Eu nunca levo meus problemas para o palco

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Mais um dia de tédio passou e mais um dia de vida chegou, e eu tentaria fazer desse melhor do que ontem

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Mais um dia de tédio passou e mais um dia de vida chegou, e eu tentaria fazer desse melhor do que ontem.
Eu acabei acordando bem cedo para encontrar minhas amizades de infância, as poucas que não viraram as costas para mim com o lance do meu pai. Eu fui tomar café e passei a perceber que a minha família estava me abrandando demais a todo custo. Eles faziam tudo o que eu queria, não brigavam comigo, estavam me mimando horrores e ainda tem a história do Lucas chegar aqui amanhã. Sinceramente, está tudo muito estranho, eu sinto que estão escondendo as coisas de mim, algo tenso. Até o Luan está mais meloso, cheio de papo estranho. A gente só percebe que ter tudo que "quer" é ruim, quando passamos por uma situação dessa, porque incomoda horrores.
Eu não fui muito longe com o pessoal, havia muito tempo que a gente não se via. Uma das minhas amigas era a Lorena e a vida dela mudou completamente, estava casada e grávida de 6 meses. Já o meu ex namoradinho estava fazendo medicina e queria se tornar um cirurgião, muito a cara dele. Contei um pouco às pessoas sobre minha vida, omitindo alguns detalhes e acabei me divertindo com eles. Mas se o Luan sabe que meu ex estava no meio, ficaria furioso.
Voltei para casa andando com a Lore, mas ela não quis entrar, mas mandou um beijo para minha avó.
Eu mal cheguei em casa e todo mundo já estava em volta de mim para me paparicar, chegava ser bizarro.
-Minha neta fofa, você quer ir conosco buscar o seu irmão amanhã? -falava mexendo no meu cabelo e em um grude.
-Claro, vó. Eu não vejo aquele mala desde o natal, eu quero esmagar ele. -falei me lembrando daquela peste maravilhosa. -Ah, a Lore te mandou um beijo.
-Mande um para ela. Eu não vejo a hora daquela criança que ela está esperando nascer. Bem que você podia chamar ela para passar um dia aqui com você, conosco.- Onde que a Lorena tinha assunto para passar o dia com minha família? Minha avó só está falando isso para ela ficar comigo e me distrair de alguma forma.

- Onde que a Lorena tinha assunto para passar o dia com minha família? Minha avó só está falando isso para ela ficar comigo e me distrair de alguma forma

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As coisas na minha vida não estão nada fáceis. Eu esperei por anos ter uma nova chance com a Larissa, e agora que eu finalmente consegui, ela está doente e precisa muito de mim. Eu confesso que acho essa situação muito complicada, porque ela precisa da minha atendo e do meu apoio, porém, a minha rotina impede de eu dar tudo que ela merece nesse momento, porque a minha carreira não pode parar, e eu fico perdido pensando em como vou encaixar essa situação na minha vida. Minha rotina está extremamente agitada e por isso, eu não namorei ninguém a sério por muito tempo, então, eu não estou acostumado a conciliar. Daqui a pouco o tal tratamento vai começar e o meu zelo por ela terá que triplicar. E se ela voltar para Inglaterra? Eu vou ter que ficar indo e vindo direto, mas para ela não será satisfatório.
Eu tento não pensar na pior das hipóteses, que é ela não resistir a tudo, porque eu sou incapaz de imaginar a minha vida novamente sem a presença dela, principalmente agora que as coisas entre nós estão caminhando bem.
-Pô, cara. Você está chorando? -O Rober me perguntou.
-Estou. Eu preciso ser mais responsável e amadurecer com esse lance da doença da loirinha.
-Força cara! Vocês vão vencer. -ele deu um tapinha de apoio no meu braço.
-É o que eu tento pensar, mas é foda demais. Eu não quero ver ela sofrendo e nem morta, eu quero só ver aquele sorriso lindo. -digo ainda chorando.
-Respeito o seu luto aí, mano, mas muda essa cara, para esse choro, porque seu show começa em 10 minutos e o seu sorriso é um combustível para as suas fãs.
-Fica tranquilo. Eu nunca levo meus problemas para o palco. Tenho certeza que meu público irá me alegrar, mas valeu pelo apoio.

 Tenho certeza que meu público irá me alegrar, mas valeu pelo apoio

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-Acorda, dona Larissa. O Lucas vai chegar daqui a pouco, não podemos atrasar, sua preguiçosa. -minha mãe foi me acordar, mas eu gostei, porque foi natural.
-Que saudades disso! Nossa eu nunca imaginei que iria falar isso. -falei alegre.
-O que você está falando, garota? Não entendi.
-Ah, mãe, eu já estava com saudades de você implicando e brigando comigo. Desde sábado está todo mundo muito bom comigo. Eca. -digo do meu jeito e ela ri.
-É impressão sua. Agora levanta que eu sei que isso é joguinho também para você ficar deitada mais um pouco.
-Você nunca seria capaz de esconder algo de mim, né? -perguntei para jogar um verde.
-Nunca. -falou tentando soar natural, mas não me convenceu. -agora vamos, por favor!
-Eu já vou. -disse levantando. -Olha só, o Luan marcou comigo de vir aqui de tarde rever o Lucas, eu espero que eles não briguem.
-Eu acho a ideia dele vim ótima e acho que eles não vão brigar.
Mudamos de assunto, me arrumei com um vestido longo verde claro básico mesmo e fomos para o aeroporto. O voo dele demorou, mas assim que eu o vi, comecei a gritar.
-Olha ele lá. Ele está com visual novo, está um gato. -meus pais olharam imediatamente para ele que vinha até nós.
-Que corte é esse, gente? -meu pai diz parecendo não gostar.
-É moda, e ele está um gato mesmo. -mamãe disse babando como sempre.
-Cinderela, quanta saudade. -O Lucas disse me girando no ar e eu quase caí.
-Coisa irritante, eu não aguentava mais de saudade. -falei quando ele me colocou no chão e me recuperei.
-Minha sister é uma fofa mesmo.
-E eu, fico como nessa história? -minha mãe disse com ciúmes diante de nós.
-Não precisa disso, mãe. -o Lucas diz agarrando ela.
-Vocês dois não cresceram para mim. -meu pai diz orgulhoso.
-Pai, eu já tenho 24 anos e esse tralha uns 50. -digo debochando do Lucas.
-Você parece ter 2 de tão infantil, garota.
-Olha quem fala, o crianção de 26. -minha mãe entra na nossa brincadeira.
-Não tem como ser fofo com vocês. Eu tento tratar bem e olha o que eu recebo? -ele diz dramático.
-Começou o drama. Tadinho, vou chorar. -Impliquei.
Fomos para o carro e ficamos o caminho todo zoando no carro até que do nada ele soltou algo sem pensar.
-É por isso que eu não posso me acostumar com a ideia de perder você. -minha mãe olhou para ele estranha.
-Que, Lucas? -perguntei estranha.
-A perda de me casar e a Brenda não deixar a gente se ver direito. -ele falou rápido.
-Que sem lógica isso. -reviro os olhos.
-Ela te odeia de verdade, quando ela soube que eu vinha para cá, ela deu um escândalo falando que eu era doido, disse que era para ajudar nos preparativos no casamento e não ficar aqui. -ele pareceu ser sincero e eu sei que ela não curte a minha família. Ela só gosta de aparência e status.
-Você ainda quer casar com esse troço? -falei séria.
-Filho, que abusivo e absurda essa história. Você quer ela mesmo no seu lado? -minha mãe pergunta triste.
-Ah mãe, ela é legal comigo, a gente se curte. Eu fico muito sozinho lá, os meus amigos já estão casados e eu acabei me acostumando com o jeito dela. -ele fala tentando se convencer que está tudo bem assim.
-Lucas, está na sua cara que você não ama ela. Desiste disso, cara, depois é tarde. Eu sou a prova que não temos como negar nossos sentimentos. -fui interrompida com uma ligação do Luan.
-Lari. -Luan falou quando atendi.
-Fala, amor.
-Eu posso almoçar com vocês? Eu cheguei mais cedo em casa.
-A comida da minha vó te prende, né? Mas você pode ir sim! Leva sua irmã, eu quero conversar com ela e agradecer pela ajuda.
-Vou falar com ela então. A gente se vê lá. Beijos.
-Beijos.
-Você chamou a Bruna?- minha mãe perguntou assim que eu desliguei a ligação.
-Sim, só não sei se ela vai. -respondi bloqueando a tela do meu celular.
-Sua avó vai ficar feliz, não ver ela um bom tempo. Aliás, Lucas, sua avó ia vim também, mas o almoço estava atrasado.
-Coitada, mas eu vou dar uma agarrada nela quando eu chegar lá. -o Lucas disse rindo feito criança.

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