Inocence um caminho diferente capítulo 66

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E minha festa esta chegando ao fim, tem muita gente na pista e percebo que o Henrique esta na mesa sozinho.

- Tia me da licença vou sentar ali um pouquinho, estou com meus pés me matando.
- Tudo bem Clarinha vai lá, eu vou comer mais um pouquinho de bolo.

O trajeto que eu faço até o Henrique é aos meus olhos muito longo e principalmente porque ele fica me olhando de um modo que não consigo identificar.
sempre soube que o amor ter formas diferentes dependendo de quem se ama, amo de mais  minha família e percebo que é forma diferente com medidas diferentes. 
Acredito agora que poderia conhecer outras pessoas, me relacionar, amar e seguir com a minha vida, mas seria com uma outra intensidade, de uma outra forma. E percebo que isso pode acontecer com um longo tempo, ou em alguns minutos, simplesmente não é algo planejado. 
Ele esta sério mas me observa atento até eu chegar na mesa.

- Estou cansada!
- Da para notar pelo seu rosto.
- Não queria a festa, mas agora, não quero que acabe.
- É sua mãe me contou que você não estava animada.
- Mas, como ela sabe? não falei e tentei não demonstrar.
- Ana suas atitudes e expressões te denunciam.
- Mas quando que você falou com minha mãe?
- Quando fui levar o buquê.
- Ah, é por isso que senti seu perfume... mas ela não falou...

Ele levanta uma sobrancelha

- Você me conhece pelo perfume?

Percebo um tom de voz quase que orgulhoso. Ele da um sorriso torto e se inclina para a frente. Ele me observa por um momento, o sorriso entorta mais é sei que é pelo fato de eu estar vermelha.

- Pedi para que eles não falassem nada, eu queria conversar com você antes. Nossa Ana sua família é muito legal, gosto de ver seus pais juntos e é exatamente o que eu quero para mim.

Olho para a direção que ele esta olhando e vejo meus pais agarradinhos dançando, lindo, com a diferença que a música tocada é A go go não é para se dançar do jeito que eles estão dançando.

- Quando tocar uma romântica ai eles vão pular ( risos)
- Gosto desse jeito deles!

Olho para ele e ele realmente esta falando sério.

- Você não esta entediado? Notou que não tem bebida alcoólica aqui?
- Pra falar a verdade notei e achei que só você fosse de outro planeta.

Nós dois rimos e depois de algum tempo ele volta a ficar sério e fala:

- Realmente não faço questão, pelo menos não mais.

Volto a encara-lo ele esta diferente e tão sério.

- Gostaria de quando a festa acabar te levar para casa, ainda não te dei o meu presente.
- A não sei...
- Seu pai ja me deu permissão Ana!
- A é? Quando? não sabia, ele não disse nada.
- No mesmo dia que conversei com sua mãe.

Não falo nada e volto a olhar para a festa.

- Posso tirar uma foto dos dois?

Diz o fotografo atrás de mim.

- Claro pode sim
Eu falo

Henrique sai do seu lugar abaixa do meu lado passando o braço em volta da minha cadeira sorrindo.
Próximo de mais ah tento disfarçar mas percebo o seu sorriso aumentar ainda mais.

- Pronto, obrigado.
- Poderia revelar duas desta foto?
- Sim é claro, e qual é o endereço que gostaria que eu a entregasse?
- Pode ser o da Ana mesmo.

Ele ainda do meu lado mantendo a posição da foto olha para mim e pergunta.

- Pode ser?
- Pode ser ãn o que?
- Pode entregar a minha foto junto com seu álbum?
- A tá, é, pode, sim, não tem problema...

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