Arco II: Na teia da Mulher-Aranha

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 Entrei pela janela de casa e logo olhei-me no espelho. Eu estava com a maquiagem borrada por conta do choro. Mas isso não me impedia de ser a Mulher-Aranha.

Vesti meu uniforme e saí o mais rápido possível pela janela.

Avistei Peter lutando contra o tal de Duende Verde. Ouvi sua risada macabra rasgando os céus de Nova Iorque e um calafrio percorreu meu corpo, pois meus poucos encontros com o vilão, não foram tão bons.

O Duende puxa uma de suas granadas laranjas e atira contra Peter, que explode em uma bomba de gás verde, mas Peter havia desviado.

Lancei minha teia no seu planador e puxei com força. O vilão simplesmente virou de cabeça para baixo, mas não caiu. Ele me olhou nos olhos e começou a rir.

- Outra cabeça de teia para eu aniquilar. - ele se virou novamente e veio até mim. Quando ele chegou bem perto eu apenas saltei e permaneci no lugar. Lancei minha teia no seu planador e ele riu e saiu voando comigo pendurada, enquanto o Homem-Aranha seguia a gente balançando-se pelos edifícios.

- Ótima ideia Gwen! - resmunguei ironicamente para mim mesma. Tentei lançar uma teia em um edifício qualquer, mas não saiu nada. - E ótimo momento para acabar a droga do fluído de teia! - Impulsionei meu corpo para baixo, fazendo o Duende Verde se desequilibrar e girar no ar. De alguma forma o Duende partiu a teia, e eu caí.

O vento estava forte e eu sentia ele se chocando violentamente contra o meu corpo. Sou jovem demais para morrer.

- Te peguei! - era Peter que havia me salvado. Ele estava segurando na minha cintura e eu estava abraçada em seu pescoço.

Ele pousou em cima de um prédio e me soltou. Ficamos parados por um tempo nos encarando.

- Obrigada. - falei.

- O que aconteceu?

- Fiquei sem fluído de teia. - ele assentiu nervoso.

- Eu... eu já vou então. - Peter disse olhando para onde o vilão fugiu voando.

*

Depois de me trocar, abri a porta de casa e entrei, como se eu tivesse acabado de chegar do meu encon... digo, jant... da saída com Peter.

- Olá filha, como foi o jantar? - disse meu pai sentando no sofá, cheio de papéis na volta e com uma xícara de café nas mãos.

- Decepcionante. - falei e fui em direção as escadas.

- Porque? O que aconteceu? - subi alguns degraus e parei para responder meu pai.

- Digamos que eu era a pessoa errada.

- Entendo. - ele largou a xícara e foi até o pé da escada e ficou escorado no corrimão - Você gosta dele, não é? - suspirei pesadamente e assenti - Eu me lembro do primeiro encontro que tive com a sua mãe. Eu havia saído com ela porque meu amigo disse que ela gostava de mim, mas minha cabeça estava em outra mulher. - ele olhou para baixo tentando se lembrar - Não me diverti no encontro e magoei sua mãe, tudo porque não quis enxergar o que estava na minha frente. - ele fez uma pausa.

- O que? - ri de leve.

- Uma pessoa incrível. - ele disse sorrindo - Eu pensei que estava saindo com a mulher errada, quando na verdade não havia mais certa. Decidi dar um tempo a ela e voltei a procurá-la. Saímos mais algumas vezes, e sabe o que aconteceu com a outra mulher que eu era apaixonado?

- O que?

- Nem me lembrava mais o nome dela. - ele sorriu novamente e eu também.

- Você é o melhor pai do mundo! - meus olhos se encheram de água e eu desci os degraus e o abracei bem forte. - Obrigada por tudo!

A.K.A. Spider-GwenOnde histórias criam vida. Descubra agora