Passado duas semanas.
- Mark
Desde que contei a Ryan sobre o que a nossa mãe pretende fazer ele não voltou a dar sinais de vida, o que me espanta visto que ele ficou todo raivoso como só ele sabe ficar.
Decidi então mandar-lhe e-mail para saber o ponto da situação.
De: Mark Walker Para: Ryan Walker Assunto: Ainda estas vivo? 11h32
Mensagem: Querido e adorado maninho, como tens passado? Gostaria de saber se hoje está disponível para um almoço. Atenciosamente, Mark Walker o irmão mais sexy do mundo.
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De: Ryan Walker Para: Mark Walker Assunto: Vai-te foder, sou mais sexy que tu! 11h43
Mensagem: Se for para falar sobre aquele assunto gostaria de informar que estas a perder o teu tempo. Às 13h no restaurante de sempre.
O relógio marcava as 13h em ponto quando entrei no restaurante fui me sentar na nossa mesa e não demorou muito até Ryan aparecer captando alguns olhares das mulheres, a genética faz milagres.
- Tive saudades, mano. - Lancei-lhe um sorriso mostrando o meu gozo pela situação.
- Já eu não posso dizer o mesmo. - Lançou-me um olhar provocador.
- Quanto amor, Ry'zinho. - Ambos rimos. - Bem, falando agora de coisas sérias, já resolveste aquele assunto?
- Eu sinceramente não percebo a mãe, num dia quer juntar-me com a minha secretaria no dia a seguir já anda a prometer à amiga que eu vou casar com excêntrica da filha. - Protestou e bateu com um punho na mesa, algumas pessoas olharam, mas Ryan não fez caso. - Por favor, tenham paciência. Acho que ainda sei escolher mulheres!
- A mãe só está a garantir que tu não ficas para tio, tens quase trinta e além do mais ela até é boa, tem umas curvas que meu Deus. - Fiz uma pausa, sim, a Marina é qualquer coisa o que lhe falta é massa cinzenta. - Ela é um pouco burrinha, mas se ficar de boca calada ninguém nota.
- Vai te foder, Mark. Se te arranjassem a ti uma noiva, ficavas com esse sorriso de cão na cara? Eu é que decido a minha vida tendo quase 30 anos ou não, entendido?
- Tens toda a razão, mas é melhor dizeres isso à Dona Amélia porque a esta hora já deve ter escolhido até a cor das fores da Igreja. - O universo quer dar cabo de mim.
{...}
- Ryan
Cheguei à empresa completamente possesso com esta merda toda, agora só mesmo a Saskia para me acalmar um pouco, mas para meu azar ainda tenho uma reunião com um gajo de uma empresa de publicidade com quem vamos fazer parceria.
Assim que elevador parou no meu andar as portas abriram o meu olhar foi diretamente para a mesa de Saskia e logo o meu sangue começou a ferver, elas estava envolvida num abraço com o Arthur, o da empresa de publicidade. Andei até eles parando mais ou menos a dois metros.
- Boa tarde. - Tentei não demonstrar o quão zangado estava. Eles acabaram o abraço e encararam-me.
- Boa tarde, Walker. - Cumprimentou-me e trovamos um aperto de mão e eu fiz questão de o olhar nos olhos.
- Posso saber o que é que se estava a passar aqui? - Perguntei direcionando o meu olhar para agora para Saskia.
- Peço desculpa, Ryan, o Arthur e eu éramos do mesmo grupo de amigos na faculdade e já à algum tempo que não nos víamos. - O meu sangue voltou a ferver, ai dele que tente alguma coisa com ela se não eu não respondo por mim.
- Bem, Arthur, vamos para o meu escritório temos muito para tratar ainda.
{...}
- Saskia
Eu nem quero imaginar o quão zangado o Ryan deve de estar só por ver aquele abraço, ele já ia pouco alegre para o almoço com o Mark e por falar nesse almoço eu sinto que ele me anda a esconder alguma coisa.
Nestas duas semanas ele tem sido bastante carinhoso à sua maneira, temos trocado alguns amassos no seu escritório, alguns almoços, e ele vai buscar e levar-me todos os dias a casa. Muito sinceramente eu até gosto deste seu ar possessivo só não o deixo é passar muito dos limites.
Quando Arthur saiu do escritório despedimos-nos com um pequeno abraço e uma promessa que nos voltávamos a ver, assim que as portas do elevador se fecharam olhei para Ryan que estava parado a olhar para mim na porta do escritório.
- Só foram amigos, portanto? - Perguntou desconfiado.
- Sim. - Encolhi os ombros e voltei a sentar-me na minha cadeira. Ele encarou-me com olhos semi-serrados. - O que é que queres que te diga mais?
- Nada. - Ele voltou a entrar no escritório deixando a porta aberta, levantei-me e segui-o fechando a porta, ele sentou-se na sua grande cadeira de couro negro. - Eu não quero que combines o que quer que seja com aquele tipo, entendeste?
- Ryan, estas a fazer uma tempestade num copo de água, estas a ser ridículo, o Arthur é só um amigo do tempo da faculdade. - Tentei acalma-lo, mas pelo seu olhar a sua raiva continua lá.
- Agora sou ridículo, é? - Perguntou num grito.
- Não, não és ridículo, mas neste momento estas a ser. Eu não sei o que é que há de errado naquele abraço, Ryan. - Ele está a ser extremamente idiota e bruto, mas mesmo assim aproximei-me dele, este permaneceu sentado e não me respondeu.
Ficamos uns momentos em silêncio apenas a olhar um para o outro e aos poucos vi o meu rosto acalmar-se, mas os seus ombros continuavam tensos.
- Desculpa. - A voz saiu-lhe baixa, passou a sua mão pela minha e puxou-me para ele com delicadeza. - Eu só estou um pouco nervoso com alguns assuntos que tenho pendentes e acabei descarregando em ti, mas mesmo assim continuo a dizer que não te quero perto dele.
Sentei-me na sua perna esquerda.
- Ele só meu amigo e aliás eu só tenho olhos para ti. - Confessei algures perto dos seus lábios. Ele beijou-me com urgência e passou um braço pelas minhas costas acomodando-me mais junto de si.
- És o meu abismo. - Cheirou passou o nariz pelo meu pescoço fazendo-me arrepiar, abracei-me a ele e aninhei a cabeça no seu pescoço, sentindo o seu cheiro bom.
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Dear Boss
RomanceJá pensas-te se um dia te sentisses atraída pelo teu chefe? ➸ Conteúdo sexual explícito. Portanto a sua classificação será de conteúdo adulto; ➸ Se és sensível ou não te sentires confortável a ler este tipo de conteúdos peço-te que não leias; ...