lhe devolvi o objeto e me ajeitei naquela cadeira dura.

Depois de vinte minutos minha irmã aparece toda desesperada na sala e me olha preocupada.

- O que aconteceu? - Perguntou parando em nossa frente.

Olhei para Maxwell como se pedisse para ele contar pois ainda não estava preparada para ve-lá chorar. Max entendeu minha situação e se levantou levando minha irmã para um canto afastado. Logo, ouvi seu choro agudo e fechei os olhos tentando controlar minhas lágrimas.

Não consegui reprimir o choro e me levantei saindo daquele lugar aos gritos da minha irmã. Toda essa situação estava me pressionando muito, não sei agir sobre pressão.

Andava pelo hospital sem saber para onde estava indo, só parei quando esbarrei com alguém.

- Moça? Tudo bem? - Reconhecia aquela voz.

Hayes Grier O.N.

- Hayes, vamos? - Minha mãe me chamou já do lado de fora de casa.

Iríamos ao hospital visitar minha tia que havia tido seu primeiro filho. Logo, sai de casa e entrei no carro. Fomos o caminho conversando coisas aleatórias.

[...]

- Aí que bebê lindo! - Minha mãe falava essa mesma frase um milhão de vezes.

- Ele é tão bonzinho! - Minha tia comentou.

Estava no maior tédio dentro daquele quarto, minha mãe percebeu e me aconselhou a ir comer algo na cantina do hospital mesmo. Sai do quarto dando graças, mas minha felicidade durou pouco quando uma pessoa veio de encontro comigo. Se eu não tive segurado em seus braços a mesma teria ido ao chão. Olhei tentando ver o rosto mas era impossível pois seus cabelos estavam na frente.

- Moça? Tudo bem? - Questionei quando percebi que a mesma chorava.

Vi que a mesma levantando o rosto devagar e logo, grandes olhos castanhos totalmente vermelhos e cheios de lágrimas puderam serem vistos por mim.

- Benjamin? - Fungou se afastando mas continuando em minha frente.

- Alina? O que faz aqui? - Perguntei confuso.

A mesma me olhou, balançou a cabeça negativamente e tampou o rosto com as mãos voltando a chorar.

Fiquei sem reação, nunca tinha lidado com situação parecida. Cocei a nuca antes de passar meus braços ao redor de sua cintura e lhe puxar para mim. Alina encostou a testa em meu peito destampando o rosto e me abraçando fortemente. Levei uma de minhas mãos até seus cabelos e fazia leves caricias no local.

- O que aconteceu? - Coloquei meu rosto na curvatura de seu pescoço inalando seu suave perfume.

- Meu pai... Ele sofreu um acidente. - Sussurrou entre os soluços. - Ninguém dá notícias do estado dele, Hayes! - Voltou a chorar.

- Vai ficar tudo bem, meu anjo! - Sussurei antes de beijar o local que estava acessível. - Seu pai vai sair dessa e você vai voltar a sorrir! - Afastei um pouco seu corpo fazendo ela me encarar.

Era de doer o coração ver seu estado.

- Sei que é meio idiota o que vou te pedir mas... Para de chorar, amo seu sorriso e é horrível te ver chorando! - Passei meus dedos delicadamente por suas bochechas secando qualquer vestígio de lágrima.

- Obrigada... - Sua voz saiu fraca.

- Apesar de tudo, eu sempre vou estar ao seu lado, anjo. - Beijei sua testa.

- Não quero voltar para aquela sala de espera! - Bufou quando se acalmou.

- Olha, eu ia na cantina antes de uma louca bater em mim! - Comentei fazendo careta e Alina riu baixo. - Ótimo, consegui fazer você sorrir! - Apertei sua bochecha e a mesma bate de leve em minha mão. - Mas, voltando... Quer ir comigo na cantina? - Perguntei estendendo minha mão.

Alina olhou para a mesma pensativa, mas logo assentiu segurando na mesma. Segurei firme enquanto caminhavamos em silêncio até a cantina.

Pedi para que Alina ficasse sentada em uma das mesas enquanto comprava alguma coisa. Comprei dois pães com presunto e queijo e dois refrigerantes. Voltei para a mesa vendo a morena olhando para suas mãos.

- Aqui está! - Falei me sentando e colocando a comida em sua frente.

A garota à minha frente ergueu o olhar me lançando um sorriso fraco como agradecimento.

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OIIIIIII GENTE, FIRMEZA? espero que sim!

Apareci, sentiram minha falta? Lógico que não né? Vou me conformar aqui então :/

São 02:07 da manhã então to mais pra lá do que pra cá de sono então desculpe qualquer erro!

OBRIGADA POR LER E ATÉ MAIS!

Beijos da Ka :*

Who is Wrong? || Hayes Grier. ||Onde histórias criam vida. Descubra agora