Charmed: Um conto de lua (Encantado 1)

O metamorfo

– Então, tem dois garotos interessados em você... Mas você só gosta mesmo de um – Alaric ri de maneira graciosa, me fazendo corar – Sei que não sou jovem e tal, mas isso não me parece de fato um problema.

Havíamos encontrado uma arvore mais  a fundo na parte de trás da festa com uma pequena casa não acaba acima dela, então resolvemos subir para que pudéssemos conversar com mais calma e eu o contasse parte daquilo que me afligia. Ele ouviu tudo com bastante atenção e eu pude ler a curiosidade em seus olhos.

Tomei mais um drink da bebida que durava mais tempo em minha mão que a outra.

– Não sei se o Stefan está interessado em mim... – Olho para cima, encontrando nada mais que galhos – Mas... O estranho é que só o conheci a uma semana...

– Primeiro. Quem não estaria? – Ele se aproxima de mim e me faz olha-lo nos olhos – Segundo, não acho que exista uma regra que diz só é permitido se apaixonar após uma semana

Ele invadia meu espaço lentamente.

Já é o suficiente desabafar com meu diretor e provavelmente estragar uma imagem perfeita de aluno para ele. E apesar dele ter sido minha grande paixão e motivos de várias punhetas... Ser lindo e tudo mais. Ainda assim não quero beija-lo e não quero que ele me beije. Não mesmo.

Mas ele continuava a se aproximar de mim enquanto fechava seus olhos e logo ele toca meus lábios com os seus. Não tive reação senão levantar com o impulso e me afastar dele. Não posso.

Alguma coisa naquilo tudo estava errado.

– Não podemos... – Digo, encarando-o se levantar com a garrafa em sua mão. – Acho que bebemos demais...

– Por que se afastar agora? Não estamos na escola... – Ele se aproximava lentamente. – Alias, quando recebi o convite da Lara, vi uma oportunidade. Sabe... Garotos realmente não são minha praia. Mas você...

– Opo-oportunidade? – Gaguejo quando o vejo muito próximo de mim novamente.

– Você fugiu de mim na festa, assumo que foi mera coincidência... Mas aqui? Qual o problema? – Ele se aproxima o suficiente de mim.

Não havia para onde correr, ele havia me prendido na parede de madeira daquela casa de arvore e seus braços estavam impedindo as saídas laterais, ele continuava a me olhar nos olhos. Mordendo seus lindos lábios.

– Eu sei que você também quer isso... – Ele começou a beijar meu pescoço, e eu não consegui segurar o gemido que escapou de mim... – Eu vejo a maneira como me olha no colégio. Eu também tenho te observado, Eli... – Outro beijo seguido de um chupão no pescoço rouba meu gemido.

Ele finalmente se afasta e me encara nos olhos, eu podia ver uma luz azul em seus olhos verdes. E não pude negar o meu desejo de beija-lo, eu sempre quis isso e eu tinha a oportunidade agora. Mesmo gostando do Stefan, não estamos juntos e talvez nunca estejamos.

Não planejo mais me negar aos prazeres da vida.

Então aconteceu. Eu o beijei.

E nos beijávamos intensamente, do jeito que eu sempre imaginei que aconteceria. As mãos dele estavam em minha cintura, me trazendo para mais perto de seu corpo, deixando toda aquela sensação boa invadir meu corpo com o calor do seu.

Quando menos percebo já estávamos acariciando nossos corpos enquanto o beijo ficava cada vez mais quente, sinto uma ponta de ereção aparecer em minha calça e nesse exato momento minha mão voa para a camisa dele, uma fúria havia tomado conta de meu corpo e mente, com ele também veio o desejo.