The Mundane

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Acordei com o sol em meu rosto. Hugo  estava demorando muito na noite anterior que resolvi deitar para espera-lo mas acabei caindo no sono. Não havia nenhum sinal do corvo na janela. Ótimo, se aquele corvo fosse pego por alguém, o plano de Valentim iria por agua abaixo, sem contar que prejudicaria a mim e ao meu irmão.
Resolvi sair. Poderia dar uma olhada pela cidade e ficar de olho nos membros do Submundo. Vesti um uniforme e peguei algumas armas. Sai pela porta e fui para a saída do Instituto. Teria conseguido sair sem ninguém perceber se não fosse pelo gato. Ele me olhou e saiu correndo, um minuto depois, Jace apareceu.
– Indo para algum lugar?
– Quero sair um pouco – disse – Dar uma volta pela cidade, conhecer o lugar
– E precisa de armas para isso?
– Antes nada do que mal armada
– Tenho certeza que não é assim que se fala – disse ele – Posso ir com você?
– Porque você quer ir comigo?
– Se alguma coisa acontecer, posso te proteger
– Posso muito bem me proteger sozinha – disse e sai
•••
Andei pela cidade por muito tempo até desistir de procurar. Entrei em um restaurante qualquer e me sentei para descansar. Uma garota se aproximou, a garçonete.
– O que você vai querer? – perguntou
– Só café
Enquanto ela saia pude ver pó de fada em seu corpo. Aquela garota era uma Seelie. Olhei ao redor e não pude acreditar no que vi. Lobisomens jogando sinuca, vampiros no bar e feiticeiros por ai conversando uns com os outros. Eu estava em um restaurante dos membros do Submundo. Não pude impedir de um sorriso crescer em meus lábios.
– Você tem um sorriso lindo
O dono da voz era um garoto alto, pele clara, moreno, olhos escuros e mundano
– Obrigada – disse por educação, desejando que ele fosse embora
– Qual é o motivo? – ele disse e se sentou na minha frente
– Provavelmente não é da sua conta – disse. Pude ver outros mundanos olhando para nós e rindo – Qual o motivo de você estar aqui conversando comigo?
– Foi uma aposta
– Aposto que foram eles que lhe desafiaram – disse, apontando para os garotos
O garoto olhou para os amigos e assentiu
– Sim foram eles. Me desafiaram a te chamar pra sair
Pensei um pouco e peguei um guardanapo e escrevi alguns números aleatórios
– Aqui, diga para eles que conseguiu – disse entregando o guardanapo
– São de verdade? – olhei para o guardanapo e percebi que não tinha dado a ele números aleatórios. Tinha dado a ele meu número de verdade
– Sim, são de verdade
– Valeu – disse ele – a propósito, eu sou Simon
– Clarissa
– Clarissa? – perguntou ele – Todo mundo te chama assim? É muito grande... Precisa de um apelido
Ele olhou para mim e disse:
– Clary
Pensei um pouco. Legal. Clary era um ótimo apelido
– Obrigada Simon
– De nada – disse ele – Tatuagens legais
Com isso ele saiu da mesa e se sentou com os amigos. Olhei para a mesa e vi que tinha um café em minhas mãos. Estava tão ligada a minha conversa com o mundano que não percebi que o café tinha chegado? Precisava dar outra volta
•••
Era um pouco longe, mas fui ao Central Park. Sentei em um dos bancos e olhei para as árvores
Depois de um tempo, alguém se sentou ao meu lado
– Parece que andou muito
– E você ficou me seguindo o tempo todo? – perguntei a Jace
– Que tipo de cara eu seria se não protegesse uma garota em perigo?
– Não estou em perigo – disse – E acho que posso muito bem me virar sozinha
– Duvido muito – disse ele, com um tom de desafio
Acho que agora entendia a irritação de Jonathan
– O que quer dizer com isso? – perguntei
– Tem uma parte aqui no parque reservada para treinamento dos caçadores de sombras – disse ele – Vamos até lá e me mostre se realmente pode se cuidar
Ele me olhou com uma malícia que me deixou irritada
– Vamos lá
Ele me levou para dentro do parque e pude ver um campo de treinamento. Legal. Tinha várias armas e jeitos de lutar
– Com o que quer começar? – perguntou
– Que tal... – olhei ao redor e vi minha parte favorita – Arremesso de adagas
Ele me entregou cinco adagas e disse:
– Boa sorte
•••
Depois de duas horas treinando e lutando resolvemos parar
– Eu disse que podia me virar sozinha
– Posso ver – disse ele
Tínhamos feito tudo. Adagas, espadas, bastões, machados, lanças, combate corpo-a-corpo e arco e flecha. Venci ele na maioria. Ele apenas ganhou de mim nas adagas, bastões e lanças
– Já que eu já te humilhei e provei que sou boa o suficiente para sair pela cidade sozinha, vamos voltar para o Instituto
– Claro
A volta para o Instituto foi silenciosa. Quando chegamos, fui direto para o meu quarto. Quando entrei, vi Hugo na janela e uma carta na minha cama. A resposta de Valentim

••••
Oi galera, espero que estejam gostando da história
Eu sei que pode ser chato, mas queria pedir que vocês comentassem o que vocês estão achando para que eu pudesse melhorar
Obrigada a todos pelas visualizações

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