Eu não quero mais

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Eu tento procurar as palavras para argumentar com ele, mas eu não encontro e fico em silêncio

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Eu tento procurar as palavras para argumentar com ele, mas eu não encontro e fico em silêncio.
–Você acha mesmo que eu sou esse canalha que você vive falando que eu sou? Fala na minha cara, Larissa! –ele me pergunta e eu fico perdida.
–Você feriu os meus sentimentos. –eu falo.
–Ok, eu errei e assumo, mas você exagera as coisas demais, garota. Você criou cada fantasia e hipóteses que só existem na sua cabeça.
–Você está me chamando de dramática? Só me faltava essa seu ridículo. –ele me puxa forte e me beija, eu cedo um pouco, mas logo saio e empurro ele.
–Me solta, você está me machucando.
–Vai falar que você não gostou? –ele fala convencido.
–Foi o pior beijo da minha vida. –minto.
–Eu duvido. Para com esse seu orgulho, marrenta. Olha para mim e diz que não me quer mais então. –eu fico tenso.
–Eu não quero...–ele me interrompe roubando mais um beijo e dessa vez ele me pressiona na parece e dessa vez eu me rendo.
–Eu não quero mais ficar longe de você. Esses foram os piores dias da minha vida, ainda mais distante de você. –confesso.
–Então você me perdoa? –eu faço sinal de sim com a cabeça e ele me abraça.
–Eu sabia que não valia a pena desistir.
–O que tem naquele papel? –eu pergunto curiosa mudando de assunto.
–Uma música que eu escrevi para tu.
–Eu posso ler? –falo calma e nem parece que a gente quase se matou.
–Pode, mas eu não sei se você vai gostar. –eu vou e pego papel e começo a ler.
–Ficou boa?
–Sim. –respondi normal.
–Só isso? –ele gosta de uma atenção, não sou boba.
–Você está de parabéns! Mas para de querer ser estrelinha. –comentei.
–Tudo bem, marrenta. Mas me promete que nunca mais vai me deixar? –ele olha no meu olho.
–Eu não posso te prometer uma coisa assim, porque eu corro sério risco de vida, mas se depender de mim, e se você colaborar, eu não te deixo. –foi minha vez de beijar ele e o mesmo retribuiu.
–Bora morar comigo? –ele solta essa pérola e eu começo a rir.
–Não. A gente só vai morar junto quando casarmos.
–Você prefere viver aqui do que comigo? –ele coloca meu cabelo atrás da orelha.
–Eu apenas quero liberdade e por isso eu também vou embora daqui. Sabe a minha antiga casa? Eu vou para lá. Eu e minha mãe vamos ficar no Brasil durante o meu tratamento e lá é do meu avô. No começo vai ser meio estranho, mas eu tenho amadurecido demais nessas semanas. –digo sentando no sofá, porque fiquei cansada.
–Você pretende voltar para a Inglaterra quando terminar o tratamento? –ele se senta ao meu lado.
–Eu não sei ainda. Eu tinha uma vida lá e não posso jogá-la no ventilador.
–E como a gente ficaria?–ele pega a minha mão e faz carinho.
–Amor, você tem um lugar de destaque no meu coração, não precisa se preocupar com isso agora. –falei sincera me aconchegando nele.
–Eu quero casar com você. –ele me surpreende demais com essa fala.
–Vamos casar sim, mas vamos esperar. Aliás, o meu tratamento não é nada fácil, tem dias que eu chego muito mal psicologicamente.
–Como te prometi, eu vou estar com você, confie em mim. Tudo vai ficar bem. –ele diz enchendo meu rosto de beijos.
–Eu quero te fazer feliz, mesmo que seja por pouco tempo.
–Shiu. –ele diz bravo e me abraça, e eu não queria soltar.
–Aleluia. Já podemos voltar? –Bruna sai do quarto impaciente.
–A senhora estava nos vigiando? –brinco com ela.
–Lógico e o Lipe também.
–Foi mal, cara, eu peguei pesado contigo. –Luan fala indo até o amigo e apertando a mão.
–De boa, cara! Eu te entendo. Eu tô feliz agora que o meu irmão e a minha irmã estão bem novamente. –ele diz com aquele sorriso bobo dele.
–Já chegou ao ponto de chamar ela de irmã? Estou com ciúmes agora. –Luan zoou.
–Bobinho, somos parças agora! Eu descobri todos os seu podres. –provoquei o Luan.
–Duvido. –ele revidou.
–Ah é? E a tal da Andressa do show de Sampa? –jogo na roda.
–Você não contou da Andresa para ela, eu não acredito. –ele encara o Felipe que ria muito.
–Eu não sei de nada. –Felipe se defendeu.
–Nada do que umas biritas não faça as pessoas soltarem. –revelo o truque.
–Eu arrumei uma inimiga. –Luan reclamou.
–Como você é lerdo, eu só estou jogando verde. –brinco.
–Danada, e eu aqui acreditando.
–O seu passado te condena, mas eu prefiro não descobrir. Nessa circunstância que estou passando, quero evitar o meu estresse.
–Melhor assim, amor.
–Gente, o Lucas está me ligando. É estranho, mas vou atender. –Bruna fala se retirando nervosa.
–Ai tem. –falo com Luan e Felipe.

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