Prévia do livro Me ajude a lembrar, continuação de Inocence

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Meus olhos estão pesados, estou escutando um bip e um outro aparelho que parece com a respiração, esse cheiro me é familiar, não sei mais não gosto dele. Minha cabeça, meu corpo estão pesados.

De repente fica tudo branco de novo...

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Vozes ouço vozes, quero pedir água mais não tenho forças, meu corpo não me obedece.
Sinto mãos em meu rosto me fazendo carinho, mas não consigo entender o que esta acontecendo e tento mais uma vez abrir os olhos...
Ah sinto dor, meus olhos estão realmente pesados, mas depois de algum tempo consigo abri-los, estão semicerrados mas consigo ver o lugar. Estou em um quarto, deitada com alguns aparelhos ligados em mim, olho minhas mãos e vejo cicatrizes, volto a fechar os olhos e tenho uns fragmentos de memória, pequenas lembranças de uma criança linda vestida de rosa com orquideas em suas mãos e depois me vejo feliz e em seguida vejo um carro vindo na minha direção e sangue vejo sangue...
Gemo, sinto dor nas minhas lembranças e sinto lágrimas quentes em meu rosto.
- Ana...
Ouço uma voz baixa próximo ao meu rosto e abro mais uma vez os olhos...
Vejo um rosto lindo de um homem com a barba por fazer ele seca minhas lágrimas com suas mãos na medida que lágrimas em seu rosto caem também.
Olho para ele com dificuldade ele esta com uma camisa com os punhos dobrados e com um semblante cansado, não faz questão de esconder suas lágrimas em um misto de preocupação e alegria.
Sinto seus beijos em minha face; meus olhos, queixo. Beijos suaves e ternos até que por último me da um casto beijo no canto da boca.
- Graças a Deus Ana! O que você esta sentindo? Esta bem?

Consigo apenas fazer um pequeno movimento com a as mãos.

Água... por favor água, penso estar falando, na verdade gritando.

- Certo amor vou buscar o medico eu não sei o que devo fazer.

Ele esta perdido, andando de um lado para o outro, hora chorando outra sorrindo,e sai dando passos largos pelo corredor do que me parece ser um hospital. Não me lembro do que aconteceu, minha cabeça dói muito, na verdade sinto dor no corpo todo e não consigo pensar devido a essas dores. Como vim parar aqui? Começo a me agitar e escuto um outro barulho do lado, e acredito é por conta de ter me agitado, uma enfermeira que passava por perto do quarto entrou rapidamente, falou algo que eu não entendi, olhou alguma coisa e saiu tão rápido quanto entrou. A enfermeira volta e aplica algo no soro e fala bem baixo perto de mim:

- Oi Ana Clara, apliquei uma pequena dosagem de calmante, e agora vou tirar o aparelho da sua boca, não vai doer, abre a boca.

Eu apenas obedeci e ela tirou o aparelho, ja não ouço mais o outro apitando, estou mais calma, com muita sede, mas não consigo falar no momento, meus lábios estão um pouco formigando.

Inocence um caminho diferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora