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Back home.

Eu não estava ali, minha mente estava em outro lugar. Um diferente lugar. Escuro e vazio. 

-Ela está bem? -uma voz feminina foi escutada.

-Rose? Está tudo bem? -a voz de Harry soou longe em meus ouvidos.

Depois, eu voltei. Felizmente.

-Ham... Sim, me desculpe. -disse. - Você é Maggie Falls,certo?

-Sim. -respondeu.

-Harry,por que não espera no carro? Serei rápida. -disse para Harry, que murmurou um "certo" e foi para o carro.

-O nome do seu pai é Peter White? -perguntei.

-Eu não tenho pai. -respondeu,seca.

-Ele faleceu?

-Sim. -respondeu.

-Quando? Faz tempo?

-Eu não quero falar sobre isso.

-Sua mãe é viva?

-Me desculpe, mas eu não estou entendo o porquê de você está fazendo essas perguntas. Eu não sei nem quem você é!

-O seu pai, Peter White, têm outra filha? -indaguei.

Ela não respondeu.

-Eu estou falando com você.

-Por que você quer tanto saber?

Puxei a foto de dentro do casaco e joguei em cima dela.

-É você? -perguntei.

Ela não respondeu, jogou a foto de volta pra mim e saiu correndo.

-Volte aqui! -corri atrás dela,mas ela foi esperta e entrou na casa.

É ela.

-Droga! -bati na porta.

Saí do seu Jardim, caminhei até o carro preto pequeno com os escuros  vidros meio aberto. Abri a porta do carro e entrei.

-É, é ela. -disse. 

-E o que você vai fazer a respeito?
-indagou.

O celular dele tocou.

-Alô? -atendeu. -Sim, nós estamos indo... Ok... Estamos indo,mãe.

Desligou.

-O que foi? -perguntei.

-Minha mãe, é para nós irmos para o hotel. Parece que nós já vamos embora. Mas se quiser que eu fiquei com você...

-Não, vou voltar para Nova York. -respondi.

-Ok. -disse ele.

Ele ligou o carro e nós saímos daquela rua,fui o caminho inteiro encostada na janela observando as ruas pelo o resto da viagem. 

O carro parou.

-Chegamos.

Olhei pelo vidro e vi um grande prédio repleto de espelhos. Encarei Harry e desci do carro.

Ele entregou as chaves ao manobrista e chegou ao meu lado. Caminhamos até a recepção em silêncio.

Harry mostrou um cartão e a uma mulher vestida com roupas sociais pretas, do outro lado do balcão. Ela assentiu e fomos até o elevador.
Entramos nele ainda em silêncio, mas Harry quebrou o gelo.

-Você está bem? -perguntou.

-Sim. Estou bem, só...frustrada. Eu acho. -respondi.

-Ei, -ele puxou meus braços, e me deu um abraço e beijou o topo da minha testa. -Tudo vai ficar bem, você vai ver só. Logo,logo, você já vai estar livre dessa maldita doença. Ok? -me soltou.

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