The Chat

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Cheguei ao Instituto alguns minutos depois
– Clary, que bom que você chegou – disse Isabelle, me puxando pelo braço até seu quarto. Ela trancou a porta
– Cade Alec e Jace? – perguntei
– Estão se arrumando – disse ela – Ou pelo menos tentando
Ela se virou para mim
– Agora quietinha – disse ela, me avaliando– Temos muito trabalho pela frente
•••
– Como vamos entrar nessa festa? – perguntei, colocando as botas que Isabella me dera – Vamos invadir por acaso?
– Vamos entrar de um jeito mais civilizado. Eu consegui um convite
– Conseguiu?
– O.K – disse ela – Eu roubei de um vampiro que estava me incomodando
– Então eu imagino que o anfitrião não estará esperando por nós
– Claro que não – disse ela – Magnus Bane não convida Nephilims para suas festas
Eu congelei por um momento
– Vamos a uma festa de Magnus Bane?
– Legal né?
Lembrava pouco a respeito de Magnus Bane. Valentim contara que Jocelyn estava a caminho de Magnus antes de me resgatar. Não sabia o que deveria fazer em relação a ele
– Você está pronta? – perguntou Isabelle
Em resposta, sai do banheiro e fui para o centro de seu quarto desarrumado
– Você tem muita sorte de ter um busto tão pequeno – disse Isabelle – Eu jamais conseguiria vestir isso sem sutiã
Franzi o rosto
– É curto demais e é muito grudado
– Não está curto – disse – E com as botas você fica com uma altura boa
– Está dizendo que sou uma anã? – perguntei, olhando novamente para o vestido – Se é curto assim em mim, imagina em você
– Em mim, é uma blusa
Sentei na cama e ajeitei as botas. Elas eram um pouco grandes, mas não a ponto de ficar dançando dentro delas. Me levantei e olhei no espelho. Eu tinha que admitir que a combinação de vestido preto, meia e botas altas era bastante... Isabelle. A única coisa que estragava era...
– Seu cabelo – disse ela – Precisa de um jeito. Desesperadamente. Sente-se – Ela apontou para a penteadeira. Eu obedeci e fechei os olhos enquanto Isabelle desembaraçava meus cabelos de uma forma nada gentil, escovando e colocando alguns pregadores. Em seguida, foi bombardeada por pó de arroz, que dificultou minha respiração por três segundos. Abri os olhos e vi que Isabelle ajeitara meu cabelo em um coque elegante, preso por pregadores brilhantes. Isabelle pegou uma lápis de olho e se aproximou
– Abra os olhos
Obedeci
– Isabelle, posso te fazer uma pergunta?
– Claro – disse, manjando o lápis como se fosse um pincel
– Jace sabe o que Alec sente por ele?
Isabelle parou por um instante mas depois continuou
– É tão obvio assim?
– Pra mim não é nada de mais – disse – Mas eu sei que a Clave não pensa assim
– Não pode contar pra ninguém
– Eu sei – disse – Mas Jace sabe?
– Jace não sabe de nada que não esteja relacionado a ele mesmo
– Você acha que ele se importaria?
– Não sei, mas não é escolha minha – disse – Alec tem que resolver as coisas diretamente com Jace, não através de outros. Não seriam parabatai se as coisas fossem assim
– Jace e Alec são parabatai? – perguntei
– Há quase 6 anos
Não tinha nada demais pessoas do mesmo sexo gostarem umas das outras, mas se isso acontecesse entre parabatais... Parabatais são laços sagrados onde duas pessoas traçam laços entre suas vidas. Mundanos tem seus melhores amigos, que normalmente, com o tempo, são esquecidos. Parabatais não são assim. Se ligados desde cedo eles são criados juntos, aprendem a lutar juntos, recebem as primeiras marcas juntos e morrem juntos. É um laço insubstituível e que não é permitido o amor romântico. Se Alec e Jace fosse adiante com isso, poderiam ter suas marcas retiradas e separados para o resto da vida. Uma coisa que poderia matar ambos
– Está pronta – disse Isabelle
– Obrigada
– Vamos?
– Preciso ir ao meu quarto buscar alguma arma. Você precisa?
– Tenho várias – disse, indicando o punho – Meu chicote é mortal e não preciso de nada alem dele, mas tenho algumas laminas serafins escondidas
– Nesse vestido?
– Nunca me subestime
– Caçar demônios e moda – disse – Nunca pensei que pudessem andar juntos
Isabelle riu em voz alta
– Sou a prova viva do impossível
•••
Alec e Jace estavam esperando na entrada. Vestidos de preto. Estavam apoiado na parede, parecendo entediados. Eles levantaram os olhos ao nos ver. Olhando para nós duas
Alec foi o primeiro a falar
– Já está fazendo a garota andar como você? – perguntou a Isabelle
Jace não parava de me olhar. Ele parecia o tipo de garoto que viria até sua casa e tocaria fogo só para se divertir
– Gostei do vestido – Seus olhos passavam preguiçosamente por mim de cima para baixo – Mas precisa de uma coisa extra
– É expert em moda agora?
Ele ignorou me comentário e pegou algo dentro da jaqueta e me entregou. Era uma adaga longa e fina. Mortal
– Já tenho algumas
– Proteção nunca é demais
Com isso eu botei a adaga junto das outras, exprimidas em meu casaco
Antes de se afastar ele se aproximou mais um pouco
– Uma última coisa – ele disse, esticando a mão por cima de mime puxou o pregador do cabelo, de modo que eles caíram em cachos pesados pelo meu pescoço. A sensação dos cabelos vermelhos tocando a pele nua era estranha e curiosamente agradável
– Muito melhor – disse ele e eu achei que sua voz também estava um pouco diferente

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Esperam que tenham gostado. Demorei um pouco para fazer este capítulo mas já esta pronto
Obrigada a todos pelos comentários e visualizações.
~ Liv❤️

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