My Dentist (Intersexual)

Kidnapping

Camila POV.

Hoje faria uma mês que eu não via Lauren, estava marcado hoje uma consulta para eu finalmente tirar o siso. Eu estava ansiosa para vê-la, não consigo esquecer o dia em que nos conhecemos e consequentemente a carona.

Flashback.

Quando estávamos perto de casa eu a fiz parar na esquina, eu sentia meu corpo tremer de uma forma extremamente preocupante, talvez o resultado de ficar na chuva seja esse. Ela me olhou preocupada e quando ergui meus olhos até os seus eu apenas vi a escuridão.

Quando abri meus olhos eu estava numa cama, coberta até o pescoço e suando em calor. Olhei para os lados e arregalei meus olhos, eu estava no meu quarto. Com minha dentista no batente da porta me olhando preocupada, junto com minha melhor amiga que dividia o apartamento comigo. Minha cabeça latejava e meu corpo parecia ter sido pisoteado por mil elefantes. Consegui aos poucos me sentar na cama e as duas se aproximarão.

"Você me deu um susto, mocinha." Lauren suspirou

"Me desculpe." Senti minhas bochechas queimarem.

"Chancho você está com febre pela chuva." Dinah sentou-se na cama e acariciou minha perna.

"Isso é culpa sua." Fiz bico, ok, cadê a mulher de vinte e quatro anos?

"Bom, eu tenho que ir embora." Lauren chamou nossa atenção.

"Tudo bem, obrigada pela carona e por me esperar." Sorri agradecida.

"Foi um prazer." Ela acenou com a cabeça, saindo do quarto em seguida.

"Que dentista gostosa!" Dinah gritou ao ouvir a porta de casa bater.

"Dinah!" Arregalei os olhos.

"Qual é Mila! A mulher é muito gata." Ela riu.

"Não posso negar." Suspirei em meio a um sorriso, gostosa... Opa! Nada disso Camila.

"Pega ela." Dinah incentivou.

"Como se fosse fácil." Revirei os olhos. "Ela deve ter um namorado, ser casada, hetero, dependendo da minha sorte deve ser até vampira." Ri em desgosto.

"Use esse corpo Karlão." Ela piscou. "Vou fazer uma sopa para você, está um trapo." Me deu uma careta antes de sair do quarto.

Diante daquele dia eu nunca mais vi aqueles olhos verdes, liguei no dia seguinte para marcar a consulta e a recepcionista escolheu hoje, então cá estou eu novamente esperando para ser atendida. Eu exalava tédio só de olharem para o meu rosto, eu na verdade estava colocando essa máscara para esconder o nervosismo, eu queria vê aquela mulher que despertou os melhores sentimentos em mim. Eu sonhava com essa mulher pelo menos umas três vezes na semana, e não, não eram sonhos fofinhos. Aquele corpo, aqueles olhos, aquela mulher, tudo me chamava para perto, aquela boca implorava pela minha, eu estava começando a achar que sou uma pervertida e estou em abstinência de sexo, talvez isso era verídico.

"A Senhorita Jauregui lhe aguarda." Essa frase foi o suficiente para eu me levantar quase que correndo.

Caminhei apressadamente pelo o corredor até enfim achar a sua sala, eu queria na verdade que quando ela abrisse eu me jogasse no seus braços e nós transássemos por uma hora (era o tempo preciso para arrancar esse siso indesejado da minha boca) mas como a realidade é outra, a mulher abriu a porta com um sorriso fraco, sempre educada.

"Boa tarde." Sorri animada, entrando na sua sala.

"Como estamos?" Ela abriu minha boca assim que me ajeitei na cadeira.