Reencontro

19 0 0
                                    

Acabei por finalmente adormecer, estava mesmo a precisar de descansar.
Acordei por volta das 10h e vesti me . Decidi tomar o pequeno almoço num café , aliás o café, um dos meus favoritos starbucks .
Quando cheguei , fiz o meu pedido e sentei me ao fundo numa mesa pequena. Estava descontraidamente a tomar o meu café e a ver as pessoas na rua quando desvio o meu olhar e deparo me com uma pessoa que eu não queria nada ver , Luna.
Ela estava muito diferente. Tinha pintado o cabelo estava agora loira , e estava muito mais magra. Estava com um rapaz bastante atraente que se assemelhava a um modelo , era "perfeito". Tinha pensado em sair , fugir daquele lugar mas incrivelmente não o fiz . Tinha de aprender a lidar com isto , ela não me podia afetar afinal era ela que tinha errado não eu.
Tinha uma réstia de esperança que ela não me visse, e rezava para mim para ela não o fazer , mas ela numa porção de menos de um segundo virou a cara e os nosso olhares cruzaram se , caiu me tudo aos pés...
-Lucy ? Lucy Williams ? Não posso acreditar que estejas mesmo a minha frente ! O meu deus! - caiam lhe pequenas lágrimas no seu rosto corado
-Olllá - disse eu com alguma dificuldade , fazendo um esforço sobrenatural para não chorar também
- Tenho tido tantas saudades tuas Lucy, tenho sentido saudades da minha melhor amiga
Mal ela proferiu aquelas palavras tudo a meu redor estremeceu e escureceu . A raiva envadiu me por completo
- Melhor amiga ?! Uma melhor amiga não te abandona nas tuas piores fases, uma melhor amiga não se vai embora , uma melhor amiga fica fodasse ! Para sempre ! Mas tu não né? Só ligas a puta da popularidade e ao dinheiro ! Nenhuma delas traz felicidade sabes ? E ainda tens a lata de voltares e dizeres que tens saudades ? Não tens mesmo vergonha na cara pois não ?
- Lucy...
- Não digas nada ! Nem vale a pena estar aqui a perder o meu tempo com uma pessoa sem carácter como tu ! Adeus
-Lucy espera ! Vamos conversar por favor ! -as lágrimas escorriam lhe pelas faces e pareciam nunca mais acabar mas eu nao me importei.
As pessoas estavam todas a olhar para o "espetáculo" que nós estavamos a dar .
Peguei nas minhas coisas e sai o mais rapidamente possível, ainda a ouvi a chamar me mas não liguei. Estava irritada , tudo o que disse foi o que tinha encravado na garganta nestes ultimos tempos e soube me bem . Fui para o parque não queria ir já para casa .
O parque estava praticamente igual ao da última vez, sentei me num pequeno banco e chorei, chorei até não conseguir mais , até conseguir libertar este sofrimento todo que tinha dentro de mim .
A dor aumentava cada vez mais , cada vez que inspirava ou expirava. Era um dor horrivel , é como se tivesse um animal dentro de mim a corroer me por dentro deixando me em pedaços. Era realmente uma dor fisica , custava me cada vez mais respirar, a minha cabeça estava a mil e era dificil manter me quieta. A raiva deu lugar a dor e agora a dor dava lugar a tristeza.
Chorava até mais não, ja estaria lá, naquele pequeno banco de madeira á horas e ainda não tinha parado de chorar. Os meus olhos encontravam se agora vermelhos e as pessoas que passavam olhavam para mim com um ar preocupado mas ao mesmo com ar de quem não queria saber. Agora só desejava que ele aparecesse , que me oferecesse um cigarro como da ultima vez e que falássemos , mas desta vez que ficasse ali comigo , não peço durante horas mas pelo menos por breves minutos , precisava de alguém com quem falar, estava a dar em doida e precisava da sua companhia.
Fiquei ali, estática durante mais ou menos uma hora , com a nítida esperança de ele vir a aparecer , mas no entanto ele não o fez.

Love Is Everthing We Said It Was Not /1DOnde histórias criam vida. Descubra agora