Boa noite!
Eu queria postar mais cedo, mas não deu :-(
E agora o Max reaparece! O que será que vai acontecer?
Boa leitura!~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Na segunda de manhã, paramos em uma padaria pra tomar café no caminho pro trabalho. Ficamos assistindo filmes, com Dadá narrando, até de madrugada e como resultado saímos de casa em cima da hora. Como eu não sou ninguém sem tomar um café da manhã decente, minha amiga fez esse "esforço".
- Olha Aisha, acho que eu vou voltar aqui todo dia. Esse pão tá uma delícia! E a tortinha de banana então? Se eu morrer agora morro feliz.
- Menos querida. Se você morrer agora não vai poder provar os outros pãezinhos. Nem as tortas.
- É menina, você tem razão. Vamos embora? Senão a gente vai se atrasar. - ela já estava de pé quando acabou de falar, um pão em uma mão e o copo com café na outra.Fui andando atrás dela até chegar no carro. Na pressa ela se enrolou pra abrir a porta e eu fiz o favor de pegar a chave dela e destravar a maçaneta.
- Obrigada, meu bem.
Chegando na Fundação, Max estava parado na porta do meu setor com um semblante meio abatido, triste. Seus cabelos ondulados estavam meio presos, com algumas mechas loiras soltas na nuca. Ele parecia emocionalmente acabado. Que nem eu.- Bom dia, Max.
- Bom dia. Posso conversar com você? Já falei com o Fernando e ele te deu meia hora de folga agora de manhã.
- Ok, só vou colocar minha bolsa na mesa.
O segui até o consultório dele no centro de emergência, perto da entrada das ambulâncias.
- Aqui quase não tem ninguém nesse horário, então a gente pode conversar com calma. Tá tudo bem? Você tá um pouco pálida. Me dá aqui seu pulso, vou medir sua pressão. Senta naquela maca ali do lado da minha mesa. Obedeci.Max pegou minha mão esquerda e encaixou o medidor digital no meu pulso. Nem me dei o trabalho de dizer que não. Todo mundo sabe que quando ele entra no modo de emergência, não há decreto que o faça sair.
- Sua pressão tá meio baixa, princesa. Tomou café antes de sair de casa? Alguma tontura ou vertigem? - pôs uma mão no próprio pescoço e outra na minha testa. - Não tem sinais de febre.
- Eu tô bem, só saí correndo de casa e bebi um copo de café. Não comi nada porque não dava tempo, e eu acordei sem fome.
- Você tem que comer direito, princesa. Se não passa mal. - abriu a gaveta da mesa, tirou uma barrinha de cereais e me entregou - Coma agora. Por mais que eu queira te pegar no colo, não quero ter que ir te buscar porque você desmaiou.Acho muito bonito esse cuidado que o Max tem com as pessoas. Quando a polícia atende alguma ocorrência em que a mulher se machuca, ele é o primeiro a colocar as mãos na paciente, faz questão de atender o mais rápido possível. Se for criança então, nem se fala.
Um dia os bombeiros trouxeram uma mãe com seu bebê que ficaram presos dentro de uma casa pegando fogo quando que o marido tentou matá-la por achar que o garotinho não era dele. Eles a acharam deitada no chão do banheiro, em posição fetal com o bebê escondido nos braços. Ela tinha queimaduras nas pernas e nos braços e o menino só tinha respirado a fumaça. Max pôs os dois em observação por 48 horas com vigilância reforçada. Mesmo respirando bem, o bebê ficou com a máscara de oxigênio durante toda a observação. A mãe quando acordou no quarto entrou em desespero achando que a criança tinha morrido, e o Max levou o garotinho com máscara e tudo pra ficar no mesmo quarto que a mãe.
Ele pode ser bastante insistente quando quer, mas é um homem com o coração de ouro. Por isso muita gente me criticou quando eu o negava quase todos os dias. Diziam que eu deveria era dar Graças a Deus por ele ter reparado em mim e que devia agarrá-lo com unhas e dentes, porque ele era um ótimo partido. "Homem assim não se encontra em cada esquina". Mas eu não sentia nada por ele, além de admiração e simpatia. Nas vezes em que pensei em denunciá-lo por assédio eu pensava duas vezes, por saber que a mesma maneira que ele insistia comigo era a mesma com que ele se esforçava pra curar seus pacientes. O jeito dele é assim.
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O Marinheiro
RandomAisha não acredita que um dia possa ser amada, Rafael procura alguém a quem ele possa dar todo o seu amor. Coube ao destino fazer com que seus caminhos se cruzassem, de uma forma que nenhum dos dois esperava. Poderá Aisha mergulhar no amor de Rafael?