Lucca: Por que você é realmente princesa. - Abaixei a cabeça, sorrindo de lado sem graça, quando senti seu polegar levantando meu queixo, e seus olhos se fixando nos meus, uma mecha caiu no meu rosto o fazendo colocar atrás da minha orelha. - Você Carol é linda, talentosa, doce, única, meiga, pura, extrovertida, batalhadora, delicada, resumindo você é uma princesa!
Depois dessas palavras ditas por ele, minha boca ficou seca, não sabia o que falar, e mesmo se soubesse minha voz já não existia, tinha sido calada por suas lindas palavras. Abri um sorriso de felicidade, e cheio de emoção. O senti aproximando de mim, sua mão já estava posta no meu maxilar, fechei os olhos instantaneamente, quando comecei a sentir sua respiração quente próxima do meu rosto, depositei uma de minhas mãos na sua coxa para me apoiar, caso contrário no estado em que me encontrava podia cair a qualquer momento, as mariposas faziam festa no meu estômago, meus joelhos estavam frágeis, senti seus lábios roçarem nos meus num movimento de um lado um para o outro, meu coração estava disparado e subindo pra minha garganta, meus pelos eriçaram, senti ele depositando um singelo beijo nos meus lábios, e juntamente acariciou minhas bochechas com o polegar, abri os olhos por alguns instantes para ver se tudo era real, os fechei em seguida, senti uma de suas mãos na minha cintura, me puxando pra mais perto, coloquei minha mão no seu rosto, e por fim iniciamos um beijo calmo e doce, nossas línguas se acariciavam em harmonia, nossas bocas pareciam ter um encaixe perfeito, senti que suas mãos estavam meramente geladas, e as minhas por sua vez estavam suando, eu parecia uma adolescente dando o seu primeiro beijo. Não tinha malícia, muito menos maldade, foi na realidade um beijo aproveitador, a gente aproveitou da forma mais pura do mundo. Tudo parecia surreal, Lucca conseguia me envolver de uma forma inexplicável, queria que o Planeta Terra parasse de rodar para eu aproveitar cada instante daquele beijo. Apesar de o nosso beijo ser calmo, de certa forma ele era ganancioso, não queríamos parar para respirar, o beijo já era em si um oxigênio para ambos. Fomos interrompidos por um toque de celular, nos separamos assustados, Lucca apressadamente levou a mão até o bolso e retirou de lá seu celular. Virei para o lado, olhando Helô brincar, senti meu rosto queimar de vergonha.Lucca: Oi Humberto? Estamos no Ramblas! Sim, tá tudo bem! Ok, já já levo ela ai, não precisa se preocupar. - Ele disse ao telefone, com o olhar fixo no restaurante que existia do outro lado do extenso corredor, e em seguida o desligou.Virei meu rosto, e comecei a mexer no meu cabelo sem graça, e ele me olhou, me olhou como nunca havia me olhado, seu olhar era indecifrável. Será que ele odiou? O que eu fiz de errado? Minhas apreensões acabaram quando eu vi um sorriso de lado brotar em seus lábios, e consequentemente nos meus, ele puxou minha mão direita e acariciou a mesma sem dizer uma palavra sequer. Nossos olhares estavam conectados, e pareciam dizer alguma coisa, que para mim até então era indecifrável. Sem sobra de dúvidas, esse foi o melhor beijo da minha vida, o mais saboroso no conceito mais puro e fiel da palavra. Nossos olhares foram atrapalhados com as mãozinhas de Helô que se movimentava de um lado para o outro tentando chamar nossa atenção.
Helô: Alô, Helô chamandoooo! - Ela disse numa voz sapeca e nós rimos. - Vamos embora tio?
Lucca: Claro bonequinha! - Ele disse se levantando, e puxando minha mão me ajudando a levantar. - Temos que deixar a professora princesa na casa dela, e em seguida vou te levar até seu pai tá?
Helô: Sim, sim!
Fomos caminhando até o carro, Helô segurava minha mão direita, e do meu lado esquerdo estava Lucca com as mãos no bolso, olhei pra ele, e ele me olhou com um olhar 43, e posso dizer? Ele estava muito sexy, aqueles olhos verdes arrebatadores já me deixavam num estado meio caótico, mas aquela imagem já era demais pra mim. Entramos no carro, e Lucca dirigiu até meu apartamento, o único som que se ouvia era da música que ele havia colocado, e Helô cantarolava sem saber muito bem a letra.
Because I'm happy
Clap along if you feel like a room without a roof
Because I'm happy
Clap along if you feel like happiness is the truth
Because I'm happy
Clap along if you know what happiness is to you
Because I'm happy
Clap along if you feel like that's what you wanna do
(Happy - Pharrell Williams)Ao chegarmos em frente ao meu prédio, Lucca parou, e se virou me encarando.
Lucca: Muito obrigado pela companhia, princesa! - Eu sorri sem graça.
Carol: Eu que te agradeço, pela companhia e a carona né? - Ele sorriu de lado.
Lucca: A carona tem um preço... - Ele disse olhando pra frente, e depositando no rosto um sorriso maroto.
Carol: Preço? Que preço?
Lucca: Um beijo! - Ele voltou a olhar pra mim, com uma mão no volante.
Suspirei vencida, me aproximei dele, rocei nossos narizes, dando o famoso beijo esquimó, e em seguida dei um beijinho na ponta do seu nariz. Me afastei e ri ao vê-lo de olhos fechados esperando um beijo de verdade. E então ele abriu os olhos e notou que eu já havia dado o meu "beijo".
Lucca: Sério isso? - Dei uma gargalhada ao ver sua cara de surpreso.
Carol: Beijinho Helô, até sexta tá? - A pequena me deu um beijo na bochecha e eu o retribui. Olhei para Lucca que ainda se encontrava estático. - Tchau Tio Lucca! - Pisquei, e sai do carro rindo.
***
Comentem e deixem a estrelinha acesa antes de sair.
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No Balanço do Amor
RomanceUm simples encontro que pode levar a uma incrível e emocionante história de amor. Embarque nessa emoção. História em andamento.