Paula, Cris e Gus se encontravam paralisados em frente ao seu assassino. Estavam confusos com aquela revelação, não entendiam como Gerson poderia estar vivo.
- Isso não faz sentindo - Gus dizia - Nós vimos você entrar no porão.
- Sótão - Paula e Cris o corrigiram ao mesmo tempo.
- Foda-se - Gus revirou os olhos - Marybelle estava naquele porão, não tinha como você sobreviver.
- Você não percebe? Estamos todos sobrevivendo - Gerson riu - Isso não é vida.
- Era você ? - Paula os interrompeu com lágrimas - Naquela noite?
- Não entendi direito, Paula - Ele disse de uma forma sarcástica - Que noite você tá falando exatamente ?! - Ele sorriu enquanto levantava seu queixo com sua arma.
- EU VOU MATAR VOCÊ - Ela tentou ir pra cima, mas ele a ameaçou com a peixeira.- Eu duvido muito.
- Mas por que nós ?! Somos seus amigos - Cris o olhou com os olhos cerrados.
- AMIGOS?! - Gerson caiu na cama com a gargalhada - Amigos deviam ser a família que você escolhe, você acha mesmo que alguém escolheria uma família que mentem, te maltratam, te enganam e te traem??
- QUÊ ?!
- Vocês mentem, traem, enganam e se tratam com desprezo - Gerson colocou a peixeira no seu ombro e os encarou - Chamem as pessoas desse grupo como você quiser, mas não são seus amigos.
- Espera! - Gus o parou antes que O Assassino usasse sua arma - Já que você vai nos matar mesmo, pode ao menos dizer qual o seu plano?
- Acham que eu sou o que? Um idiota? Tão achando que isso aqui é uma aventura infantil da sessão da tarde onde enquanto eu conto meu plano vocês fogem? - Gerson posicionou a peixeira - Nessa história não há sobreviventes!
Quando Gerson levantou a arma em sua direção, Cris foi rápido e pulou nele. Os dois rolavam no chão do quarto, enquanto Paula e Gus corriam para fora.
- ACHO QUE SEI PORQUE VOCÊ NÃO QUER DIZER O MOTIVO, GERSON - Cris segurava o braço do O Assassino enquanto ele o forçava contra a sua barriga.
- FECHA A BOCA, GORDO, AO MENOS UMA VEZ.
- NÃO TEM MOTIVO, VOCÊ SEMPRE FOI UM PSICOPATA E SEMPRE VAI - A peixeira penetrou enfim na barriga de Cris, que cuspia sangue - . . . ser.
Cris caia morto no chão enquanto Gerson removia a arma de sua barriga com o sorriso no rosto.
Nos corredores, Paula e Gus estavam sem rumo, se perguntando o que fariam.- Não devíamos ter deixado ele.
- Temos que fazer algo.
- O quê ??
- Eu não sei...
- Vamos procurar o resto do grupo.
- Que resto?!
- Qualquer um que estiver vivo - Paula disse indo na frente.
.
.
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Na floresta, densa e escura, Igor, Mandinha e Linnah se encontravam perdidos. Não faziam ideia do que estavam acontecendo com os seus amigos, como todo bom conto de terror, seus celulares estavam foras de área.- Operadora desgraçada - Linnah tacou seu celular para longe - Como a gente vai sair daqui agora?
- A gente veio pela cidade, né?! Estava iluminada - Mandinha disse - É só a gente andar até vê a luz, então seguimos na direção dela até sair na cidade.
- Geralmente quem vê a luz é quem tá morrendo - Igor respirou fundo - Eu não quero caminhar em direção a ela!
Linnah e Mandinha ignoraram Igor completamente e seguiram com o plano. Igor acabou indo atrás delas, mas manteve uma certa distância, para poder observa-las por trás.
Ele mantinha-se cada vez mais afastado, meio distraído, foi quando escutou um choro irritantemente alto vindo da sua direita, assim como uma luz fraca. Rapidamente deduziu que eram choros de alguma criança do centro, então ele correu naquela direção, gritando para as meninas o seguirem, mas elas já estavam longe e ele não havia notado.
Quando ele foi chegando perto do choro, não achou a cidade e percebeu que estava perdido. Ele foi até o choro e tudo que encontrou foi uma menina de cabelos rosados, sentado em um tronco oco, chorando de costas para ele.
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Férias Inesquecíveis
Misterio / SuspensoEra para ser mais um mês de férias normal, mas o quê aconteceria naquele mês de Julho mudaria tudo. Se pudessemos voltar atrás, escolheriamos outro lugar, mas não passariamos nem perto de Santo Peter, pois aquelas férias seriam difíceis de esquecer.