Lucca: (Amanhã é dia 2 de julho!) - Pensei comigo, encostei minha cabeça na minha mão, fechei os olhos, e senti uma mágoa tomar conta de mim, balancei a cabeça tentando afastar meus pensamentos, e vi que a pista de dança estava sendo dominada pelas pessoas. Todos dançavam muito bem, começou uma nova música, com uma batida mais forte, e muito mais dançante que a outra. Vi um homem no meio da pista, chamando alguém com a mão, e quando olhei na direção em que ele olhava vejo uma linda morena, com um sorriso esfuziante nos lábios, ela tirou o avental e caminhou de encontro ao homem, e deram início a dança. Ele a rodopiava de um lado pro outro, e por mais que parecesse difícil ela simplesmente parecia estar flutuando na pista, seu rebolado era magnético aos meus olhos, comecei a fazer uma avaliação visual do seu corpo, e sem sombra de dúvidas o corpo daquela morena tinha as curvas mais belas e femininas que já vi na minha vida. Seus cabelos ondulados balançavam com suavidade. Ela descia até o chão requebrando e subia numa facilidade, coisa que poucas conseguiam fazer, seus passos eram rápidos e precisos, quando o homem a rodou a saia do seu vestido subiu mostrando um mini short preto que ela usava por baixo, com isso desimpedindo a visão de suas coxas torneadas e do seu bumbum arebitado. Aquela "avaliação" já estava mexendo com o meu imaginário, meu sangue já pulsava mais forte, minha cabeça começou a doer mais, levantei a mão pedindo outra dose de tequila para o garçom que estava parado no balcão observando a morena, ele logo atendeu e me trouxe a bebida.
Por Carol;
Martin, que também é garçom, tinha me chamado pra dançar, e claro não neguei o convite. Fui pra pista e dancei como nunca, salsa era uma das minhas danças favoritas. Eu a chamo de o lado apimentado do mambo, salsa sem dúvidas é bastante sensual e caliente, como dizem em Cuba, lugar de sua origem. Martin era ótimo em danças latinas, ele sabia conduzir muito bem uma dama, não tinha uma festa temática que não dançávamos juntos, ter ele como par era maravilhoso, nossa conexão era grande com a dança, e por isso somos grandes amigos. A música acabou e eu fui rumo ao bar, quando olhei para o lado, vi o garoto da camisa azul bebê subindo as escadas que dava a um quarto onde se guardava os condimentos e a uma sacada extensa descoberta, vi que ele parecia esta caminhando entrelaçando as pernas, claro com o tanto que ele bebeu, sóbrio ele não estava. Resolvi ir atrás dele antes que algo acontecesse.
Enquanto subia a escada ouvi um barulho, comecei a subí-la correndo e ao chegar lá me deparei com a mão dele sangrando e um copo quebrado encima da mesa que ficava em frente ao quarto na sacada.Carol: Meu Deus, o que aconteceu aqui? - Corri até ele, peguei sua mão que extravasava sangue, e o olhei, seu olhar era vazio e estava fixado no machucado.
Lucca: Nada!
Carol: Como nada? Sua mão tá sangrando, um copo ta quebrado! - Falei um pouco exaltada. - Deixa eu ver isso aqui direito! - Puxei sua mão, virando para ver a palma, e vi que tinha um caco de vidro dentro do corte. - Me espera aqui, vou pegar o kit de primeiros socorros e já volto. - Ele continuou olhando pro machucado, levantei seu rosto com minhas mãos. - Você me escutou? Não sai daqui! - Ele apenas balançou a cabeça as sentindo. Fui correndo até dentro do bar, procurei por Paco, e o vi perto do bar batendo palmas no ritmo da música, fui ate ele.
Carol: Paco preciso da caixa de primeiros socorros, um cliente se cortou! - Falei próxima do seu ouvido pois a música estava alta.
Paco: Esta naquele armário dentro da minha sala, pode entrar lá e pegar! Foi algo muito grave?
Carol: Não, não precisa se preocupar vou lá pegar a caixa.
Fui ate a sala de Paco, peguei a caixa, passei no armário aonde estava minhas coisas, fui até minha bolsa e peguei uma pinça, subi correndo, e quando cheguei lá ele estava sentado no chão, com o olhar perdido.
Carol: Pronto, cheguei! - Sentei do lado dele. - Me dê sua mão... - Ele levantou a mão em minha direção, a peguei com delicadeza. - Tenho que tirar essa pedaço de vidro. - Ele assentiu com a cabeça, peguei a pinça, e com delicadeza puxei o pedaço de vidro que estava em seu corte, ele deu um gemido baixo de dor.
Carol: Preciso lavar isso aqui, posso passar água oxigenada? Vai doer um pouco. - O olhe e ele continuava olhando para baixo.
Lucca: Pode. - Ele respondeu baixo.
Joguei um pouco de água oxigenada, e ele esquivou sua mão, soltando um 'Ai' quase inaudível, comecei a limpar com um pano que estava na caixa, e assoprar tentando fazer a ardência passar. Peguei uma faixa, e com cuidado enfaixei sua mão e prendi com fita.
Carol: Prontinho!
Sorri e levantei meu olhar, e pela primeira vez desde que estava ali ele me olhou, e então pude perceber quão belos eram seus olhos... Verdes, cor da esperança! Penetrei mais ainda meu olhar no dele querendo buscar cada detalhe daquela mirada tão profunda. Seus olhos eram cristalinos, claros, tranapareciam um pouco de tristeza, mas nada que tirasse a beleza deles.
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No Balanço do Amor
RomanceUm simples encontro que pode levar a uma incrível e emocionante história de amor. Embarque nessa emoção. História em andamento.