Inocence um caminho diferente capítulo 14

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- Não sei quase nada de você, só sei que esta aqui de férias e que tem uma irmã de 17 anos.
- O que quer saber?
- Qual o nome da sua irmã?
- Brenda.
Percebo que seu olhar brilha ao falar dela.
- Ela é minha meia irmã, é do segundo casamento do meu pai, eu e meu pai não nos damos muito bem.
- Uhmm
- O que mais quer saber?
Ah de novo aquele sorriso torto...
- Você é é... tem alguém?
- Não tenho mais.

A para eu realmente perguntei isso?                                                                                                                     Uau uma resposta rápida com uma grande mudança de humor. Percebo que ele fica um pouco mais sério e não parece querer continuar esse assunto.

- Você mora aonde?
- Em São Paulo e você Ana?
- Sou de Rio Preto, mas você pegou o avião lá...
- Não sei ainda mais tenho planos de ficar um tempo lá, não me decidi.

Ele senta e puxa o banco um pouco mais perto. Da para perceber que o contrário de mim, ele esta bem a vontade.
Nos minutos que se passaram comemos e fui ficando um pouco mais tranquila em relação a companhia dele.                                                                                                                                                               Ele me contavas coisas engraçadas e eu tinha que me segurar para não parecer uma boba alegre, pelo menos não parecer toda hora.                                                                                                    Quando olhei no meu celular já ia dar 20 horas, quando me ofereci para pagar simplesmente ele não aceitou.
Eu já imaginava, como ele é  educado e cavalheiro não aceitaria mesmo.
Caminhamos lentamente sem falar nada, ele com suas mãos  no bolso da bermuda, e eu com muita vontade de saber puxar uma conversa para quebrar o silencio.
Sem perceber chegamos, ele parou em frente à pousada virou para mim e me olhou por um breve momento.

- Ana amanhã nos vemos?

Ele me pergunta e o meu   lado racional dizia que era melhor já me despedir já que não tem possibilidade nenhuma de a gente se encontrar.
- Sim você me disse que seria meu guia..
O que mesmo eu disse do meu lado racional? Ele deve estar dormindo já que foi um outro lado que desconheço que me levou a falar que sim.  

- Vou estar de volta às 8:30, tenho uma palestra cedo.

Ele esta de frente para mim, me observando, olha para meus cabelos e para minhas bochechas, minha boca, e para seu  olhar nos olhos.                                                                                                      

- Fico feliz em te fazer companhia, estou muito feliz por ter te conhecido.
Então até amanhã?
- Até...

Ele fala e não sai do lugar, aquele olhar me derrete, quando começo a me mexer para entrar ele se aproxima um pouco mais e bem devagar tira suas mãos do bolso e as coloca cada uma do lado do meu rosto.                                                                                                                                                           Aquele contato me queima inteira, sinto tremores, aos poucos como em um filme em câmera lenta ele vem se aproximando de pouquinho ele me da um leve beijo na minha bochecha esquerda. Mãos quentes, suaves e ao mesmo tempo firmes.                                                                      Ele aos poucos novamente vai tirando -as do meu rosto, e sinto meu rosto inteiro pegar fogo, vou saindo aos poucos e ele vira -se para o hotel para me ver entrar, estou de costas e sinto que ele me olha, mas não tenho coragem de me virar para dar um pequeno aceno de mão.              Mas ao chegar na porta eu me viro,ele me da um sorriso, espera eu passar pela porta e vai embora.


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