Um dia pós-demônio

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A escola inteira me acompanhava quando eu saia do carro de Stefan vestindo nada menos que sua camisa junto a minha calça e tênis de ontem. Todos os olhares transmitiam a óbvia mensagem: Eles estão juntos agora? Não, não estamos.

Eu gostaria de estar. Estar em sua cama, completamente sem roupa, para que possamos sentir o corpo um do outro e soltando gritos e gemidos abafados em uma transa quente. Mas devido ao incidente quase-fui-morto-por-demonios ontem não nos permitiu passar das explicações.E mesmo que isso passasse por minha cabeça, tive a resposta de minhas perguntas: ele me via como amigo.

Logo depois de comer o McDonalds que ele havia me levado eu adormeci e acordei em sua cama, com o quarto vazio e as mesmas armas da noite e o cheiro forte de morfo havia piorado aquela manhã: ele precisava de uma faxineira.

Mesmo com as situações desagradáveis e acontecimento inesperado de ontem, a cama do Stefan foi como uma nuvem para mim. Eu não tive pesadelos com os tais Wendigos e também não vejo aquela mulher em meus sonhos novamente. A aproximação com Stefan, do jeito que esta, poderia ter me trazido problemas com o Alex e talvez com tia Marta já que meu celular havia descarregado e eu não sei como eles estavam após passar essa madrugada preocupados com meu paradeiro.

Muitos problemas.

Alex... Será que ele já deve esta ouvindo a esses novos boatos?

Mais problemas.

Stefan parecia não ligar para os olhares curiosos que estavam sendo lançados contra a gente.

Sinto um braço passar em meu ombro e com uma força sou pressionado contra o peitoral de Stefan, onde a minha cabeça atingia sua altura máxima. O olho e ele sorri, como se percebesse meus olhos nele, ainda encarando a frente.

– Isso não vai ajudar a desfazer os boatos – Sussurro.

– Não é com eles que me importo agora.

Não pude evitar sorrir ao ouvir aquilo. Ele volta seu olhar em mim e nós trocávamos conversas com os dentes. Um respondendo o riso do outro.

Mas não demora a que uma nuvem negra pairasse em cima de nós: Alex nos encarava no canto ao lado da porta de entrada. Nossa, estou começando a me cansar dessas nuvens negras em cima de minha cabeça. Com os braços cruzados e expressão seria eu não precisava mais pensar em que ele Rser correspondido seja sair com seu provável inimigo.

– Hoje vai ser um longo dia... – Stefan diz baixo ao passar pela porta.

Ele leu meus pensamentos.

Ao entrarmos na sala não havia muita coisa de diferente, ela só estava vazia para aquele horário. Apenas Lara estava sentada em sua carteira de sempre, ela estava com uma aparência melhor, seus cabelos bem cuidados e seu olhar em cima de mim. Eu não pude evitar de sorrir, minha melhor amiga estava de volta.

Stefan se sentou do meu outro lado e eu fiquei no meio, entre ele e Lara. E então depois de alguns minutos a professora entra com o resto da turma atrás dela.

Abaixo-me para apanhar o caderno e caneta e quando volto a mesa encontro um bilhete amassado. O abro e ali encontro:

Eu disse para beijar. Não transar #Safado

Rio e ao encarar o lado vejo minha amiga com um sorriso lateral enquanto fingia copiar o assunto do quadro. Respondo:

Você não me perdoaria se eu perdesse a oportunidade.

Ouço sua risada enquanto copio a introdução do assunto no quatro e novamente o papel volta para minha mão:

Não mesmo!

Charmed: Um conto de lua (Encantado 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora