10° capítulo

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[...]

Do lado dela parecia que eu não era eu, do lado dela eu não conseguia ter as minhas atitudes habituais com mulheres, eu simplesmente ficava desconcertado, não conseguia falar muito menos reagir, apenas admirar. Talvez seja pelo fato dela ser uma pessoa boa, é boa... Muito BOA!

Terminei meu banho, vesti uma cueca, uma bermuda branca e uma camiseta preta, fui até a cozinha e ao passar pela sala notei que os garotos já tinham ido embora. Preparei dois sanduíches naturais e um suco de maracujá. Depois de me alimentar resolvi procurar algo para manter minha cabeça ocupada, coloquei um um filme de ação e comecei a assistir.



Por Carol;

Como eu tinha a manhã e a tarde livre, resolvi ir com Leonora no shopping já que ela tinha me convidado. Apesar de estar um pouco cansada topei ir, afinal precisava comprar umas coisas pra mim. Ao chegar lá antes de irmos para as compras fomos até a praça de alimentação almoçar.


Carol: A comida daqui é uma delícia né? - Falei tomando um gole de suco.


Leonora: A melhor comida árabe que já comi na vida! - Rimos. - Gatita, você não tem nada pra me contar sobre ontem? - Ela perguntou meio desconfiada.


Carol: Como assim?


Leonora: Ah, qual é... Eu vi que você e um dos garotos subiram lá pra sacada. - Ela piscou.


Carol: Primeiro eu não subi com ele, eu vi que ele estava mal e resolvi ir atrás com medo de acontecer algo. Segundo ele quebrou um copo e se cortou então fiz um curativo. E terceiro o garoto se chama Lucca. - Sorri pra ela que prestava atenção no que eu falava.


Leonora: Eeeeee?


Carol: E o que?


Leonora: Gatita, você ficou horas com ele lé encima, fazendo "curativo" - Ela fez aspas com as mãos. - E não rolou nada?


Carol: Claro que não. Ele tava bêbado, meio avoado, custou abrir a boca pra conversar comigo. Nada a ver, ele nem deve se lembrar de mim! - Finalizei comendo um pedaço de charuto.


Leonora: Mas você queria que ele lembrasse né?


Olhei pra ela, e logo após para o canto da mesa, arqueei uma sobrancelha e fiquei pensativa. No fundo eu queria que ele lembrasse de mim, mas eu sei que isso era ilusão minha, eu sou apenas uma garçonete que o ajudou, nada mais. Mas afinal, por que eu queria que ele se lembrasse de mim?


Leonora: Acho que já sei a resposta! - Ela riu dando um gole no suco, e eu ri em seguida.


Carol: Ele parecia ser uma boa pessoa.


Leonora: E como você sabe disse?


Carol: Ué, por que conversei um pouco com ele!


Leonora: Mas você não disse agora mesmo que ele mal abriu a boca pra falar contigo, me conta essa história direito dona Carol! - Ela disse se ajeitando na cadeira, e apoiando a cabeça nas suas mãos.


Carol: Isso foi só na hora que eu fazia o curativo, quando eu estava saindo ele me puxou e pediu pra eu ficar mais.


Leonora: O queeeeeeeee? - Ela disse alto. Eu segurei seu braço, trincando os dentes, dando senl pra ela falar baixo, ela riu, olhou para os lados se aproximou de mim e disse baixinho. - Como assim?


Carol: Na hora que ia me levantar pra sair, ele me puxou pedindo pra eu fazer mais companhia a ele, e eu fiquei e ai conversamos mais um pouco, mas nada demais.


Leonora: Conversaram sobre?


Carol: Eu perguntei porque ele estava com o pensamento tão longe, e ele me disse que era problemas de família, e foi sobre isso que falamos, só.


Leonora: Só mesmo? Tem certeza?


Carol: Tenho, sua desmiolada! - Rimos. - Agora termina seu suco, porque temos que comprar as coisas bem rápido, já já temos que ir pro Arriba. - Ordenei, olhando meu relógio.




Por hoje é isso. Beijos e até o próximo capitulo. Espero que estejam gostando.

No Balanço do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora