Capítulo 7

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Anne Pov

Meu Deus,isso não foi um pesadelo!

Sinceramente,eu estava com uma pequena esperança de que tudo aquilo fosse um pesadelo,de que eu ainda estava no meu quarto cercado de brutamontes e tinha uma mínima chance de fulga.

Ultimamente estou me iludindo demais.

Preciso arranjar uma forma de fugir daqui,eu não vou ficar servindo de puta particular para o nojento do Jake. Mas...eu preciso comer gente gorda é um problema mesmo. Levanto da cama me arrastando e vou pro banho,tomo um banho gelado e visto um short jeans com uma blusa 2 números maior que eu. Que liberdade.

Desço as escadas e vejo Kathe e Henry comendo. Aí meu cu.

-Bom dia Anne

-Dia Kathe. Oi Henry

Ele me olha de canto de olho com um ar de desdém e volta a tomar seu café. Argh!

-Kathe o Jake já comeu?

-Já sim,ele saiu e disse que vai passar a noite fora também,jantar de negócios.

-Graças a Zeus!

-Não tô falando?

-Falando o que Henry?

-Não tem nem uma semana que casou e já tá feliz porque o marido foi embora.

-Se eu me lembro bem eu já disse pra quem quiser ouvir que eu estou aqui contra a minha vontade.

-Então o que você tá fazendo aqui?

-Protegendo o meu pai da puta que é a minha mãe.

Nesse momento a Kathe já tinha saído de fininho da cozinha e estava subindo as escadas para o quarto.

-Ah é,esqueci,todos os riquinhos são mal amados.

-Nem todos,mas em relação a mim você acertou.

Ele me lança um olhar de tipo:"Ela concordou comigo mesmo?"

-Olha,não faz nem dois dias que esqueci tô aqui,mas mesmo assim eu não queria o ódio gratuito de alguém,já basta o ódio que eu sinto pelo Jake,então tente por favor ser meu amigo ou pelo menos não me olhar com essa cara de cu tá?

Ele me olha sem nem piscar e eu me pergunto se falei rápido demais para um homem.

-Você disse cu?

-Fala sério,você só ouviu isso?

-Não,eu ouvi tudo,mas você disse cu mesmo? Cara de cu?

-Aí meu cu - Digo deitando a cabeça na mesa,não vai dar certo,ele vai ser aquele tipo de cara inconveniente que fica me zoando o resto da vida.

-Disse denovo - Ele começa a rir de gargalhada mesmo,como se fosse piada.

-Qual o seu problema? Cu é só uma palavra. Cu. Eu tenho,tu tem,nós temos. Cu,porra,cu.

-Meu Deus,não aguento,sua cara é melhor que tudo - Ele continua rindo.

-Quantos anos você tem? 4?

-23 na verdade,mas com essa carinha de bebê parece 4 mesmo.

-Eu desisto.

-Tá legal,eu vou tentar não te odiar,mas não prometo nada pra você.

-Olha,isso já é uma evolução.

-Se você acha.-Ele dá de ombros.

-Que tal a gente falar algumas coisas do outro? Tipo contar nossa história.

Vejo seus olhos se arregalarem e ele me olhar de forma estranha.

-Eu não quero falar do meu passado Annelise.

-Tudo bem então,eu falo do meu e quando você confiar em mim você me conta.

-O que eu particularmente acho muito difícil.

-Mas não é impossível.

-Talvez.

-Aff,você é mais difícil que mulher fazendo cu doce.

Ele me olha com cara de quem tá se segurando pra não dar uma gargalhada.

-Nem pense nisso.

-Ah larga de ser chata,não posso nem rir.

-Da minha cara não pode mesmo.
-Tá legal senhora intocável,vem,vamos pro jardim conversar.

-Jardim? Deve ser a parte mais bonita dessa casa.

-Digamos que tão bonito quanto o "dono"

Ele me lança um olhar que eu acho que era pra ser sedutor,só que não deu muito certo.

-Coitado do jardim.

Por obrigaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora