Depois de uma semana "relaxante" no hospital, nós três tivemos alta. Os ferimentos de Louis já estavam bem cicatrizados e tratados. O mesmo com meu pai.
Fiquei no quarto com Louis o tempo todo. Algumas enfermeiras me perguntaram se eu queria mudar de local, mas é lógico que eu não aceitei.
Louis parecia exausto por conta dos remédios. Sempre quando ele acordava, nós conversávamos um pouco e ele voltava a dormir. Bem, vê-lo dormir também é uma coisa bonita de se ver, então nunca reclamei.
—Nós vamos para casa? — Ele perguntou enquanto um médico da equipe guiava eu e ele para fora dali, ao encontro de meu pai.
—Sim, Lou! Nós vamos! — Sorri. Ele pegou em minha mão, sorrindo de volta.
Seu rosto mostrava que ainda estava um pouco abatido, mas eu estava feliz por ter meu Louis de volta.
O médico nos deixou na recepção, próximos à entrada. Ficamos ali durante alguns minutos. Niall já havia ido nos visitar. Ele que nos trouxe roupas limpas. Pedi para que o loiro fosse até minha casa buscar alguma coisa. O ensinei a pular o muro e usar o tronco da árvore para entrar no meu quarto, nada complicado. Eu não tinha as chaves, então não havia muito o que fazer.
Eu e Louis estávamos de mãos dadas. Eu acariciava uma de suas mãos com meus dedos, o fazendo sorrir. Bem, eu estava preocupado com meu pai. Embora eu tivesse notícias dele todos os dias no hospital. Os médicos disseram que não quiseram nos deixar no mesmo quarto pois, aparentemente, ele teve um surto do nada depois de três dias ali.
Eu pensava no que poderia ter causado esse surto, até que ele apareceu no corredor na nossa frente, sendo acompanhado por uma enfermeira. Um sorriso se estampou em meu rosto após vê-lo. Bem, por mais ridículo e babaca que ele seja na maioria do tempo, ainda era meu pai, a única parte do meu sangue que ainda me restava.
Ele sorriu para mim, também, e me abraçou quando chegamos perto um do outro.
—Meu Harold! Fiquei com medo de nunca mais tê-lo de volta! — Ele disse enquanto me apertava, não com muita força.
—Está tudo bem agora. — Falei, separando o abraço — Já estamos todos em bom estado! Bem, quase.
Ele riu e olhou para Louis, bagunçando o cabelo do mesmo.
—Temos que avisar sua família da Alemanha sobre o ocorrido!
—Quem? — Louis perguntou, mas eu o lancei um olhar do tipo "Use seu cérebro! ", o que o fez perceber — Ah! Sim, é..... Eu aviso eles!
—Está bem, não quero causar problemas! Deixe que eu converse com eles quando entrar em contato!
Eu levantei uma sobrancelha. Ok, acredito fielmente que meu pai seja bipolar. Veja, uma hora ele joga um monte de merda no ventilador como se não se importasse com nada, e depois ele trata a mesma pessoa, agora suja de merda, com carinho e muito afeto. Em todo caso, eu não ia falar nada. Ainda estávamos meio atordoados.
Meu pai resolveu o que faltava na recepção, e conversava com um policial. O mesmo policial havia se apresentado para nós, e disse que estava cuidando do caso. Nem me importei, eu tinha Louis ao meu lado, a coisa mais preciosa que já tive.
No final, deu tudo certo e nós fomos de táxi para casa. O carro ficou esperando algum tempo enquanto meu pai procurava por dinheiro dentro de casa, e eu e Louis fomos direto para o quarto.
Me joguei na cama, respirando fundo por estar finalmente em casa. Dei um espaço para que Louis se deitasse ao meu lado, e assim ele fez.
—Finalmente em casa! — Falei, fechando os olhos ao sentir o edredom macio em minhas costas.
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Tommocchio
Novela JuvenilE se você tivesse a chance de ter um pedido realizado? O que você pediria? Dinheiro? Fama? Alegria? Saúde? Bem, pode ser. Não há restrições. Mas... O que uma criança pediria? Basta fazer um pedido, Harry. Aquilo que você mais quer, vai vir como...