Boa noite!
Me desculpem pela demora pra postar, as aulas na faculdade voltaram e eu acabei ficando enrolada. Pra me redimir, vou deixar dois capítulos. Espero que gostem.
Boa leitura!~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Durante os dias que fiquei em casa pensei no que fazer em relação a vovó e minha mãe. Cheguei à conclusão que mesmo que nada justifique uma pessoa descontar suas frustrações em outra, as ações delas pareciam corretas na mente das mulheres que me criaram. Não vou mentir dizendo que entendo o lado delas, mas aceitei que algumas coisas simplesmente são como são e que não adianta questionar.
Depois de muito refletir, achei que seria melhor dar o perdão que minha vó pediu, tanto pra minha paz de espírito quanto pra dela. O mesmo vale pra minha mãe. Mesmo que ela tenha resolvido me manter pelos motivos errados, ela sustentou a casa onde vivemos e me deu o que pode em relação à educação. Alguém pode dizer que era o mínimo que ela poderia ter feito, só que eu sempre tento tirar as coisas boas do que acontece comigo. Eu só consegui chegar ao final da faculdade porque tinha um teto em cima da cabeça e alimentação pra me sustentar, e isso eu não posso ignorar.
Quando fui contar com a Dadá sobre minha decisão na terça de noite, ela disse que independente do que eu resolvesse fazer ela me apoiaria e até se ofereceu pra ir comigo conversar com a vovó de novo. Disse que achou admirável a coragem da minha vó de passar por cima da minha mãe me contar tudo e ainda pedir perdão por erros que não foram só dela.
- Acho que a igreja fez bem à sua velha, amoleceu o coração de pedra que ela tinha.
Não pude deixar de concordar. Faz uns 8 meses que vovó voltou a ir às missas e ela realmente suavizou o modo brusco de tratar as pessoas, de modo geral. Decidi ligar pra ela e ver se ela podia me receber no sábado de tarde, pra conversarmos. Gostaria muito de estreitar nossos laços agora que vai tudo ficar bem. Talvez leve um tempinho, mas as coisas boas geralmente não são fáceis.
Aproveitei a quarta-feira pra arrumar minhas coisas no armário e dar um fim naquelas caixas que estavam ocupando espaço no chão do meu novo quarto. Como não levou muito tempo, fiquei sem ter o que fazer e não eram nem 9 da manhã ainda. Mas meu ócio não durou muito. Rafael me mandou uma mensagem com uma foto.
“Boa tarde!
Espero que esteja tudo bem com você. Se não estiver, espero que essa foto que tirei do nascer do sol de hoje te anime. Eu estou no barco com o Nonno e é um ritual nosso assistir a aurora juntos. Falei de você e agora ele está curioso pra te conhecer e disse que você deve ser uma bela ragazza por mexer tanto comigo. Perguntou também quando você vem visitar o barco. Bom é isso. Não consegui de novo esperar você me procurar, me sinto como um adolescente com a primeira namorada. Desculpa se te incomodei.
Beijos, Rafael”A foto realmente era bonita. O céu estava azul clarinho, com algumas nuvens e o sol saía por detrás de um morro. O barco não parecia ser um simples barco como ele fazia parecer, era um grande. A insegurança bateu com força e eu logo comecei a me questionar o porquê de um cara como Rafael querer alguma coisa comigo. Não consegui achar respostas. Mas pra não deixa-lo esperando, respondi.
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O Marinheiro
RandomAisha não acredita que um dia possa ser amada, Rafael procura alguém a quem ele possa dar todo o seu amor. Coube ao destino fazer com que seus caminhos se cruzassem, de uma forma que nenhum dos dois esperava. Poderá Aisha mergulhar no amor de Rafael?