Capítulo 5 - "Nós"

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Estava à entrada de casa do Louis, arrependo-me de lá ter ido assim que cheguei. Ele estava abraçado a uma rapariga que anda comigo no rugby, ela é uma cabra autêntica, como é que eles se conhecem!?

Os meus olhos, a minha mente, mesmo o meu corpo não conseguiram assistir tais imagens à minha frente, desatei a correr pela estrada, ouvi várias buzinadelas o que despertou a atenção dos outros dois. Continuei a correr até que quase sou atropelada, o carro encosta e o condutor sai do automóvel.

-Bella?

-Jacinta!? – A minha colega e amiga da equipa de rugby aparecia sempre nos meus piores momentos.

-Estás doida? – Ela gritou comigo, eu simplesmente me abraço a ela, não conseguindo segurar mais o choro inevitável que vinha a segurar desde alguns minutos atrás.

-Jacinta! – Choraminguei.

-Bella, o que se passa?

-O tal rapaz…

-O da banda?

-Sim.

-Mas ele quer levar? Ele fez-te o que exactamente?

-Vi-o abraçado a outra.

-Goza? Eu achei muito estranho… Ele não ter ninguém atrás dele; já falaram depois disso?

-Foi agora! – Gritei.

-Onde é que eles estão?

-Jacinta, nem penses em ir lá, se eu quisesse bater em alguém podia-o ter feito, e sabes bem que sou capaz!

-Eu sei, mas…

-Mas nada, deixa, eu vou resolver as coisas.

-Queres ir lá agora ou queres que te leve a casa?

-Para casa não! – O meu choro é intensificado.

-Ok, vens para a minha! Entra! – Quando estou entrar para o carro da Jacinta, alguém agarra o meu braço.

-Solta-me. – Disse sem olhar pois pressupôs que fosse o Louis.

-Nem penses.

-Solta-me. – Voltei a dize-lo num tom muito mais elevado.

-Podes dizer-me o que se está a passar? – Eu virei-me para encara-lo e foi fatal, a minha outra mão voou para a cara do Louis com bastante força.

-Eu sabia que era bom de mais para tu me quereres, tinhas de ter outra, se não tiveres várias! – Ele agarrou na minha mão com desespero, ele pareceu ficar muito confuso e desapontado.

-Que outra?

-A rapariga com quem estavas!

-Aquela? – Gritou a Jacinta.

-Sim! – Voltei a olhar para o Louis.

-Aquela cabra da equipa!? Ó menino, deves ter um fetiche por raparigas que gostam de rugby, mas aquela não vale nada. – Resmungou a Jacinta com um tom de gozo, eu concordei com ela acenando positivamente com a cabeça, a outra rapariga do lado oposto da rua olhava-nos com ar de desaprovação.

-É minha prima. – Sussurrou o Louis no meu ouvido.

-Vai gozar com outra!

-Posso levar-te para casa e vês as fotos de família! – Olho para a Jacinta. Ela encolhe os ombros, acenei de olhos fechados para ele, enquanto não tivesse a confirmação das palavras dele não era capaz de o olhar nos olhos. Despedi-me da Jacinta com um aceno de mão, ele fez o mesmo com a outra rapariga.

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