Inocence um caminho diferente capítulo 50

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- E aí gostou?
Ele não fala nada e sei que esta fazendo suspense.
- Fala.

Ele sorri e sei que esta gostando de me ver anciosa pela sua resposta,e ocorre então que Henrique não costuma ser assim descontraido o tempo todo, na empresa ele quase não sorri, mesmo com as diversas graças do Felipe, e mesmo quando esta com Samantha seu modo de ser é serio. Não vejo demonstração de carinho entre ambos e não parece ser a mesma pessoa que esta agora brincando com a minha cara .

- Ta entendi você quer me torturar.

Falo e finjo estar chateada. Henrique deixa os talheres na mesa e segura na minha mão que estavam em cima da mesa com o guardanapo e ainda sorrido diz:

- Gostei muito!
-Ah
- Eu gosto de tudo Ana, e gosto do modo com que você foi criada, sem desperdício e nada de regimes.
- Minha mãe sempre nos ensinou a comer de tudo e além do mais mesmo que eu fosse gordinha continuaria a comer, mas com moderação é claro.

Dou uma pausa e faço careta

- Não deixaria de provar uma das coisas boas da vida.

Ele da uma gargalhada

- Realmente você não existe, não bebe, não fuma, não gosta de bagunça e ainda sabe aproveitar a vida!
- E para falar a verdade não tenho vontade de fazer nada disso Deus me fez feliz assim!

Falo e balanço os ombros brincando.

Arrumo um jeito de tirar as mãos da dele.

- Tão nova e ja sabe o que quer.

Ele bate palmas sem emitir som, depois de um tempo ele fica pensativo e olhando para algum ponto na rua ele fala.

- Quando não sabia por onde te procurar, liguei para quase todas as agências de turismo pedindo informações de alguma pista que me levasse a você.
Me culpei por não ter memorizado seu endereço ou por não saber seu sobrenome para poder te procurar nas redes sociais.

Ele olha para mim e estou imersa na sua declaração.

- Já passava mais tempo aqui do que em casa, e fazia todo meu trabalho pelo computador e transferia para São Paulo ate que encontrei com o Henrique, amigo de faculdade que ja tinha me feito uma proposta muito boa a alguns meses atras e voltou a me faze-la e me senti motivado a aceitar dessa vez.
Eu lembrava de uma menina meiga, inocente, tímida, reservada diferente de todas que ja tinha conhecido.

- Quando que você voltou seu noivado?

A pergunta que me atormentava desde então e que estava me tirando o sono.

- Eu e a Samantha temos uma relação antiga, nossos pais são primos de segundo  grau e sócios no ramo de engenharia civil e Samantha e eu sempre vivemos uma espécie de relacionamento liberal e descompromissado.

Ele fala girando o anel, o único que usa, na sua mão  direita.                                                                            Pensei que não falaríamos mais sobre a viagem e muito menos que estaria em um momento descontraído com ele. Confesso que mesmo gostando muito não quero continuar assim, não acho que deveríamos nem ser amigos, estou a vontade com ele hoje, e não gostaria disso.               Ele alheio a minha inquietação profunda continua a fala.

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