A casa.

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Ao entrarem na casa, assustados, ficaram completamente parasilados por alguns minutos, seus cérebros ainda estavam tentando entender tudo isso. A sala de entrada era um salão enorme, bem maior que a própria casa vista de fora. Ao olharem pela escadaria, parecia que existiam vários andares que nunca acabariam. Todos olhavam, assustados, para o local, indignados com o fato da casa ser absurdamente enorme. (Já mencionei o quanto ela era grande?).
Quando finalmente decidiram adentrar a casa, mesmo que ainda confusos, foram interrompidos por uma risada cintilante que ecoava do último andar do local.

- O quê foi isso? - Igor disse tentando olhar para o último teto que parecia não existir. Quantos mais ele olhava, mais longe ficava.

- Vai lá descobrir. - Nathaniel o respondeu seguido de um leve sorriso em seu rosto.

- Antes de qualquer coisa - Gerson começou a revirar as almofadas do sofá - Acho melhor a gente dá uma olhada nos móveis da casa.

- Pra quem não tava acreditando... - Linnah riu.

- Verdade - Risos - Mas tenho que concordar com o Gerson - OJ começou a puxar todos os livros empoeirados das prateleiras como se soubesse o quê iria achar - Vai que tem alguma pista sobre o quê aconteceu na casa.
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Logo, todos ja estavam fazendo o mesmo. Reviraram almofadas, tapetes, estantes, livros e gavetas. Estavam quase desistindo de tanto "nada" que achavam, foi quando a televisão velha de uma das estantes virou "sozinha", se espatifando no chão. Todos berraram com o barulho, seus berros ecoaram pela casa durante alguns segundos, até finalmente sumirem ao infinito e além. Depois do susto, foram reparar direito nos destroços da TV antiga e acharam uma foto 10x15 escondida em baixo do objeto despedaçado. Na foto, havia Marybelle segurando sua boneca.

- Achei que fosse algo mais interessante. - Gerson olhou a foto e em seguida a jogou de lado.

- Por que a garota estar chorando? - Amanda perguntou com a foto na mão.

- Vai saber - OJ apontou para o sorriso assustador estampado na cara da boneca - Mas a boneca parece bastante feliz.

Todos subiram as escadas, levando a foto com eles. No 2ª andar havia uma cozinha enorme, com o piso quadriculado em preto e banco. A geladeira e o fogão eram amarelados com o tom envelhecidos. Na parede, os talheres eram pendurados, cada um em seu devido lugar, seguindo o esquema: Garfo, Colher, Faca, do menor para o maior.

- Olha - Bia apontou para a parede - Está faltando um talher.

- Acho que era uma faca - Paula disse apontando para a sequência de talheres na parede.

- Mas, se era uma faca - Linnah pegou uma outra faca - Então, não pode ser um espírito maligno.

- Verdade - Bia concordou - Por quê espíritos precisariam de uma faca?

- Ei, gente - Manda falou voltando para a escadaria - Olhem isso.

- O que foi, Manda ? - OJ se posicionou ao seu lado.

- A cozinha não parece ser menor que a sala?!

- Bem.... - OJ tentava pensar em uma resposta, mas mal conseguia falar ao lado da sua amada.

- Vocês estão andando com o Henrique ? - Gustavo se meteu no meio dos dois - Por que isso é muita droga, sério.

Depois de um certo tempo na cozinha, eles mais uma vez seguiram em frente, subindo sem olhar o quê estava na frente deles.
Quando chegaram no 3ª andar, acabaram de vez com a imagem da casa simples de 2 andares. Estavam em um corredor enorme, cheio de portas, porém com todas elas  trancadas a setes chaves. Eles tentavam forçar a fechadura para tentar abri-las, mas nada funcionava. Parecia que elas estavam presas a séculos.
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Quando já estavam quase indo direito para o 4ª andar, escutaram um grito agudo que quase ensurdeceu todos, o grupo se deitou no chão com mãos no ouvido, tentando salvar seus tímpanos. Então, de repente um forte vento passou pelo corredor, arrepiando todos. E então todas as portas se abriram ao mesmo tempo e começavam a bater com muita força, fazendo um barulho horrível, que quase os impediram de escutar uma risada macabra se aproximando, assustando todos. A risada ficava cada vez mais próxima, e eles não sabiam se a risada vinha de cima ou de baixo. Precisavam se esconder, não importa o local, então se sentiram obrigados a entrar em um dos quartos. Então, o grupo foi rápido em  escolher apenas 1 quarto. O problema era que cada 1 do grupo escolheu 1 quarto diferente.

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