[Notas]: Oláaaa, amores! Meu nome é Ana Carolina, mas podem me chamar simplesmente de Aimée (por motivos de: eu realmente não gosto do meu nome). Antes de tudo, peço que deem uma olhada nas tags da história, para que tenham certeza de que gostam do tema abordado.
Boa leitura!
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Não haviam muitas pessoas ali presentes, Louis podia contar que eram seis ao seu todo. Elas somavam-se como: dois tios, três primos irritantes e uma enfermeira do hospital local.
E naquele momento ele se perguntava o porquê de sua mãe, uma mulher tão maravilhosa, só teria a merda de seis pessoas em seu velório. Ao menos, ela merecia metade da população mundial chorando por si – mas Louis sabia, ela nunca iria querer isso. Na realidade, ela não iria querer ninguém chorando ou sofrendo por ela, mas sim, sorrindo com as memórias. E por mais que ele se esforçasse para fazer isso, a dor enlaçada em seu peito era maior do que qualquer coisa.
— Deus, abençoe a alma de Joanne Isabel Halle. — o padre recitou, enquanto o caixão era abaixado lentamente e a terra começava a lhe encobrir.
A única pessoa que chorava era a enfermeira – que na realidade era uma grande amiga de Joanne –, quebrando o silêncio cortante com seus soluços fracos.
Louis sabia que chorar era apenas algo significativo. O silêncio e suas expressões frias mostravam que a dor que ele sentia era a maior do que qualquer lágrima estúpida. E no fim de tudo, ele cumpria o pedido de sua mãe: nenhuma lágrima derramada por si.
Não tardou até todos irem embora, restando apenas Louis e sua dor ali.
Ele se arrastou com passos medrosos até a lápide de sua mãe.
E ali estava escrito:
Joanne Isabel Halle
1980 – 2016
A morte é apenas o começo da eternidadeLouis se lembrava que sua mãe costumava repetir aquela frase em seus últimos dias.
O fato era: Joanne estava com um câncer localizado em sua mama esquerda há alguns anos. Seu estado não era terminal, mas ela já se encontrava fazendo quimioterapia e sem ambas as mamas. Tudo estava ocorrendo relativamente bem, quando ao fim do ano passado o tumor voltou. E não tardou para a mulher partir – na realidade, ela ainda aguentou oito meses e meio com a doença –, deixando Louis numa dor tão profunda quanto uma facada.
Ele suspirou, repousando sua mão sobre o nome de sua mãe. Seria inevitável, a dor iria sempre estar localizada em si, mas com o passar do tempo, ela provavelmente iria ser substituída pela saudade, e em seguida, pela nostalgia.
Uma lágrima escorreu por seu rosto numa lentidão dolorosa. Ele não era de ferro, afinal.
Por fim, se levantou. A lágrima havia pingado sobre a terra recém colocada, e ele ao menos se importou em enxugá-la.
Louis soltou um sorriso repleto de memórias.
— Eu te amo até a Lua, mamãe.
◻◼◻
Ao chegar em casa, a mente de Louis rapidamente o levou até o quarto da mãe. O seu cheiro doce ainda estava ali, como se ela apenas estivesse no andar de baixo preparando o jantar.
Ele inspirou o ar, sabendo que seria uma das últimas vezes que iria conseguir senti-lo – afinal, o cheiro iria embora do quarto em algum momento.
Quando olhou para a cama da mãe – ainda desarrumada, como ela havia deixado pela manhã do dia anterior –, uma caixa mediana estava sobreposta na mesma. Ele se aproximou do móvel, com passos curiosos.
Te amo até a Lua e de volta, meu pequeno Boo, estava escrito na caixa, provavelmente com uma caneta hidrográfica preta. A letra estava redonda como o de costume, mas fraca, por seu estado.
Ele sorriu, com a emoção preenchendo seu peito enquanto se sentava na cama e pegava a caixa em mãos. Em seguida, repousou-a sobre seu colo e abriu, a vendo repleta de fotografias.
Das mais distintas, variavam entre algumas de quando ainda era um simples bebê, até ás de sua formatura no colégio no ano passado.
Numa em questão, Joanne segurava Louis contra seu peito – este, que parecia ter uns cinco anos –, e ambos expressavam sorrisos imensamente felizes. O garoto sentiu seus olhos marejarem, no entanto, um sorriso de saudade marcou seus lábios. Ele rapidamente apertou a foto contra si, a abraçando com a maior força que pudera.
Quem dera ele poder saber, há alguns anos, que sua mãe não estaria mais com ele àquele momento. Ele iria repensar sobre as saídas com os amigos, as tardes assistindo á algum filme na televisão, e as brigas a respeito de algum motivo qualquer. Mas agora não havia mais volta, assim como ela.
Por fim, ele soltou a fotografia, sorrindo para ela com um breve sentimento de afogamento enchendo seu peito – e ele sabia o que aquilo era: o desespero. Desespero por ter a pessoa que mais ama enterrada num cemitério, há sete palmos de terra do chão.
Num suspiro engasgado, ele separou àquela foto das demais – certamente, guardaria aquela junto de si, sempre –, e partiu para outra. Passou diversas fotos, todas dele junto da mãe, ou somente de algum dos dois.
Porém, em meio àquelas, havia uma em diferencial. Nela, Joanne estava ao lado de um rapaz, ambos beiravam ter dezesseis anos, e a mão do garoto estava repousada sobre a barriga com uma leve saliência de Joanne. Com a curiosidade lhe enchendo, Louis virou a foto ao inverso, procurando por alguma informação. E lá estava ela, com palavras gastas e redondas: Joanne e Luke Tomlinson – Gerberoy, 1996.
Instantaneamente, a surpresa fez com que ele respirasse fundo. Estava claro quem era nas fotos; sua mãe e seu pai – aquele cujo Joanne ao menos falava sobre. Louis obviamente não sabia muito sobre o pai, mas ao menos tinha noção de qual era seu nome.
A curiosidade sobre aquilo tudo era iminente. Ele poderia sentir raiva de seu pai como muitos faziam, mas tudo o que ele sempre sentiu foi curiosidade. Sua mãe nunca falou mal do homem, apenas ocultava tudo com trocadas de assuntos rápidas.
Louis sempre quis saber como ele era, como era ter uma figura presente durante sua infância; levando-o na escola e em jogos de futebol.
E num ato que para muitos seria idiota, ele resolveu algo: ele iria atrás de seu pai; iria atrás de verdades.
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[Notas]²: Hello, novamente. Espero que tenham gostado do prólogo, eu não sei quando irei postar novamente, mas pretendo não demorar. Enquanto isso, caso tenham gostado, divulguem G1996 para todos; amigos, conhecidos, família, inimigos, crushs, até pras antis pode.
Quaisquer coisas que quiserem falar comigo, podem me chamar no twitter (é o mesmo usuário daqui, mas tem o link no meu perfil).
Beijinhos e all the love,
Aimée.

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GERBEROY, 1996
Hayran KurguNo seu último respirar, você finalmente percebe que tudo o que aconteceu na sua vida vem por alguma razão aparente. Louis Tomlinson, num exemplo básico, nunca acreditou que algo muito diferencial aconteceria em sua vida - já estava acostumado com a...