Inocence um caminho diferente capítulo 48

136 10 0
                                    

Aqui estou eu de volta ao trabalho e aflita em ver o Henrique, Paty esta de atestado porque pegou conjuntivite.
Ainda me lembro dela no telefone toda eufórica por ter pego cinco dias, dizendo que iria passear no shopping.

- Você tem que ficar em casa para não espalhar.
- Gosto de dividir (risos)

- Bom dia Ana!

Ouço e saio das minhas lembranças de logo cedo.

- Bo bom dia Henrique
- Eu te assustei?

Ele diz com um ar de riso, e eu sei que é porque ele se diverte com esse meu jeito desengonçado quando estou perto dele.
Ele olha para a mesa da Paty e eu me lembro que não justifiquei a falta dela.

- Ah ja tinha me esquecido a Patrícia esta com conjuntivite e mandou por fax o atestado dela.
- Ok. O Felipe também não estava bem.
- Eu ia pedir para a Patrícia me acompanhar em uma filial que iremos abrir em Lusitânia.
- Ãh
- Mas como ela não esta eu te convido!
- E eu é, e aqui?
- Vou pedir a Letícia que transfira as ligações para a sala dela.
- T-tudo bem... que horas vamos?
- Para aproveitarmos bem o dia e chegar no horário temos que sair no máximo em 5 minutos.

Levanto rápido e sei que ele esta sorrindo mas nem olho para ele e vou arrumar minhas coisas e falar com a Letícia.

*****************************

- Você está nervosa.
- Não...
- Não para de bater os dedos nas pernas

Quando me preparo para responder meu celular toca e salva pelo gongo atendo.
- Oi mãe.
- Mandei  uma mensagem para você filha, está tudo bem?
- Oi mãe, esta sim, me desculpe eu não vi.
- Fala para sua mãe que eu te levo em casa.
- Meu patrão me leva, não se preocupe tá mãe, esta tudo bem?
- Esta sim, filha esse é o Henrique que associou ao Felipe?                                                                                - É mãe, pode ficar tranquila ele é uma pessoa boa, estou a salvo, beijos te amo.

Não falo nada só abaixo a cabeça ja sem cor, ou melhor com cor ate de mais, tentei falar essa ultima frase o mais baixo possível.

- Não se preocupe, acho admirável a preocupação da sua mãe, e mesmo sabendo que não vai adiantar mesmo assim vou falar que pode ficar a vontade comigo.

Passa um tempo ele olha bem rápido para mim e fala:

- Gosto muito dos seus toques de telefone.                                                                                                                - Tão inocentes quanto você.  

E assim ninguém mais fala nada e a viagem segue.
Acordo com uma voz bem distante e sinto dedos suaves em meu rosto.
Ao abrir os olhos vejo Henrique do lado de fora do carro ja do meu lado.

- Você pegou no sono Ana.
- Me desculpe, não estou conseguindo dormir direito e não percebi que...
- Porquê você está perdendo o sono Ana?

Tento responder rápido alguma coisa sem sentido  tirando meu cinto até que sinto seu dedo levantar meu queixo.

- Não sei!
- De um tempo pra cá eu também não consigo.

Nos olhamos nos olhos por uma fração de segundos entre frases não ditas até ele se afastar para eu poder sair.

Inocence um caminho diferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora