Tommocchio

18. Save Me

Como meu pai havia dito, ficamos somente aquela noite em Cocoa Beach, mas já tinha sido o suficiente.... Se é que vocês me entendem.

Eu e Louis estávamos tomando banho quando ele chegou no apartamento. Para não ficar muito na cara, eu saí primeiro do banheiro e pedi para que Louis ficasse lá mais um tempo.

Meu pai mal se preocupou com isso, parecia cansado demais. Quando abri a porta do banheiro, ele jazia deitado na cama de casal. Ainda bem que eu já havia me livrado de todos os.... Hum.... Restos da madrugada que eu e Louis passamos juntos.

Meu pai acordou para a hora do almoço, enquanto eu e Louis passamos a manhã toda apenas curtindo um pouco a praia e o que ela tem a nos oferecer. Não entramos no mar, nem nada do tipo, porque eu já tinha arrumado nossas coisas e não estava nem um pouco a fim de tirar tudo da mala de novo.

Louis ficou bravo comigo por causa disso, mas nada que um carinho não resolva.

—Já arrumaram as malas? Vamos partir logo depois do almoço. — Meu pai disse. Entramos no apartamento e ele estava arrumando suas coisas.

—Sim.... — Respondi, soltando a mão de Louis — Está com fome? — Perguntei para o garoto ao meu lado.

—Sim, estou! O que será que vai ter de almoço hoje?

Bem, o hotel que estávamos sempre servia algo diferente nas refeições. Digo, eram diferentes para Louis, já que não tínhamos todo aquele luxo em casa.

—Não faço ideia, Lou.

—Venham, já arrumei as coisas. Vamos descer. — Meu pai disse, e assim fomos para o restaurante do hotel.

—X—

—Eu não queria ir embora.... — Louis reclamou enquanto eu colocava as malas no carro. Meu pai se despedia da moça para quem ele trabalhou.

—Eu também não queria.... Mas veja pelo lado bom, o show de talentos do colégio é na semana que vem!

—Harry, o que tem de bom nisso? — Revirou os olhos, me fazendo rir.

—O bom é que não vamos ter aula durante dois dias.

—É, bem.... Talvez não seja tão ruim assim voltar para casa.

Enquanto meu pai conversava com a moça, eu e Louis entramos no carro.

—Sente-se na janela dessa vez, não sei se meus ouvidos aguentam mais um grito seu. — Falei. Louis sorriu e se sentou onde eu havia pedido.

—Harry.... Hum, sobre o que fizemos hoje à noite....

Eu o analisava com uma sobrancelha erguida. Louis deu uma pausa durante sua fala, parecia pensativo.

—O que, babe? Você.... Não gostou?

—Eu.... Eu gostei sim! É só que, hum.... Tenho vergonha.

—Vergonha? — Eu ri, pegando em sua mão — Vergonha de que?

—Eu não sei.... De ter feito algo errado.... Bem, eu não entendo muito dessas coisas. Ah, não sei o que dizer.

—Você é meu Louis. Só de isso ser um fato, já te impede de ter feito algo errado. — Falei, ainda sorrindo — Eu estava mais nervoso que você, acredite.

—Verdade?

—Sim, verdade, mas enfim....

Meu pai entrou no carro repentinamente, me fazendo soltar a mão de Louis rapidamente. Ele segurou uma risada, pois sabia que o assunto não era pra ser falado perto de meu pai.