Lack

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Camila POV.

"I like big butts and I can not lie. You other brothers can't deny!" Revirei os olhos por mais uma vez estar escutando essa maldita música.

"Lauren!" Gritei colocando a cabeça pra fora do quarto.

"Quê?"

"Cala a boca! Mas que droga de música." Grunhi indo até a cozinha onde a mesma estava fazendo nosso jantar, a idiota ainda rebolava cantarolando a música.

"Eu estou viciada, que culpa eu tenho?" Ela me olhou indignada, você não tem esse direito.

"Cante na mente, sua filha está dormindo e eu não quero ficar gritando para você calar a boca." Soltei-lhe um olhar matador e ela bufou concordando. Voltei para o quarto da Rach onde ela brincava com as mãos no berço. "Mamãe voltou." Sorri pegando-a do berço e ela arregalou os olhinhos e bateu palminhas, se ela soubesse que eu tinha quase um ataque cardíaco com esses gestos ela não faria.

Rach ontem completou um mês e eu estava tão feliz, ela já havia crescido bastante para apenas um mês. Foram dias longos, todos só contam as melhores partes na maternidade, menos a pior. Os choros de madrugada, os cocos, as cólicas, a birra, o dengo, Deus! Ela estava tão dengosa. Mas claro, isso não era nada comparado às felicidades que ela trás, óbvio que se eu pudesse pularia essa parte e ficaria apenas com as dos filmes, onde os bebês sorriem por tudo e são calminhos, mas gosto de minha filha do jeito que é. Eu gostava do jeito que seu rostinho se contorcia enquanto tinha um sonho ruim, ou quando ela dava um sorriso fechado de lado quando nos via, seus olhos brilhando era a coisa que mais me fascinava, as balbuciações sem sentido, seu cheiro, seu corpinho, eu amava tocá-lo em todas as partes, beijá-lo, ela sempre se contorcia e acabava resmungando, era tão fofa rabugenta! Eu amava seus bicos de quando iria começar a chorar, seu sorriso banguelo que poucas vezes foi dado,

 Eu gostava do jeito que seu rostinho se contorcia enquanto tinha um sonho ruim, ou quando ela dava um sorriso fechado de lado quando nos via, seus olhos brilhando era a coisa que mais me fascinava, as balbuciações sem sentido, seu cheiro, seu cor...

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eu amava tudo nela. Seu rosto era o que eu mais amava, por que dizem que bebês com síndrome são feios? Eles são maravilhosos! Arrisco dizer que são mais lindos do que os outros, são únicos, eu gosto disso.

"Amor, a Rachel está babando sua blusa." Franzi o cenho ao ouvir a voz da Lauren e só então voltei a 'realidade' eu sempre ficava divagando sobre minha filha. Me ajeitei na cadeira da cozinha e retirei Rachel de perto de onde ela babava, ela resmungou mas felizmente não chorou.

"Já está terminando? Seus pais chegam logo." Olhei para Lauren que mexia algo no fogão.

"Quase pronto." Ela estalou a língua, sorri com seu jeito concentrado na cozinha e me permiti ficar observando ela.

Os pais de Lauren chegaram minutos depois, nem se deram o trabalho de nos cumprimentar e logo foram pegar minha filha, eu achava lindo o modo como eles estavam apegados à ela, eles a amavam tanto que me emocionava. Eu pensava em meus pais nessas horas, como será que eles irão reagir quando eu finalmente ir na casa deles? Com um filho e uma namorada? Eles nunca foram os pais exemplares que eu tanto precisava, eram atolados no trabalho, viciados em dinheiro e acabam esquecendo que tinham uma filha em casa largada com a empregada. Quando saí de casa eu me senti finalmente livre, de toda aquela pressão que eu vivia em casa, eu queria uma vida nova, com pessoas que se importassem comigo de verdade, então eu achei Dinah numa balada e foi amor a primeira bebida, ficamos juntas a noite toda -não ficando, eca- mas sim coma companhia, e depois desse dia não nos largamos mais, até que ela veio morar comigo, eu finalmente havia encontrado o prazer de se sentir amada e acolhida, Dinah era como uma mãe. Eu acho que meus pais nem iriam ligar muito para minha filha, talvez quando eu fosse nem em casa eles estariam, tenho medo da reação deles, não quero ter que ouvir meus pais falando mal de minha filha, pois aí sim seria o fim do que resta de consideração e amor que eu nutro por eles.

My Dentist (Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora