✨ Capítulo 31

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As semanas iam passando e tudo corria bem, muito bem até e o fim do 1º semestre tinha chegado e as férias pareciam uma benção para todos, 2 semanas fora dali era algo que lhes tirava um peso enorme de cima mas para a Ali nem tanto.

Kat: -bate à porta do dormitório da Ali-

Ali: Olá -diz sorridente-

Kat: Estou mesmo feliz, finalmente são férias já posso estar com a minha familia, espero que o Natal seja bom, não passei este tempo todo a aturar professores e agora ir para casa aturar ainda mais pessoas -diz animada-

Ali: Pois, concordo contigo -diz com um sorriso falso-

Kat: Porque estás triste? -pergunta ao ver a tristeza dela que era algo aparente-

Ali: Por nada, vai andando senão perdes tempo das férias sem razão, só tas a perder tempo aqui a falar comigo -diz com os olhos cheios de lágrimas, vontade de lhe chorar não faltava, mais uma vez-

Kat: Estives-te a chorar não estiveste? Porque? Que se passou? Foi o Jay? Se foi eu juro que mando o Simon dar-lhe um pontapé nos tomates a sério -diz muito preocupada com a Ali-

Ali: Não tem nada haver com o Jay, ele não me fez nada. É outra coisa, nada de interessante. Vai lá aproveitar as férias, eu obrigo-te, vai -diz e empurra-a para a porta e fecha a porta, sentando-se na cama a chorar mas passado 5 minutos ouve alguém a bater à porta e levanta-se secando as lágrimas e abre a porta encarando o chão-

Jay: -abraça a Ali com uma respiração ofegante e rápida- A Kat disse que estavas triste e que tinhas estado a chorar e eu vim a correr do outro lado do campus porque estava com o Simon a arranjar as malas, desculpa a demora. O que se passa? -diz e pega nela e dá-lhe um beijo-

Ali: Não é nada, nem sei porque a Kat te chamou eu estou bem

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Ali: Não é nada, nem sei porque a Kat te chamou eu estou bem. Vai preparar as tuas malas, não quero que te atrases por minha culpa -diz escondendo a cara na curva entre o pescoço e o ombro dele-

Jay: Quero lá saber de chegar atrasado, é na boa. O que se passa Alison? Estou preocupado contigo, mais nada. -diz sincero e encarando-a com um ar de preocupação, não eram muitas as pessoas que o preocupavam e se ele se preocupava com ela significava que ela era importante-

Ali: Park já disse que não se passa nada. Não precisas de te preocupar -diz e dá-lhe um selinho-

Jay: -põe a Ali de volta no chão e vira-se para ir embora mas quando chega à porta pára, vira-se para ela- Mesmo depois destas semanas, 2 meses para ser mais exato, eu continuo com o pressentimento de que nós poderiamos ser algo mais mas há algo que impede isso, ou mais corretamente, alguém. Eu sinto sempre que por mais coisas e segredos meus que te conte tu nunca confiarás em mim o suficiente para me contar o que se passa contigo, eu não consigo estar aqui a preocupar-me até à morte contigo se tu não me deixas ajudar-te, tens de te começar a abrir com as pessoas, tens de confiar nas pessoas. Até lá nunca terás nada mais do que amizade, contigo parece que vives rodeada de segredos e medos. Tu fechas-te e não deixas ninguém chegar perto por mais que a pessoa tente. Se algum dia mudares de ideias vem ter comigo, ou liga -diz sincero com um ar triste, desanimado e até mesmo abalado, depois de olhar uma última vez para ela vira-se novamente para abrir a porta mas a voz dela impede isso-

Ali: Estou a chorar porque odeio esta altura do ano. Odeio o Natal -diz com lágrimas nos olhos-

Jay: Porquê? Como é que alguém odeia o Natal? -pergunta chegando perto dela e ambos sentam-se na cama dela para falarem melhor-

Ali: Eu odeio o Natal porque é a altura do ano em que mais percebo o quanto a minha vida é uma merda. No Natal todas as famílias se juntam e vê-se todos a ir embora felizes a falar das familias e de quanto estão animados por isso, falam dos irmãos e etc. Odeio isso porque é a altura em que a realidade mais me atinge -diz a chorar-

Jay: Explica o porquê de odiares tudo isso -diz tentando compreender-

Ali: Eu não tenho ninguém, sou orfã e sou filha única tal como ambos os meus pais o eram. Não tenho família, não tenho ninguém, nunca tive. Andei sempre em orfanatos e casas de acolhimento. Nunca soube o que era ter família. Nunca tive o sentimento de chegar o Natal e passá-lo à mesa com a família, nunca irei saber como isso é. Nunca soube o que era ter uma mãe ou um pai, tios, irmãos, avós, nada. -diz sincera- Desculpa se o facto de eu não contar nada nos possa separar mas é algo que eu evito falar -diz de cabeça baixa, em momentos como aquele preferia encarar o chão e não a pessoa ao seu lado-

Jay: -abraça-a e dá-lhe um beijo no cabelo- Tem calma, tu agora tens-me a mim e não te vou deixar sozinha no Natal, é que nem penses nisso Alison. Faz as malas, vens comigo -diz decidido-

Ali: Para onde? -pergunta confusa porque pensava que ele iria para casa dos pais nas férias-

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Ali: Para onde? -pergunta confusa porque pensava que ele iria para casa dos pais nas férias-

Jay: Para casa dos meus pais passar as férias, não te deixo sozinha -diz sorridente-

Ali: Não, Jay eu não vou. O que é que vais dizer aos teus pais? Nem penses -diz olhando para ele chocada com aquela oferta-

Jay: Tu vens, acabou conversa Alison. Quero que venhas, arranja as coisas -diz e sai do quarto sem a deixar falar-

Ali: Obrigada por me teres deixado opinar acerca da maneira como vou passar as minhas férias, que cavalheiro -diz irónica falando sozinha e começa a fazer as malas tal como ele tinha dito para ela fazer porque já sabia que se não fizesse o que ele tinha dito levaria um sermão enorme e ficaria com dores de cabeça e no fim ele acabaria por ter o que queria como sempre tinha, típico do Jay ser assim-

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