Carnaval

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Deitada na cama eu respirava purpurina e saudade, tão aí duas coisas que brilham e doem o peito. Nós havíamos nos amado intensamente durante aqueles 4 dias de folia. A Maria era sensacional, o toque, a pele, o cheiro nós tínhamos uma química incomum, nunca vista (pelo menos por mim). O batuque lá fora era alto mas no quarto a respiração gritava uma ansiedade fantasiosa. Existem coisas que quando pensadas ou vistas mudam completamente a vida, ela era uma delas. Era quarta feira, e eu entendi porque todo mundo falava que ela era de cinzas, quando coloquei ela e a Sara no ônibus, fiquei em cinzas. Sem saber se ela voltaria daqui uma semana, dois meses, ou se é que ela voltaria um dia... Então depois de muito tempo, cheguei em casa abri a conversa dela no Whats e escrevi: "Deixa o Carnaval passar que eu te quero de volta pela primeira vez. Deixa o Carnaval passar pra gente passar junto. Menina,você me dá ressaca mas quero te beber inteira.Me embebeda de amor que eu já sou roxa de paixão."

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