Capítulo 16

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Fiquei de castigo. Minha mãe me deixou de castigo por eu não ter avisado que iria sair com o Rei. De certo modo, ela tinha suas razões. Eu tive tempo de avisar que Rei havia me convidado pra sair novamente, porém, não avisei. Não fiz por mal, esqueci completamente.

- Bom dia, família! – falei quando cheguei à cozinha.

Já estava completamente pronto quando fui tomar café com a minha família.

- Quando terminar, é pra vir direto pra casa, ouviu mocinho? – minha mãe perguntou.

- Sim, senhora. – respondi.

Tomei o meu café em absoluto silêncio. Meu pai me pediu desculpas no caminho para a escola.

- Desculpas, meu filho. – meu pai pediu – Eu tentei conversar com sua mãe dizendo que o castigo era ruim. Mas ela não me deu ouvidos.

O senhor é demais, pai!

- A culpa é minha, pai! – disse – Obrigado por tudo. Mas a culpa é minha mesmo.

Meu pai ficou cabisbaixo. Eu realmente não gostava de ver meu pai triste. E, infelizmente, a culpa era minha.

- Pra onde vocês foram, Júlio? – perguntou Aline.

Por que me perguntaste, isso?

Eu disse "não" com o rosto e Aline me entendeu.

- Fomos pra casa do pai dele. – respondi.

- E você conheceu o pai dele? – meu pai me pergunta animado.

É agora que eu morro!

Fiquei alguns segundos pensando se mentiria ou não.

- Não. Não tinha ninguém em casa quando fomos pra lá.

Escolhi falar a verdade.

- E o que vocês fizeram, Júlio? – Aline pergunta.

Você ainda morre um dia, Aline!

- Bom. Primeiro eu conheci o lugar, depois fui pra piscina com Rei. Aí ficamos um tempo na piscina. Depois eu conheci a casa, por dentro, aí ele fofo como sempre resolveu cozinhar e eu acabei comendo os sanduíches que ele fez.

- Se sabe cozinhar, já dá pra casar. – meu pai comentou dando altas gargalhadas no carro.

Com certeza meu pai se divertia me zoando.

Você é o melhor pai do mundo!

Aquela terça-feira foi bastante divertida. Nós nos divertimos muito no trajeto para minha escola. Eu desci do carro sorrindo ainda, acho até que é raro eu ir pra escola sorrindo. Aline entrou na escola abraçada comigo e ficamos sentados em uma mesa do refeitório. Eu levei um baralho pra escola e acabou que passamos quase quarenta minutos jogando "Bisca".

- Olá, meus amores! – disse Rei ao sentar na mesa conosco.

- Oi, amor. – falei e deu um selinho nele.

O que eu acabei de fazer?

- Oi, cunhado. – Aline respondeu rindo.

- O que vocês estão jogando? – Rei perguntou.

- Bisca! – respondi.

- E quem está ganhando? – Rei faz outra pergunta?

- Aline... – respondo – Como sempre. – revirei os olhos.

Rimos mais um pouco e depois fomos responder as provas. Confesso que não tive dificuldade em responder as provas. Acho que era pelo fato de que naquela terça-feira eu fiz três provas: Álgebra, Química Inorgânica e Física.

As Viagens da Minha Vida (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora