Capítulo 1

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Isso não podia estar acontecendo. Não podia. Eu tinha que acordar desse pesadelo agora.

-Mãe a senhora não está pensando direito. Eu não posso me casar com alguém desconhecido,ainda mais um velho.

-Eu não perguntei se você pode ou não Annelise,ele é rico e é isso que importa.

-Mas eu tenho sonhos. Você sabe disso, sabe de tudo.A faculdade, a formatura,a minha própria clínica,as viagens e o amor. Como você pode estragar isso?

-Pense em sua família Annelise.

-Não me chame de Annelise, você sabe que eu odeio.

-E você mocinha me chame de senhora, eu não sou suas amiguinhas para chamar de "você"

-É sério isso? Eu estou te implorando para não me casar uma semana depois do meu aniversário de 18 anos e você está se preocupando com educação? Qual o seu problema?

-Meu problema? Eu tô ficando pobre Annelise, pobre.Eu não me casei aos 17 anos para depois ficar pobre, eu me casei para ficar rica!

-Como assim? Você tá louca?

Não dá tempo nem de pensar direito,eu só vi a mão dela voando na minha cara e logo sinto arder muito, como se estivesse queimando.

-Eu já disse pra me respeitar, você tem 18 anos e ainda vive debaixo do meu teto.

-Se esse for o problema não precisa se preocupar,eu saio de casa.

-Hahaha garota,eu não vou te dar esse gostinho de ser a menina rebelde.Eu só vou te deixar sair daqui quando você for direto pro altar!

-Que tipo de mãe é você?

-O tipo que só teve você para segurar seu pai, aquele babaca é uma manteiga derretida, foi só saber que eu estava grávida que ele se separou de todas as amantes.Eu fiquei gorda, com estrias e comecei a te odiar,mas depois eu vi que o dinheiro poderia arrumar tudo e não me preocupei.

As lágrimas escorriam copiosamente,quentes quase ao ponto de queimar. Dizem que quando as lágrimas são quentes é porque o sentimento já ultrapassou os níveis humanos, é uma coisa profunda e dolorida,que ainda não conseguiram definir em uma palavra.

-Mas agora - Ela continuou - Você está me dando rugas de preocupação e vergonha. Francamente Annelise,psicologia? Isso por acaso dá dinheiro? Sua própria clínica? Pelo amor, eu te criei para ser uma dama, para arcar com os deveres da casa.

-Chega! Chega dessa merda! Eu não aguento mais essa porra de fingir ser alguém na sua frente. Nós estamos no XXI, não no século XV. Você não tem o direito de me obrigar a nada.

-Eu posso não ter o direito, mas eu te garanto que eu passo por cima de qualuqer coisa para fazer acontecer.

-Eu te odeio!-Grito subindo as escadas que dão para os quartos.

-Saiba que o sentimento é recíproco - Escuto ela gritar antes de trancar a porta do quarto e me jogar na cama formando um bolo de corpo e cobertores.

Anne na mídia

Camille:

Camille:

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