Capítulo 05

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- Ryan

Simplesmente fiquei perplexo ao ouvir aquelas palavras, sei e que muitas vezes não a trato com o devido respeito tal como faço com todos os outros na empresa, mas não estava à espera que ela me respondesse daquela forma tão áspera , o pior é que eu sei que mereci.

Ela e a minha irmã são duas pessoas completamente diferentes. Mas quando ela prolongou a conversa e resumiu a sua infância e eu confesso que  fiquei um pouco curioso  para saber o resto.   

Eu podia só ter entregado a mala na segunda-feira porque eu verifiquei e ela não tinha lá  nada de muito importante, mas a curiosidade que depois se transformou em vontade e eu tive de ir lá, eu sou um estúpido, eu sei!

{...}

Estacionei o carro no meu lugar habitual no estacionamento no subsolo, não gosto muito de usar motorista apesar do meu pai insistir bastante, mas a trás de mim e á frente vem sempre um carro cheio de seguranças, não dá muito para perceber porque quando eu chego ao meu destino eles arranjam uma maneira de se posicionar de forma a que ninguém perceba. 

Peguei na minha pasta de couro negro  e sai do carro dirigindo-me ao elevador. 

Quando cheguei ao meu andar lá estava ela sentada atrás da sua secretária, algo me diz que vai ser um longo dia. 

Passei por ela e não lhe disse rigorosamente nada e ela também o não fez, o que sinceramente me fez confusão. Sentei-me na grande cadeira preta e esfreguei a cara com ambas as mãos, liguei o computador e comecei a fazer o meu trabalho. 

- Senhor posso?  - Saskia bateu na porta.

- Pela milésima vez o meu nome e Ryan e não Senhor. - Respondi sem tirar os olhos do documento que estava a analisar, fiz sinal para que ela entrasse com uma mão. - Diga?

- Eu queria pedir desculpa pela forma como o mandei sair de minha casa, mas...- Interrompi. Ela mantinha o olhar baixo.

- Não tens de pedir desculpas eu é que disse o que não devia, e só quando entrei no carro é que me apercebi da borrada que fiz. Eu posso muitas das vezes ser indelicado contigo e com os restantes, mas eu não sou o monstro que toda a gente diz que sou, só não gosto muito quando as pessoas ganham muita confiança. Percebes? -  Ela olhou para mim  eu juro que mesmo com este discurso de homem ilustre, ao ver aquela cara, só me apetecia fodê-la mesmo aqui em cima desta secretária. 

Levantei-me e dei meia volta à secretária sentei-me em cima da mesma apenas com uma perna.

- Sim, percebo. Obrigada pela tua compreensão. - Ela fez uma pausa e olhou-me. - O teu irmão ligou a marcar almoço contigo, o que é que eu respondo? 

- Deixa estar eu próprio falo com ele. - Ela assentiu e dirigiu-se á porta. - Saskia, logo queres que eu te leve a casa? 

Ela parou e olhou-me surpreendida.

- Deixa estar, não é preciso. - Ela negou e sorriu amigavelmente. 

- Eu insisto e não vale a pena voltares a dizer que não queres incomodar. 

-Sendo assim, obrigada.

{...}

- Saskia

Depois da minha pausa de meia-hora para almoço voltei para junto da minha mesa onde comecei a ordenar alguns documentos para depois entregar ao Ryan quando ele chegasse do seu almoço com Mark. 

Não demorou muito tempo até ver um Ryan com cara de poucos amigos a sair do elevador, Porquê meu Santo Deus? Ele passou a manhã toda de bom humor!

- Ryan, a tua mãe ligou a dizer que queria falar contigo e não lhe atendias o telemóvel. - Avisei-o antes que ele entrasse dentro do seu escritório. 

- Se ela voltar a ligar diz-lhe que eu não estou cá. - E nisto ele entrou no escritório batendo com a porta, só por esta eu já merecia ser aumentada.   

{...}

Cansada,  exausta, moída, estafada depois de uma tarde a aturar o humor ótimo do meu querido chefe, este homem só pode ser bipolar, até me dá nervos.

- Está pronta? - Perguntou saindo do seu escritório já com blazer vestido e a pasta de coura na mão. Eu já estava a vestir o casaco para minha infelicidade! Eu deveria ter demorado mais tempo!!

- Eu já disse que não é preciso tu vives no lado oposto do cidade irias perder demasiado tempo e eu posso perfeitamente ir de taxi ou assim. -  Voltei a insistir e  ele dirigiu-se ao elevador.

- Não saio daqui enquanto não vieres comigo.  - Disse apenas e eu lá acabei por me render.

Quando o elevador chegou ao subsolo, seguiu até  ao seu carro. Ele abriu a porta para eu entrar e assim que eu o fins senti logo aquele cheiro gostoso. Ryan deu a volta ao carro, abriu a sua porta e tirou o seu blazer atirando-o para os bancos de trás juntamente com a pasta. 

No caminho para minha casa íamos conversando sobre as nossas vidas e surpreendeu-me o facto de o seu humor estar a melhorar progressivamente. Eu já estava a ficar um pouco desconfiada, Ryan tem sido tão gentil para mim, ultimamente. 

Quando paramos perto da entrada do meu prédio, ele saiu e deu a volta ao carro para abrir a porta para mim. Assim que saí, ele fechou a porta e encostou-me ao carro com gentileza segurando  a minha cintura. 

- Ryan, eu tenho de ir. -   Disse tentando fugir da sua investida e que investida!! Ele passou o nariz pelo meu pescoço, fazendo o meu corpo derreter só de sentir a sua respiração. -  Isto não está certo. 

Pronunciei num tom baixo, já completamente  rendida ao seu toque.

- Sabes eu que sempre adorei quebrar as regras. - Sussurrou justo da minha orelha provocando-me um arrepiu. Colocou uma mão no fundo da minhas costas enquanto acariciava os meus  cabelos com outra, num movimento firme puxou o meu corpo para mais perto e beijou-me com urgência, como se vidas dependessem daquilo, coloquei as mãos na sua nuca,  passando as minhas unhas por lá sentindo-o arrepiar-se.

Finalizei o beijo com uma mordida no seu lábio inferior. Assim que ele  me olhou nos olhos tinha aquele  sorriso arrebatador estampado no rosto e o pecado refletido nos seus olhos azuis como as águas do mar.

- Amanhã passo aqui para te vir buscar. - Disse ele soltou-me dos seus braços, sorri para ele que me deu um palmada no rabo fazendo-me saltar, corri até á entrada e acenei-lhe ao vê-lo entrar no carro. 

Até tenho medo do que virá depois, se só de sentir os seus lábios macios e a sua língua aglil me fez ficar assim, imagino o que ele não será capaz de fazer.

Então o que acharam?

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Dear BossOnde histórias criam vida. Descubra agora