5° capítulo

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Por Carol;

O Arriba Bar vive cheio, a noite aqui começa cedo. Muitos são clientes fiéis, a maioria latinos que estão longe de seus países e aqui se sentem em casa. Paco, um senhor de 48 anos é o dono daqui, viúvo, mexicano, era casado com uma brasileira, não tive oportunidade de conhecê-la mas pela foto que existe dentro do escritório dele ela era dentetora de uma beleza exorbitante, e assim como eu era apaixonada por dança, talvez ai se vê uma explicação do por quê que Seu Paco gosta tanto de mim ele sempre diz que ao meu ver "bailando" ele sempre se lembra de sua falecida esposa dançando nas danceterias do México acompanhada por ele, e deixando todos os homens de boca aberta, ele tem muito orgulho do que ela era, Paco tem uma bondade infinita, sempre me ajudando e me apoiando. Ele é o pai da Lola que tem 20 anos, uma garota de bom caráter, e de uma alegria que chega a transbordar pelo seus olhos castanhos escuros, ao contrário de seu irmão, Santiago, deve ter uns 22 anos, aparentemente uma boa pessoa, mas amigo número um da petulância, se sente o dono do mundo, e acha que este gira em torno dele. Todas as sextas e sábados o Arriba Bar faz uma festa temática, o tema sempre é algum estilo de dança latina para agradar a todos os gostos, e essa é a melhor parte de trabalhar aqui, na hora da dança não existe distinção entre empregado, dono e cliente, todos víramos um só, amantes da música e da dança latina. Por sinal hoje o tema é Salsa, e não é querendo me gabar, mas eu mando muito bem na salsa!
Estava preparando duas piñas coladas, e ao me virar para a pista notei três homens sentados numa mesa próxima dali, certeza que era a primeira vez deles aqui, nunca tinha os visto. Pareciam ser bens de situação, conversavam animadamente, rindo uns dos outros, notei que na mesa deles já tinha bem uns 12 copos de tequila, realmente eles estavam entusiasmados.

Leonora: Tá vendo os gatinhos é? - Ela riu, me dando uma cotovelada na barriga.

Carol: Aiiii, sua doida! - Nós rimos, virei pra ela. - É a primeira vez deles aqui né?

Leonora: Creio que sim, nunca os vi antes.

Carol: Ah... - Voltei a olhar pra eles, meu olhar se encontrou com um deles, desviei rapidamente. - Bom vou lá entregar meu pedido.

Leonora deu uma risadinha, deve ter percebido o que tinha acontecido. Fui até a mesa entreguei o pedido, e vi que um dos garotos da mesa que eu observava estava me chamando, me aproximei deles.

Carol: Em que posso ajudar? - Sorri simpática.

Breno: Traz mais 3 tequilas por favor! -

O garoto com o qual meu olhar tinha cruzado, estava com o rosto virado, observando a preparação do palco, não deu pra ver direito seu rosto, mas observei seu perfil por alguns minutos, pele morena, nariz perfeitamente delineado, brinco na orelha, ele usava uma camisa azul bebê, e eu pude ver uma tatuagem em sua mão. Sai de lá e fui ao bar preparar as tequilas.

Leonora: Tu não perde tempo mesmo né gatita? - Ela disse dando uma piscadela.

Carol: Claro que não, eles me chamaram e eu fui lá.

Leonora: Uhum, sei.

Ela saiu do bar, e eu balancei a cabeça rindo das palavras de Leonora, terminei de preparar as tequilas e levei ate a mesa dos garotos. Enquanto colocava os copos na mesa, percebi que o garoto de camisa azul bebê estava mexendo no celular. Recolhi os outros copos que estavam enchendo a mesa, já dava pra contar uns 15 copos.

Carol: (Desse jeito que eles estão indo um não sai daqui sozinho!) - Pensei comigo mesma e me retirei de lá.

Por Lucca;

Já se passava das 22:30, eu já tinha tomado uns doze copos de tequila, e três margaritas, já não estava no meu estado normal, minha cabeça rodava e meus olhos começaram a arder. Até que um senhor subiu ao palco, testou o microfone, e sorriu para todos simpático.

Paco: Boa noite a todos! Agora vamos dar inicio ao show da noite e abrir a pista de dança, hoje é dia de Salsa, ai ai ai!

Todos começaram a gritar, batendo palmas, e a banda subiu no palco dando início a música. Era uma música bastante dançante, todos cantavam, alguns levantavam de suas cadeiras e dançavam ao lado das mesas, era tudo muito divertido, a alegria estampada no rosto das pessoas. Dança não era o meu forte, quando vi Rodrigo já tinha sido puxado para dançar, ri da situação do meu amigo, porque assim como eu no quesito dança eramos uma N.E.G.A.Ç.Ã.O. Meu celular vibrou, olhei o visor era mensagem de alguma das garotas que eu prometi ligar um dia, sorri. Meus olhos subiram para a data que estava estampada no meu iPhone.

O que será que tem nessa data? Não percam o próximo capítulo, beijos.
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