Capítulo 25 - Why Try

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"I been livin' with devils and angels, angels, angels
Realize you and I are in the same boat, same boat, yeah
Kills me, how you love me, then you
Cut me down, I do the same
We been living like angels and devils, devils

I'm loving the pain
I never wanna live without it
So why do I try
You drive me insane
Now we're screaming just to see who's louder
So why do I try

You and I redefine being love sick, love sick, love sick
Through it all you could still make my heart skip, heart skip
Oh yeah
Even when you're yelling at me
I still think you're beautiful
Through it all you could still make my heart skip, heart skip"

~Why Try, Ariana Grande

-:-:-

Saí do carro dos meus pais e coloquei a minha mochila ao ombro, antes de ir em direção à porta da casa da Anna para tocar à campainha.

Gostava da casa dela. Vivia na zona mais cara do distrito, uma vez que tinha mais que dinheiro para pagar por isso, e a sua casa estava lindamente mobilada, com um ar muito acolhedor e familiar.

A Anna abriu a porta e deu-me um abraço rápido, enquanto me puxava para dentro de casa. A Mariah já estava sentada no grande sofá branco, vestida em calças de pijama e uma sweatshirt branca, o seu cabelo apanhado num puxo mal feito.

-Mariah! - exclamei. - O teu cabelo está vermelho!

-Espero bem que sim, caso contrário gastei uma quantidade absurda de dinheiro em tinta para o cabelo para nada.

Deixei cair a mochila ao lado do sofá e sentei-me, deixando que a Mariah me puxasse para junto de si e deitasse a minha cabeça no seu ombro.

Nem ela nem a Anna sabiam de metade das coisas que andavam a acontecer entre mim, o Luke e o Calum, apenas que o ambiente estava cada vez mais tenso entre nós os três. A Anna sugerira então que passássemos um fim-de-semana em sua casa, uma vez que os pais o iam passar em Richmond e o seu irmão estava a estudar em Londres, pelo que estaríamos sozinhas.

-Tenho saudades de ter oito anos, - confessei. - Não conhecia o Luke nem o Calum, mas era tudo tão mais simples. Não havia questões como amores e paixões e curtes e confissões. Era só... sei lá, era só brincar com bonecas e pintar em livros.

A Anna colocou uma mão no meu ombro e começou a fazer-me festinhas enquanto a Mariah deitava a sua cabeça na minha.

De vez em quando, ficava tão focada nas coisas com o Luke e com o Calum que me esquecia da Anna e da Mariah, que me esquecia que tinha aquelas duas amigas ao meu lado acontecesse o que acontecesse, prontas a livrarem-se de todos os seus planos de fim-de-semana para o passarem comigo e me ajudarem a fazer sentido de tudo o que se andava a passar na minha vida.

-Qual é a piada de ter oito anos eternamente? - perguntou a Mariah. - Não conhecias nenhum deles, não conhecias nenhuma de nós. A única coisa que conhecias, como tu dizes, era brincar e pintar. Qual é a piada disso?

-Não tinha um rapaz que só me quer levar para a cama e que cada vez mais me surpreende pela positiva, e não tinha um rapaz por quem estava apaixonada à anos e que cada vez mais deixa de ser quem eu acho que ele é.

Senti a Mariah a levantar a cabeça da minha, provavelmente para trocar um olhar com a Anna.

-Claramente estamos desatualizadas, - disse a loira, agora ruiva. - De que raio estas a falar, miúda?

Suspirei. Por onde começar?

-No dia em que eu fui para Londres, o Luke ligou-me. Ele estava bêbado, completamente perdido, e começou logo a dizer que estava apaixonado por mim.

Why Try • Calum Hood/Luke Hemmings {AU}Onde histórias criam vida. Descubra agora