Capitulo 2

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Assim que chegou em casa percebo que nao há  ninguém. Melhor assim, não quero que vejam como eu estou, não quero que façam perguntas sobre o que aconteceu e principalmente, não quero que meu pai denuncie o Adrian. Sei que estou sendo burra em acreditar mas ainda acho que ele teve um dia ruim.

Passo a noite toda chorando em meu quarto, mesmo ele não tendo conseguido o que queria, eu me senti violada. Estou com medo dele, e se ele fizer de novo? Se ele tentar me bater na segunda? Esses pensamentos não param de me atormentar.

Vou para a cozinha depois de me recompor e percebo que meu pai está de saída. Tem uma mala do lado dele, não acredito que ele vai viajar de novo.

- Oi meu amor, pensei que não fosse sair do quarto hoje. - ele diz vindo em minha direção com os braços abertos.

- Onde você vai? - pergunto.

- Vou para Montana. Tenho uma reunião lá, volta semana que vem.

- Não pode ficar? - agora estou com medo de verdade, se Adrian vir aqui e tentar alguma coisa?

- Não, é muito importante. Já estou atrasado, quer ir comigo até o aeroporto?

- Claro. - quanto mais eu puder evitar ficar sozinha melhor, sei que estou sendo paranóica mas se Adrian tentou algo contra mim na festa sei que ele pode tentar de novo.
...
Estou assistindo um filme qualquer para poder esquecer da festa e de tudo que aconteceu. Estava comessando a prestar atenção no filme quando ouço um barulho ensurdecedor, parece até que estão furando uma parede.

Tomada pela raiva vou até o apartamento da frente bato na porta várias vezes até que... Ah, não. Era aquele garoto da festa, o que esbarrou comigo. Não acredito, com tantos lugares para se morar e ele se muda logo para o mesmo prédio que eu? Ou pior, para o apartamento ao lado?

- Oi. - ele diz com um sorriso malicioso.

- Já são 23 hs, o condomínio tem regras sobre barulho. - digo estressada.

- E? Eu não ligo, tenho que terminar de arrumar meu apartamento, então se não se importa... - ele aponta para o meu apartamento.

- não, você está me incomodando. - digo entrando no apartamento.

Ele comessa a rir e eu olho para ele furiosa. Como ele pode rir nesse momento? Eu estou falando sobre algo sério e ele está rindo. Idiota, babaca... Todos os xingamentos possíveis.

- Do que você está rindo?

- De você.

- Por que?

- Por que você está brava es está fazendo uma coisa engraçada com o nariz, parece até um coelho.

Ele volta a rir e eu comesso a bater nele. Ele nem se importa em revidar, afinal ele é forte mal deve estar sentindo os tapas e socos que dou em seu abdômen definido. Fico ainda mais nervosa por isso e dou um chute em suas partes baixas. Ele me olha com uma cara de dor que até me faz sentir pena. Só que não.

- por favor, o barulho está me incomodando, se importa de parar? Obrigada. - digo saindo de seu apartamento enquando ele me chinga e se contorce de dor.
...
Dormi muito bem a noite toda, tomei um chá para me acalmar e acabei dormindo. Não me lembro de ter ouvido barulho depois que tive uma "conversinha" com meu vizinho.

Depois de fazer minhas higienes, fui até a cozinha ver o que tinha para o café da manhã. Abri a geladeira e não havia nada, o armário estava vazio. Decidi parar de sentir medo de que Adrian apareça e pego um pouco de  dinheiro.

Assim que abro a porta do apartamento meu vizinho entra em minha casa sem ser convidado.

- Onde está sua educação? - pergunto brava por ele estar aqui.

- Não sei, talvez você também devesse procurar a sua já que foi você que foi até a minha casa ontem a noite e ainda por cima me bateu.

- Se veio aqui achando que eu vou pedir desculpas está muito enganado. Agora saia da minha casa.

- Não quero que peça desculpas.

- Não? Então por que está aqui?

- Preciso de ajuda, e como você se demonstrou uma pessoa simpática... - Ele faz aspas na palavra simpática.

- O que você quer? Fala logo. - comesso a ficar brava, por que ele não diz logo o que quer e me deixa em paz?

- Minha mãe vai vir me visitar hoje, eu não sei cozinhar e minha casa está uma bagunça. Ela vai chegar em duas horas e eu preciso de ajuda.

- Chame um de seus amigos. - Me recuso a ajudar esse idiota.

- Não posso, meus amigos estão ocupados, eles trabalham.

- E você? - as palavras saem da minha boca antes que eu pudesse conte - las.

- Não é da sua conta, mas se insiste em saber eu estou de férias.

- Foi demitido e agora está mentindo para a sua mãe não é? - digo em tom de desafio.

- Vai ajudar ou nao? - ele pergunta bravo.

- Vou, mas você vai ficar me devendo.

- Okay. Vamos.

Ele estava na porta quando me dei conta de que não sabia o nome dele.

- Qual seu nome? - Pergunto curiosa.

- Arthur. E o seu marrentinha?

- Não me chama assim, meu nome é Amber.

- Gostei. - Ele fala com um sorriso malicioso.
...
Quando voltamos do mercado eu comesso a fazer a comida e Arthur tira toda a bagunça de sua casa. Onde sera que ele colocou tudo?

Termino a lasanha e comesso a montar a mesa. Assim que está tudo pronto a campainha toca e depois de alguns segundos Arthur entra na cozinha com uma mulher de aproximadamente 50 anos. A semelhança era nítida, Arthur definitivamente era igual a mãe dele.

- Quem é essa meu filho? - ela pergunta com uma voz simpática.

- Eu sou a vizi...

- Ela é minha namorada. - Arthur diz. Olho para ele em pânico, a mãe dele vem em minha direção e me abraça, aproveito a oportunidade para mandar um olhar matador para Arthur.

- Qual o seu nome minha linda?

- Amber. - digo meio tímida e com o rosto vermelho de vergonha.
...
O jantar foi agradável, mas Arthur não parava de me abraçar.

Assim que sua mãe foi embora eu disse:

- Como assim sua namorada? Ficou louco? O que vamos fazer agora? Ela é tão legal não merece ser enganada por ninguém muito menos pelo próprio filho.

- Calma. O que queria que eu fizesse? Você é uma garota jovem e bonita na minha casa e estamos sozinho. Foi a única coisa que eu pensei.

Saio de lá furiosa por ele ter me metido nessa história. Assim que abro a porta da minha casa tomo um susto ao ver que a bagunça que estava na casa de Arthur agora está na minha.
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Hello pessoal, espero que tenham gostado desse capítulo. Não esquece de clicar na estrelinha e de comentar.
Bjs até o próximo capítulo.
PS: o garoto da foto é o Arthur.

O Insuportavel Do Meu VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora