Capítulo 17

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Depois de mais um dia chato na escola finalmente estou em casa. Já não aguento mais a segunda feira.

- Pai. - Digo ao abrir a porta de minha casa e ver meu pai olhando a paisagem. Vou correndo em sua direção e o abraço como uma garotinha de dois anos que está vendo seu pai depois de meses.

- Que saudade. - Monique diz aparecendo  da cozinha. - Eu não ganho abraço?

- Claro que sim. - Digo me desenroscando do aperto de meu pai e indo na direção de Monique.

- A casa está tão limpa, nem parece que eu te deixei aqui, todas as vezes que eu vou viajar a casa fica um caos.

- Bom, agora eu sou uma adulta. - Digo e comesso a rir da minha piada sem graça.

- Parece feliz. - Monique observa.

- Sim, vocês voltaram e Arthur e eu conversamos.

- Que bom, então... vocês se entenderam? - Meu pai pergunta com um falso entusiasmo.

- Sim, pensei que fosse ficar feliz com a notícia. - Digo ao perceber a maneira triste como ele estava olhando para mim.

- Claro que estou. É só que ele é um bom rapaz... eu não posso odia- lo como eu queria odiar. - Assim que meu pai termina a frase Monique e eu comessamos a rir.

- Não acredito nisso. Está com ciúmes? - Ela ainda ri quando faz a pergunta mas para ao ver que meu pai está mandando seu olhar de "não ria isso é sério".

- Pai, ele é um cara legal e eu gosto mesmo dele, e eu sempre vou colocar você na frente. - Digo indo em sua direção para um abraço.

- Eu sei. Eu só não paro de pensar que eu passei a maior parte da sua infância trabalhando e não te dei a devida atenção, me arrependo por ter perdido tanto tempo e que só tenha reparado nisso agora.

- Não diga isso. Você não perdeu nada... ainda vamos ter muito momentos e vamos poder fazer coisas de pai e filha. - Digo olhando para Monique a procura de ajuda mas tudo o que recebo é um " você consegue, confio em você". Silencioso.

- Eu sei querida, esquece isso é só bobagem de pai. - Ele diz saindo da sala me deixando sozinha com Monique que logo sai da mesma em direção ao quarto.

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Estava fazendo meu trabalho de biologia quando meu telefone toca.

- Oi amor. - Digo quando atendo já sabendo quem é.

- Hey, quer sair comigo? - Pondero por um momento, tinha muitas coisas para fazer e não podia adiar mais. - Por favor. - Ele diz em um tom que ele sabe que vai me convencer.

- Tudo bem. - Digo depois de um longo suspiro. - Que horas?

- Oito horas? - Ele pergunta e seu tom transmite empolgação.

- Perfeito. - Digo com um sorriso bobo no rosto. Adoro quando ele fica empolgado com alguma coisa, ele parece uma criança.

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Passo a tarde toda terminando meus deveres e começo a me arrumar as sete horas. Queria usar algo encantador, adoro a maneira como ele olha para mim.

- Querida o Arthur está aqui. - Monique diz entrando no quarto.

- Ah, eu ja vou. - Digo mostrando para ela o batom que estava passando.

- Tudo bem, você está linda. - Ela diz antes de sair do quarto.

Depois de terminar a maquiagem dou uma última olhada no espelho e saio do quarto, quando chego na sala vejo meu pai e meu namorado conversando em tom baixo.

O Insuportavel Do Meu VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora