CAPÍTULO 1

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Olá leitorxs! Bom, essa é a primeira história que eu escrevo, então por favor peguem leve comigo ;-)

Boa leitura!

Aisha

- Por favor Max, não insiste! Não sei quantas vezes eu já te disse que não pretendo sair com você e que nada no mundo pode me fazer mudar de ideia. Que saco isso, me erra!

Francamente, não aguento mais continuar repetindo o mesmo discurso dia sim, outro também pelos últimos 3 meses. Pensei várias vezes em registrar uma queixa formal por assédio na Direção, mas sempre desisto por medo. Acabei de ser contratada por uma terceirizada da Fundação e como todos sabem, último a entrar primeiro a sair. No último ano eu me matei de estudar para o concurso daqui, mas por uma vaga não fui chamada. E como não posso me arriscar de perder meu emprego, aguento tudo quieta.
E o Max não me dá descanso.
Pra piorar ele é amigo do meu chefe. Devo ter atirado pedra na cruz pra merecer isso.

- Já disse e repito, vou te chamar até você dizer que sim. Se você vai ficar de charminho, isso é contigo. Mas não pense que eu vou desistir com o tempo, porque não vou. Você ainda vai ser minha, princesa. Guarda o que eu tô te dizendo, Aisha.

Só faltava essa, princesa! Cadê Fernando nessas horas? Só porque é bonito pensa que é muita coisa. GRANDES PORCARIAS, isso sim. Agora por causa desse vadio vou ter que correr pro estacionamento. Esse banana! Dadá vai acabar comigo se eu me atrasar.

Como desci correndo, bati meu recorde de corrida nas escadas descendo 3 andares em 5 minutos. Graças a Deus alguém parou minha amiga, caso contrário ficaria a pé, sem carona pra casa. Não que Daciana faça questão de me deixar em casa, longe disso.

- Mas veja só quem deu o ar da graça! A princesinha do coração do Max!

Como Daciana ficou sabendo disso? Não tem nem 10 minutos que isso... Ah não, Sérgio! Essa bicha linguaruda tinha que fofocar de novo. E essa amiga da onça ainda tá achando graça.

- Dadá, por favor vamos embora. No caminho a gente conversa sobre isso, tá legal? E você Sérgio, já passou da hora de ficar me bisbilhotando, ok? - Subi no carro e bati a porta do Ecosport laranja super discreto da minha carona. - Anda filha, ou vamos pegar trânsito.

Enquanto Dadá se despede do Sérgio, dei uma olhada no espelhinho do carro pra ver se ainda estava inteira. Não estava. Como sempre, estou com cara de quem não dorme a uma semana seguida. Por causa do trabalho preciso usar pelo menos um pouco de maquiagem, mas parece que minha ligeira ~corridinha desmanchou tudo. Procuro dentro da bolsa os lenços umedecidos que guardo pra esse tipo de desastre. Quando acabo de limpar o rosto, vejo a mesma cara de sempre, sem graça e sem nenhum tipo de atrativo.
Sinceramente, nem sei o que o Max vê em mim pra me cantar todo dia. Infelizmente sou muito transparente com minhas emoções e Dadá repara que não tô bem assim que entra no carro.

- Ó, pode desmanchando essa cara de quem morreu e esqueceram de enterrar! Como alguém que é perseguida pelo colírio da Fundação fica com uma cara dessa? O que você tem na cabeça hein, Aisha? - Como sempre, Dadá me desarma.

- Ah amiga, eu só não entendo sabe? - digo fungando - Essa semana foi horrível. Minha "família" tá a mesma de sempre, e eu me sinto tão sozinha por causa delas. Pareço uma estranha no ninho. E por que o Max fica me seguindo? Será que ele não percebe que eu não sou essa princesa que ele diz? Olha só pra mim...

O MarinheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora