Arco IV: Mulher-Aranha Nunca Mais

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 Minhas costas se chocaram contra o chão, mas a dor não era nada perto do desespero que estava tomando conta de mim.

- O que quer comigo? Porque me trouxe aqui?

- Gosto desse lugar.

- Da ponte George Washington? Você só pode ser louco. - falei me colocando de pé.

- Eu? Louco? Ah não, não, não. Sou apenas... incompreendido.

- Ah claro, você é um maluco psicótico. - ele riu e depois ficou sério. O Duende se aproximou e agarrou meu pescoço.

- Vim fazer um acordo. E acho bom que você aceite, pois caso contrário um certo policial irá se ferir.

- Você não vai machucar meu pai. - falei quase sem ar.

- E eu lá tenho cara de quem sujaria as mãos com pouca coisa? Um certo rinoceronte que nós conhecemos irá fazer isso por mim. - ele me soltou mas permaneceu perto.

- Eu sabia que o Rino trabalhava com você. - ele riu novamente.

- Correção, ele trabalha para mim. - ele deu um sorriso macabro - Escute bem, querida Gwendolyn. Sugiro que você encerre de vez essa sua fantasia de super-heroína, pois acredito que não queremos que Nova Iorque saiba sobre seu namoradinho. - naquele momento eu congelei.

- C-como assim? Do que está falando?

- Quem diria, Peter Parker o Homem-Aranha... E você, a namorada dele é a Mulher-Aranha. Vocês são tão patéticos.

- Você não pode provar nada disso.

- Achei que você fosse mais inteligente que isso. A questão não é provar, apenas jogue uma bomba na mídia e deixe-a fazer o resto. Sua vida será um inferno, querida Gwen-Aranha. - meu desespero misturou-se com o medo e com a raiva.

- Nunca vou deixar você machucar quem eu amo, isso acaba aqui e agora. - ele riu e eu pulei na direção dele dando um chute tão forte que o fez cai do planador.

Subi em cima dele e comecei a dar vários socos em seu rostos enquanto ele ria e falava as maldades que ele ia fazer depois que saísse dali. Mas isso não me impedia de continuar.

- Vou considerar isso como um não para o meu acordo. Prepare-se, pois amanhã você e aquele idiota do seu namorado, serão a primeira página do jornal. - a raiva estava mais presente em meu corpo do que o medo, então soquei seu rosto com toda minha força e ele tombou inconsciente.

Quando me dei conta do que havia feito, saí de cima dele e levei as mãos até a boca. Tentei sentir seu coração, mas parecia que ele não batia mais.

Eu não poderia ter matado Norman Osborn, poderia?

*

Contei a Peter sobre o que aconteceu entre mim e o Duende Verde ontem à noite. Mas a história vai além disso. Levei Norman para o hospital e aleguei que ele foi vítima de um assalto. Harry ligou esta manhã comunicando que seu pai estava no hospital e havia perdido uma parte da memória.

Parece que por enquanto não teremos mais aparições do Duende Verde, e eu espero que continue assim.

- Adivinha o que eu trouxe?

- O que? - perguntei meio desanimada.

- Seus lançadores novos. - Peter sussurrou em meu ouvido.

- Legal. - falei e sorri de leve.

- O que aconteceu Gwen?

- Nada. - ele me olhou com uma cara desconfiada - Só que... isso tudo do Duende Verde. Eu não sei, parece que algo está errado.

A.K.A. Spider-GwenOnde histórias criam vida. Descubra agora