The Warlock

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– Estamos prontos para ir? – perguntou Isabelle
– Clar... – fui interrompida pelo toque de meu celular – Espere um minuto
Na tela, novamente, dizia ser um número desconhecido. Quem podia ser agora? Deslizei o dedo sobre a tela e atendi
– Clary?
Era o mundano. Qual era mesmo o nome dele? Simon
– Simon?
– Sim, sou eu – ele disse meio sem ar – eu sei que tá meio tarde mas eu queria saber se você está livre agora
Isabelle se aproximou de mim e perguntou:
– Quem é?
Tapei o celular para que Simon não pudesse ouvir
– Um mundano que conheci ontem. Acho que tá está me convidando para sair
– A essa hora? Mundano corajoso – disse Isabelle, quase babando – Convide ele para ir a festa
– Tem certeza?
– Claro, vai ser divertido
– Tudo bem – disse, voltando a atenção para o celular – Simon? Ainda está aí?
– Claro – disse ele quase berrando
– Estou meio ocupada agora, estou indo a uma festa com meus... Amigos – quando eu disse isso, pude ouvir o desapontamento em sua respiração – Mas eles disseram que você pode vir
– Sério? – disse ele, mais alegre agora – me mande uma mensagem com o endereço que encontro vocês lá
Ele desligou. Que confiante. Mandei a mensagem com o endereço e fui ao encontro dos outros
– Quem era? – perguntou Alec
– Diversão – respondi sorrindo, olhando para Isabelle que também sorria
•••
As instruções do convite nos levaram a uma área totalmente industrial do Brooklyn, cujas ruas eram alinhadas com fábricas e depósitos. Saímos do metro, Isabelle carregando o Sensor, para mapear a área. Fiquei um pouco para trás enquanto atravessávamos um parque com grama queimada por causa do sol. No final tinha uma igreja, que brilhava contra o céu sem estrelas
– Continue – disse uma voz atrás de mim. Jace
– Se eu quiser admirar a paisagem, eu vou e não vai ser você que vai me impedir
– Tem coragem de me confrontar
– E você tem sorte de ainda não ter uma adaga em sua barriga
Ele riu e começou a me analisar
– Clary, há uma linha tênue entre sarcasmo e hostilidade, e acho que você a cruzou. Qual é o problema?
Era tudo. Jocelyn, Lucien, Jonathan, Valentim e até mesmo o inútil mundano estavam atormentando meus pensamentos. O plano de Valentim era não se envolver demais, mas eu acho que estou fazendo exatamente ao contrário do que ele disse nesse aspecto
– Nada que lhe interesse
Ele abriu a boca para responder, mas foi interrompido por Alec
– Jace
Ele se virou para encaram Alec, retirando as mãos de meus ombros, sendo que eu nem sabia que estavam lá
– O que foi?
– Acho que estamos no lugar certo?
– disse, apontando para alguma coisa atrás de um carro preto
– O que? – ele se juntou a Alec e começou a rir. Dando uma volta no carro, pude ver o que os fez sorrir: motos demoníacas
– Vampiros
Motos demoníacas, eram motos comuns, apenas alteradas pelos vampiros para funcionarem com energia demoníaca, permitindo que eles se locomovam em alta velocidade. Algumas são alteradas com algo a mais... Algumas eram modificadas para voar, ficar invisíveis ou andar embaixo d'água
Jace estava examinando as motos. Havia palavras prateadas, pintadas na lateral das motos: NOX INVICTUS, Noite Vitoriosa
Alec olhava para Jace de um jeito estranho
– O que está fazendo
– Nada, apenas olhando – disse Jace em resposta
– Vamos logo – disse Isabelle – Eu não me arrumei toda para ficar vendo vocês no canto olhando para um monte de motos
– São muito bonitas de se olhar – disse Jace – isso você tem que admitir
– Eu também sou – disse Isabelle, que não estava disposta a admitir nada – Agora vamos
Em menos de um meio segundo, vimos um garoto moreno de óculos se aproximando do local
– Clary, por acaso aquele é o mundano? – perguntou Isabelle, admirando o rapaz
– É sim
Imediatamente ela cancelou a marca de invisibilidade e caminhou até ele. Fiz o mesmo logo em seguida
– Oi Clary – disse Simon, que não parava de olhar para Isabelle – Que lindos que são seus amigos
Jace e Alec vieram logo depois, assustando o mundano
– Sério, nunca vi cara mais bonitos que vocês – disse Simon, se defendendo
– O que é isso? – perguntou Alec
– A diversão, lembra? – disse Isabelle
– Vamos logo – disse Jace, impaciente
Ele subiu os degraus do prédio a passos determinados. Nós o seguimos, nos amontoando na entrada que cheirava mal. A ampla porta metálica era iluminada pela lâmpada solitária no teto. Havia uma campainha com um nome escrito: MAGNUS BANE
Isabelle apertou a campainha. Nada aconteceu. Ela tocou outra vez. Nada. Estava prestes a tocar a terceira vez quando Alec segurou seu braço
– Seja educada – disse ele
Ela olhou para ele
– Alec...
Antes de terminar, a porta se abriu. Um homem parado na entrada os analisou com curiosidade. Isabelle foi a primeira a se recuperar
– Magnus? Magnus Bane?
– O próprio – ele nos analisou um pouco mais antes de falar novamente – Filhos de Nephelim – ele disse – Ora, ora. Não me lembro de tê-los convidado
Isabelle balançou o convite na cara do feiticeiro
– Eu tenho um convite. Estes – ela apontou para nos com a cabeça – são meus amigos
Magnus pegou o convite e olhou com profundo desgosto
– Eu devia estar bêbado – disse, abrindo a porta para nós passarmos – Entrem. E tentem não assassinar nenhum dos meus convidados
Jace passou pela entrada, medindo Magnus com o olhar
– Mesmo que algum deles derrube bebida nos seus sapatos novos
– Mesmo assim – disse, pegando a estela da mão de Jace, coisa que eu nem sabia que estava ali, novamente – Quanto a isso – disse apontando  a estela para Jace – Deixe nas calças, Caçador de Sombras
•••
Oi pessoal...
Espero que tenham gostado da fic! Eu já queria dizer antes que alguém pergunte... Muitas das falas ou narração eu tiro do livro, mas apenas porque eu gosto de interligar as coisas. Mas já digo que o final não será o mesmo do livro...😂☺️
~Liv❤️

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