Beijo

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*Caetano*

Ela estava jogada no chão, com a testa sangrando, o capo havia se quebrado e fizerá pequenos cortes em sua mão.. Não sabia o que fazer, estava assustado, medo era o que se passava na minha cabeça a todo instante, tive medo, muito medo, não era um medo comum, nem um medo que pensava que iria sentir, tinha medo, medo de perde-la. Com todo cuidado, carreguei em meu colo, era incrível como se encaixava perfeitamente, subi e procurei seu quarto, depositei-a na cama, precisava achar um telefone fixo ou uma agenda, precisava avisar alguém, ouço um barulho vindo do andar de baixo, desço as escadas e olho o celular dela tocar, uffa, o irmão dela, bem na hora..

- Alô?
- Oi
- Ana?
- Não, não.. Não é a Ana! - Ele estava se irritando.
- Quem é você e o que está fazendo com o celular dela?
- Calma.. Eu sou Caetano, vim na sua casa fazer um trabalho de história com sua irmã, só que aconteceu um acidente, não sei ao certo, mas parece que ela se bateu na parede e desmaiou, botei ela na cama e não sei o que fazer, preciso fazer um curativo na testa dela e na mão.
- Certo, certo.. Desculpe é que Ana nunca se comunicou com um menino assim, achei que tinha acontecido algo..
- Tudo bem!
- Vai na cozinha, tem um armário grande la, na última gaveta, tem uma caixa de primeiro socorros, tudo que você precisa está lá, e você sabe me dizer se ela comeu?
- Acho que não, eu cheguei aqui e ela parecia que estava dormindo.
- Eu mato a Ana, olha só, bota num prato uma quantidade razoável de comida e esquenta no micro-ondas. Ela precisa comer, está muito fraca.
- Posso saber o que ela tem?
- Ainda não, estou confiando em você, não significa que confio totalmente, nada de gracinhas, chego ai em dois tempos se imaginar alguma besteira, me entendeu?
- Sim.
- Ah, e obrigado.
- Eu que agradeço.

Pego a caixa de primeiro socorros, e subo para fazer os curativos. Com os curativos prontos, desço e vou esquentar a comida. Subo e parece que está acordando, me sento ao lado dela segurando sua mão.
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Minha cabeça está explodindo, estou me sentindo fraca, abro os olhos e me deparo com Caetano do meu lado, me assusto e solto a mão que ele estava segurando.

- Ei? Você está bem?
- O que aconteceu? O que você está fazendo no meu quarto? Porque minha mão está com esses curativos, e minha cabeça, está parecendo que vai explodir?!
- Calma, já te explico.. Toma isso.. - Ele me entrega um copo com água e um remédio.
- Valeu!
- Ah e também tem isso aqui, seu irmão pediu para que você comesse.
- Ah não.... Não!! Ele apoia a bandeija no seu colo e pega uma colher com um pouco de comida e começa a soprar.
- Vamos só um pouquinho.. - Diz tentando me dar na boca.
- Me dá isso, eu sei comer sozinha. - Foi em vão estava muito fraca, tive que aceitar ele me dá na boca.
- Tabom, me ajuda vai.
- Pensei que ia fazer essa pose de bravinha pra sempre.

Aos poucos fui comendo e me sentia melhor, ele me contou o que aconteceu e vi que realmente estava doente, precisava me cuidar.

- Ana..
- Oi
- Preciso te pedir uma coisa. É estranho mas.. Sei la..
- Fale..
- Um abraço!
- Ta louco garoto? Não vou te abraçar.
- Tudo bem!

Sentir pena, parecia está necessitando, resolvir deixar e quando estávamos nos afastando do abraço, ele me disse..

- Estou com medo de perde-la. - Aquilo me tirou as palavras, eu não sabia o que dizer.. Primeiro que não confiava nele, não queria nenhum tipo de relação.. Mas ninguém nunca necessitou de mim como ele mostrava necessitar. Não sabia o que estava dizendo. Na boa, não sei mesmo.
- Você não vai me perder.. - Ele me olhava atencioso, estava sentado na cama de frente pra mim, estavamos se falando por olhar e eu não sei porque não saia daquele transe. Aquele momento estava me constragendo, pedi para que terminassemos o trabalho, logo me repreendeu, dizendo que ele faria, mesmo assim descemos e ficamos assistindo, sim, gostamos de bob esponja, temos gostos em comum. Ele ficou comigo até minha mãe chegar, foi super educado e conversou bastante com ela, não sei o que mas não quis me meter.
Antes de ir, me pediu que o acompanhasse até a porta, minha mãe havia subido com minha irmã.

- Se cuida Ana.
- Vou me cuidar.
- É, melhor eu ir.
- Tabom. - Pensei que ia ter mas que isso, eu não sei, mas eu queria mais.
- Ana..
- Oi
- Me deixa cuidar de você?
- Eu sei me cuidar
- Por favor.. - Disse chegando perto, segurando na minha nuca me fazendo sentir arrepios e fazendo com que olhasse no seu olho.
- E-eu s-sei m-me cuidar.
Sem avisar ele colou a boca na minha, pedindo acesso pôs sua língua, deixei-o entrar, o beijo aconteceu, foi lento, quente e suave, não sabia o que estava fazendo mas meu corpo pedia aquilo, um ótimo beijo para tirar o bv, sim, eu era bv. Paramos com o olhar fixo um no outro, e eu o soltei.
Precisava me permitir, e quando ele se afastou para ir, eu gritei.. Ele não parou e então fui atrás dele.
- Ei, espera.
- Desculpa, não ouvir.
- O que foi?
- Me beija.
- O que? Você acabou de me empurar depois que te beijei.. E.. - Eu o cortei, o beijando, e ele aceitou, me carregou fazendo com que prendesse minhas pernas na cintura e ficamos ali, por um tempo.
- É melhor eu ir..
- Vou te levar..
- Tabom..
Chegamos até a frente da minha casa e nos despedimos..
- É.. Então tchau.
- Tchau.
- Até amanhã senhorita Telles.
- Até. - Meu anjo protetor, claro que disse isso baixindo.. E achei meio estranho.
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*Caetano*

Estava me sentindo completo, ela beija muito bem, e é literalmente perfeita, não é como qualquer uma e não dá o braço a torcer. Ela tem um certo poder sobre mim. Queria sempre a proteger e esse seria um dever complicado. Amei o jeito que ela me beijou, pensei que não me queria, não contive minha alegria e a carreguei, queria congelar aquele momento pra sempre. Só tenho que deixar-la longe dele. Ele não pode nem ousar imaginar que achei meu ponto fraco. Estou entrando em casa quando meu celular toca, número desconhecido.. Decido não atender. Subo para meu quarto e tomo um banho, vejo o celular tocar novamente, mas dessa vez não era ligação, abro a mensagem e me assusto..
" Achou que poderia escapar? Achei a menina linda.. Imagina se ela.. puts.. Desaparecesse? "
O ódio tomou conta de mim, sabia que estava prestes a começar uma guerra, precisava me preparar para isso.

*Vishe, de quem será esse sms? Caetano será mesmo um protetor?
Quer saber? Então continua lendo, não esquece de votar se gostar e comenta o que está achando. Beijinhos*

Naquela Noite...Onde histórias criam vida. Descubra agora