O que não te contaram sobre as histórias de amor.

Despertar.

Eu estava em choque. Provavelmente você sabe exatamente o que eu estava sentindo. É raro, mas ás vezes (alguns dizem que é apenas uma) encontramos alguém com a essência certa, alguém que nos encanta no ato. Só o exercício que faço pra lembrar deste acontecimento já coloca um sorriso em meus lábios. Eu não consegui ficar muito na casa da Sara, nós fomos apresentadas, coisa rápida, naqueles poucos minutos já havia notado a sua mania de mexer no cabelo e como sua educação e o senso de humor ganhavam qualquer um ao seu redor. Fui pra casa me questionando se era possível alguém estar com ela mais de meia hora e não se apaixonar. Enquanto eu andava e o vento me despertava cheguei a pensar que estava em um nível de carência que merecia ser estudado. E mais uma vez tentei culpabilizar algo pelo o que eu estava sentindo, quando eu tomei consciência disso eu parei, lembro-me que me sentei na calçada e devo ter ficados horas sozinha pensando sobre isso. Eu havia me tornado o famoso "cachorro que só late", percebi que quase todas as oportunidades que eu tinha de sentir eu deixava passar. Percebi que estava me tornando uma pessoa fria. No auge dos meus 17 anos. Fria. Cheguei em casa com tudo mais claro. Me joguei na cama me permitindo sentir. Querendo saber mais sobre aquela menina que me despertou, que despertou o que eu pensava que não sentiria. Pensando em todas as formas possíveis de abraçar o alguém que finalmente havia chegado, eu finalmente adormeci. E essa foi a primeira vez que ela veio brincar nos meus sonhos.