CAP 28 - Fingimento

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Resumo do capítulo anterior: Alex e Gustavo acabam discutindo depois do beijo, pra piorar eles se perdem na floresta e começa uma forte tempestade. Alex desmaia no meio da floresta e Gustavo o carrega até eles saírem da floresta. Os pais de Gustavo e Alex os ajudam a chegar a sede. Alex dormi e acorda a noite com Caio, que o ajuda, traz comida e fica mimando-o. Os dois conversam sobre tudo que aconteceu, e Caio acaba por perguntar se algo mais aconteceu com Alex e Guh, enquanto eles estavam na floresta.

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Fingimento

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"- Aconteceu alguma coisa enquanto vocês estavam na floresta?

Tinha chegado a hora, e agora? Eu contaria ou não ao Caio que tinha beijado o Guh."

Eu estava inseguro, não sabia o que responder. A verdade é sempre o melhor caminho, mas esse caminho pode ser doloroso, e eu não quero sofrer. E se o Caio não entender? e se ele resolver me deixar? Eu não aguentaria perde-lo, não agora, ele é uma pessoa muito importante pra mim, ele é sempre tão bom, faz tudo por mim, e me mimou todo esse tempo, o Caio é perfeito e eu não quero perde-lo ou magoa-lo. Por isso não contarei, não agora, depois talvez, mas hoje é melhor deixar isso em segredo, até porque aquilo não significou nada, eu acho.

- Não Caio... não aconteceu nada, porque está perguntado isso? - falei

- Não é que... sei lá... vocês voltaram meio estranhos...

- Nós ficamos quase uma noite inteira na chuva, o que você queria? Que eu estivesse dando pulos de alegria?

- Não amor... mas...

- Mas nada Caio... olha pra mim já deu... eu vou dormir e espero que você faça o mesmo...

Eu me virei para o outro lado, sei que eu estava errado e ainda por cima estava intimidando-o, mas aquela pergunta de certa forma era ofensiva pra mim, mesmo que tivesse fundamentos.

- Me desculpa amor...eu não queria...

- Tudo bem Caio...- dei um suspiro profundo- vem aqui fica comigo.

Ele veio me abraçou por trás e nos deitamos de conchinha.

- Boa noite, eu te amo – falou.

- Também te amo – respondi, essas palavras nunca tinham parecido tão vazias quanto nesse momento, e eu nem sabia o porquê, eu sei que amo o Caio, disso eu tenho certeza, mas algo mudou, tem algo diferente.

No outro dia nós acordamos por volta das dez horas. Eu levantei e ele também levantou logo em seguida. Nós fomos ao banheiro e fizemos o que te tínhamos que fazer (nada indecente, rum kkkkk). Depois descemos e boa parte das pessoas já tinha tomado café. Então eu e Caio tomamos café, e depois fomos procurar a Luh. Na sala onde se encontravam, meus pais, os do Gustavo, e todos que eram da família, ouvia-se diversas vozes para todos os lados. Havia um volume considerável de pessoas falando sobre isso e aquilo. Eu não dei muita importância e fui atravessando a sala junto com Caio quando ouço alguém me chamando, era meu pai. Fui em direção a ele.

- Bom dia filho, acordou tarde hem, olha que aqui na fazenda tem que acordar cedo- disse ele fazendo graça.

- Deixa ele Carlos, o garoto passou por uma barra bem pesada ontem – falou Alfredo, pai de Guh, intervindo, mas também rindo da situação.

- Deixa ele seu Alfredo, eu já estou acostumado, e então o que o senhor queria? Perguntei ao meu pai.

- É só avisar que nós vamos voltar pra cidade hoje à tarde, por volta das quatro horas, arrume tudo e esteja pronto até lá.

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