Capitulo 9

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Estava tão difícil me concentrar na prova, não parava de pensar em como as coisas aconteceram rápido. Meu término com Adrian, conhecer Arthur e Monique, minha mãe aparecer em casa, meu pai estar considerando a ideia de voltar com ela... De todas essas coisas a única que foi boa foi conhecer Arthur e Monique.

Assim que a prova acabou sai da sala correndo e fui para o banheiro, a mãe de Arthur estava me ligando. Fiquei com um pouco de medo de atender, afinal Arthur pode ter aprontado alguma coisa eu não iria poder sair da escola sem que um responsável venha me buscar.

No fim das contas era apenas para confirmar se eu iria para o hospital hoje. Ela disse que iria me buscar na escola.

- Oi, o que aconteceu? Você saiu correndo da sala como uma maluca. - Disse Lúcia me olhando preocupada.

- Eu estou bem, é que tinha alguém me ligando e eu já não aguentava mais aquela prova.

- Tudo bem então. Vamos? Eu quero almoçar. - Não queria ir para o refeitório e ter que ficar ouvindo aquelas vozes se misturando e fazendo minha cabeça girar, também não queria olhar para aqueles rostos felizes e despreocupados.

- Tudo bem, vamos. - Saímos de lá com Lúcia puxando me braço.
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Estava no meio da aula de matemática quando uma bolinha de papel cai ao meu lado. Olho em volta mas não tem ninguém olhando para mim.

Pego o papel e nele há um desenho. No início não entendo mas depois de alguns segundos tudo fica claro. Olho em volta da sala e percebo que Adrian não está na sala, comesso a me desesperar e peço para o professor me deixar ir ao banheiro. Ligo para a mãe de Arthur e nada.

Não tenho escolha, vou ter que ir embora. Vejo uma janela bem pequena, deve dar para mim passar. Subo em um dos vasos e abro a janela, olho para baixo e há varias rosas com espinho embaixo. Isso vai doer. Penso comigo mesma. Penso em Arthur novamente e pulo.

Caio no meio das rosas e posso perceber vários arranhões em meus braços e pernas. E meu rosto estava queimando. Saio correndo até o muro maia próximo. Ótimo, maia espinhos. Penso comigo mesma. Conto até três e pulo.

Quando me levanto saio correndo na direção onde fica o hospital. Se eu manter o ritmo em que estou vou chegar lá em dez minutos. Não paro de correr e quando sinto que não vou aguentar mais eu penso em Arthur e que ele pode estar correndo perigo. Lembro do desenho onde tinha dois garotos o Adrian e o Arthur, Adrian estava com uma faca e só de pensar que isso pode ser verdade me dá um aperto no coração.
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Chego no hospital e me surpreendendo que nenhum enfermeiro tenha vindo em minha direção com uma máscara de ar. Cada músculo do meu corpo queimava e meus pulmões doem.

Vou até a recepção e digo quem sou e quem quero visitar, a recepcionista por sua vez diz que o irmão de Arthur está no quarto com ele e pediu para que não permitisse a entrada de mais ninguém. Eu congelo, Arthur não tem irmãos. Pela cara da recepcionista eu devia estar branca como leite.

Levo alguns segundos para recuperar os sentidos e vou correndo até o quarto de Arthur com a recepcionista atrás de mim dizendo que eu não podia entrar.

Abro a porta do quarto e vejo Adrian com uma faca e um pouco de sangue nas mãos de Arthur. Adrian olha para mim e vem correndo em minha direção, ele me empurra e eu caio no chão batendo a cabeça, a última coisa que vejo é Adrian correndo até o elevador.
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Assim que acordo me dou conta de que estou em um quarto de hospital o que me assusta muito. Tento levantar e sinto uma dor na cabeça, olho para os lados e vejo que há agulhas em meus braços.

Fico deitada lá esperando que alguém chegue, espero por uns cinco minutos até que uma enfermeira chega e tira as agulhas de meus braços e me dá um remédio.

- Para que é esse remédio? - Pergunto depois de engolir o comprimido.

- É para a dor, se lembra de alguma coisa? - Ela pergunta olhando fixamente nos meus olhos.

- Só de algumas coisas, o que aconteceu?

- Um rapaz te empurrou, ele estava tentando matar um de nossos pacientes, se não fosse por você ele estaria morto. É uma heróina. - Ela diz com um sorriso amigável no rosto.

Lembrei de tudo, é por culpa do Adrian que estou aqui, ele tentou matar o Arthur duas vezes e em uma delas me fez parar em uma cama de hospital.

- Tudo bem? Parece assustada. - A enfermeira me olha preocupada.

- Sim, só estou tentando me lembrar.

- Quando se lembrar, a polícia quer ouvir seu depoimento. Ainda não encontraram o cara e estão esperançosos de que você pode se lembrar de alguma coisa.

- Eu aviso se me lembrar, e o paciente? Como ele está?

A enfermeira me olha como que procurando por alguma coisa, é um olhar demorado e que me assusta. Por fim ela da um sorriso é diz:

- Ele está bem, saiu do hospital ontem e estava aqui até agora pouco, parecia muito preocupado.

- Ele entrou no quarto?

- Faz muitas perguntas sabia? - Disse a enfermeira com um sorriso distraído nos lábios.

- É só preocupação. - Digo abaixando a cabeça.

- Tudo bem, você pode vê- lo ainda hoje se der tudo certo. O médico quer fazer uma avaliação para saber se está tudo bem com você, torça para estar. A comida daqui é horrível.
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Passei por vários exames e posso dizer que nunca mais quero entrar em um hospital. O médico me liberou para ir para a casa mas meu pai estava em Boston, e minha mãe disse que não poderia vir me buscar. Por isso Monique veio me buscar e me levou para seu apartamento.

Arthur e sua mãe foram me visitar e passaram a tarde comigo e Monique. Depois que foram embora Monique pediu uma pizza e ficamos assistindo filmes.
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Oi pessoal, não me matem por favor. O motivo por eu não estar publicando novos capítulos é que eu estou passando por alguns problemas e isso vem enchendo minha cabeça. Espero que aceitem minhas desculpas e eu prometo que vou fazer o possível para postar pelo menos duas vezes ao mês.

Espero que tenham gostado desse capítulo, não esquece de clicar na estrelinha e de deixar seu comentário, adoraria responder.

Gente essa da foto é a Monique.

Bjs. Até a próxima.

O Insuportavel Do Meu VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora