Inocence um caminho diferente

Inocence um caminho diferente capítulo 43

Definitivamente me sinto um peixe fora d'agua, por sorte que o Guga esta comigo, porque a Patrícia sumiu e no meio de pessoas que nunca vi ou que lembro apenas da festa de ontem.
Henrique esta longe com um rapaz, as vezes ele olha para cá e encara o Guga, quando chegamos ele estava no telefone e sorriu quando Paty e eu entramos, mais na sequencia que viu o Guga ficou serio e até agora não se aproximou, por um pouco mais de sorte continuará assim.

- Aquele é o Henrique?
Levo um susto, mas tento falar o mais calma possível.
- Sim.
- Acho que ele não gostou de eu ter vindo.
- Não Guga eu gostei, obrigada, se você não estivesse vindo eu estaria sozinha agora igual ontem.
- Mas a Patrícia disse que ele te fez companhia ontem.
- É, mas ele é noivo.
- Ele esta vindo para cá.
- A não...

Guga me olha mas não fala nada

- Oi Ana!
- Oi.
- Trouxe um amigo?
- Namorado!

Guga fala olhando bem nos olhos do Henrique e eu fico ainda mais sem graça quando ele pega na minha mão.

- Muito prazer ...
- Gustavo.

Os dois apertam as mãos.
- Divirtam- se e...

O telefone do Guga toca e ele pede licença e sai para atender.

- Ele parece estar muito apaixonado por você!
Henrique diz com o tom de voz distante.

E eu apenas balanço a cabeça que sim.

- Clara vou precisar ir no meu serviço, parece que raquiaram o sistema.
- Esta bem, vou também!
- Fica, a Patrícia não vai querer ir agora, ja que faz um tempo que não vemos ela, venho buscar vocês, credito que será rápido.                                                                                                                                       - Tudo bem Guga.

Ele me da um beijo na bochecha  cumprimenta Henrique e sai.

- Ana podemos conversar?

Fala Henrique depois de algum tempo.

- Mas aqui não, quero te mostrar algo.
- Acho que não é boa ideia.
- Por favor Ana, é muito importante!

Penso, penso ...
Pela lógica da situação eu não deveria, o raciocínio diz que não, mas o coração diz que sim.

- Ana eu preciso muito dessa conversa!

Percebo sinceridade em suas palavras e não é dele que tenho medo e sim do que eu estou sentindo.

- O que você quer me mostrar?

Ele sorri e me mostra o caminho.

- Tem que ir até o meu carro.
- Tudo bem.

E caminho na frente ja de pernas bambas, acho que sou uma tonta mesmo, pra que esse nervosismo todo?
Percebo que ele esta meio ancioso ou nervoso, é difícil saber ja que ele é mais sério e reservado do que o Felipe.

- Aqui.

Não falo nada, o carro dele é um Citroen preto o desse ano  que combina com esse jeito elegante que ele tem.
Ele abre o carro e pega uma pasta preta eu fico um pouco confusa.

- Ana a quase 8 meses fiz uma viagem para Fortaleza mas especifico para a praia de Jericoacoara, eu não estava em uma fase boa mais lá conheci uma menina doce e sonhadora.

Estou prendendo o ar, não sei o que esperar dessa conversa.
Ele continua:

- De princípio achei estranho ela viajar sozinha mas ela me explicou e tive uma vontade imensa de protege-la.
Senti que ela me faria uma nova pessoa, por ver uma inocência estampada em tudo que vinha dela, ja no primeiro contato com ela no avião, senti que era diferente. Eu realmente não estava bem, e o seu jeito simples me chamou de mais a atenção.

Ele para por um momento  e tira uma mecha de cabelo desalinhado do meu rosto colocando atras da minha orelha.