Os Pecados Ao Escrever Uma Fanfic

8 - Gramática I

Então vamos falar sobre gramática.

Primeiramente, como não podia deixar de ser, vamos deixar aquele agradecimento todo especial a todos os leitores que nos fizeram 230 comentários (e contando) opinando sobre os pontos levantados. Recebam aquele abraço virtual muito forte. Vocês são maravilhosos!

Faremos diferente dessa vez. Este capítulo será quase todo escrito com base nos comentários recebidos. Não pudemos pegar todos ou isso aqui ficaria gigante, mas sintam-se representados.

Sobre os erros ortográficos em geral

Os exemplos que demos foram "conserteza", "dês de", "com migo", "de vagar", celinho, "douze", "cauça" e "extresse".

Surpreendentemente uma boa quantidade de nossos leitores se mostraram tolerantes a eles e inclinados a relevá-los. Como disse a nossa leitora @Adria_Queiroz

"Eu tolero desde que aconteça raramente, porque quando fica repetitivo demais acaba atrapalhando a leitura e perco o gosto pela história. Em alguns casos não perdoo. Vai muito da história, sabe? Se ela me prende ou não (...) também tem casos que os erros passam despercebidos, dá para identificar e eu relevo (...) Dependendo da gravidade é perdoável"

E a opinião desta leitora se uniu a de muitos outros que também são capazes de relevar aquele errinho ou outro que não seja recorrente, acontece nas melhores famílias.

E de fato pode acontecer, sobretudo com autores iniciantes, aqueles mais novinhos, na flor da idade que pouco sabem sobre nossa amada e sofrida língua portuguesa. Se você pertence a um fandom onde a maioria dos fãs estão na adolescência (ou ainda na pré-adolescência), talvez precise adquirir esse tipo de tolerância porque encontrar fanfics com erros estranhos é muito mais comum do que se imagina.

Porém, nem sempre a tolerância é plena e em tudo são flores!

Nossa leitora @Sshakesqueer disse:

"Depende. Se a ideia da trama for muito interessante e os erros estiverem só na gramática, eu leio, mas não voto nem comento. Sou cruel"

Cuidado com ela!

Já a @winterPrincess0 disse:

"Sinceramente, alguns errinhos dá pra tolerar. Porém quando vejo que a pessoa está regredindo e não progredindo, eu abandono"

Ao ler opiniões assim, certamente não demora para alguém pensar com seus botões e dizer: Por que não falar com o autor a respeito desses erros e aconselhá-lo a corrigi-los para uma melhor compreensão?

Em um mundo utópico onde tudo é belo, bacana e perfeito, essa seria a solução mais correta. Porém não conhecemos a pessoa que está do outro lado. Corremos sempre o risco de chegar com a melhor das intenções e ter a mesma experiência que @BuddhaFor_Kath:

"Sério, se eu for ler uma história e tiver isso, por melhor que a trama seja, eu largo. Eu poderia falar com o escritor? Sim, mas não faço isso. Não quero ser xingada de "vadea metidenha" de novo"

Parece brincadeira, mas é verdade. Temos aqui exemplos de autores parceiros, cheios de amor no coração que recebem muito bem as nossas dicas para melhorar a gramática. Porém também temos histórias nada bonitas e experiências espinhosas de autores que não toleram críticas, por mais bem intencionadas que sejam.

Isso é triste. Ninguém evolui apenas com elogios. E uma pessoa não vai apontar um erro gramatical por inveja. Independente dos sentimentos que alguém tenha, um erro será sempre um erro, oras.